20.04.2013 Views

cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional

cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional

cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4.1.1 VBP / VAB e Preços<br />

O valor bruto <strong>de</strong> produção dos<br />

agricultores é <strong>de</strong> R$ 19.290 mil, ver Tabela 3.<br />

Ao longo da ca<strong>de</strong>ia, até chegar ao consumidor<br />

final, um valor <strong>de</strong> R$ 60.933 mil é agregado ao<br />

produto, que significa um mark-up total <strong>de</strong><br />

216%. Os setores que mais ven<strong>de</strong>m são a<br />

indústria estadual (R$ 31 milhões), o varejo<br />

estadual (21 milhões), a indústria local (19<br />

milhões) e o varejo rural (16 milhões). Na<br />

agregação <strong>de</strong> valor, <strong>de</strong>stacam-se a indústria <strong>de</strong><br />

beneficiamento local (8 milhões), que agrega<br />

73% ao produto, e a indústria estadual (20<br />

milhões) com uma margem <strong>de</strong> 180%. O varejo<br />

rural (os atravessadores) tem uma margem<br />

mo<strong>de</strong>sta <strong>de</strong> 21%, enquanto os maiores<br />

comerciantes <strong>de</strong> açaí, o atacado local (incluindo<br />

as quatro cooperativas) chega a um mark-up<br />

<strong>de</strong> 39%. O sistema local agrega 33% do valor<br />

adicionado bruto total <strong>de</strong> 41,6 milhões. O<br />

sistema estadual agrega 57% <strong>de</strong>sse valor, sendo<br />

que muito açaí é vendido, a maior parte in<br />

natura, para os agentes mercantis no Estado.<br />

Ainda 10% do valor é agregado no nível<br />

nacional, mostrando que o produto já ganhou<br />

importância nesse nível.<br />

Os produtores recebem na média (também<br />

média <strong>de</strong> safra e entressafra) 0,55/kg (igual a<br />

R$ 7,7/rasa <strong>de</strong> 14kg) quando eles ven<strong>de</strong>m o açaí<br />

para os intermediários, e 0,76/kg quando eles<br />

ven<strong>de</strong>m diretamente ao consumidor local<br />

(Tabela 4). O atacado local (as quatro<br />

cooperativas) que ven<strong>de</strong> para o mercado<br />

internacional consegue um preço <strong>de</strong> R$0,53,<br />

comercializando exclusivamente no período da<br />

safra. Isso significa que o produtor que ven<strong>de</strong><br />

para as cooperativas recebe quase o mesmo<br />

preço na safra que os outros produtores<br />

conseguem (R$ 0,55/kg) na média da safra e<br />

entressafra.<br />

A indústria <strong>de</strong> beneficiamento local (os<br />

batedores <strong>de</strong> açaí) paga na média R$0,76/kg aos<br />

produtores e comerciantes que ven<strong>de</strong>m para eles.<br />

Na entressafra, o açaí é comprado também fora<br />

da região via o atacado estadual que cobra entre<br />

R$1,01/kg e R$1,21/kg dos agentes mercantis<br />

locais. O açaí já beneficiado é vendido pelos<br />

maquineiros por R$1,32/kg ao consumidor local.<br />

O valor do açaí para o consumidor em Belém foi<br />

estimado em 1,38/kg quando ele compra dos<br />

batedores e em R$2,40/kg quando ele compra<br />

nos supermercados (varejo urbano estadual).<br />

Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun. 2008. 64

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!