cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional
cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional
cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Sendo X o Valor da Produção, A a matriz<br />
<strong>de</strong> coeficientes técnicos, e Y a <strong>de</strong>manda final.<br />
Com alguma transformação, consegue-se a<br />
seguinte forma:<br />
(2) X = (I-A) -1 .Y<br />
A equação (2) permite, através da Matriz<br />
Inversa <strong>de</strong> Leontief (I-A) -1 calcular os efeitos<br />
que um aumento na Demanda Final Y terá na<br />
produção X dos diferentes setores da<br />
economia.<br />
Na análise utilizam-se dois tipos <strong>de</strong><br />
multiplicadores: primeiro, o Multiplicador <strong>de</strong><br />
impacto setorial <strong>de</strong> produto, que capta todos<br />
os efeitos diretos e indiretos que um dado<br />
setor tem sobre si mesmo e sobre todos os<br />
<strong>de</strong>mais setores, como resultado <strong>de</strong> um<br />
aumento na sua <strong>de</strong>manda final. Nesse ponto<br />
distinguiram-se dois multiplicadores: o efeito<br />
multiplicador <strong>de</strong> produto (M j ), que mostra o<br />
efeito global <strong>de</strong> um setor j em todos os setores,<br />
e o efeito <strong>de</strong> empuxe (E j ), que me<strong>de</strong> o efeito<br />
na produção <strong>de</strong> todos os outros setores<br />
(menos do setor em consi<strong>de</strong>ração) como<br />
conseqüência <strong>de</strong> um aumento <strong>de</strong> R$1,00 do<br />
setor j:<br />
(3) M j = B.j<br />
(4) E j = B.j - b jj<br />
Em que B.j é a soma <strong>de</strong> todos os elementos<br />
<strong>de</strong> uma coluna da matriz <strong>de</strong> Leontief, e b jj é o<br />
coeficiente da matriz <strong>de</strong> Leontief do j-ésimo setor.<br />
Segundo, os chamados índices <strong>de</strong> efeitos<br />
para frente e para trás, que mostram o<br />
enca<strong>de</strong>amento dos setores com os outros setores<br />
<strong>de</strong> montante e jusante, através dos índices<br />
Rasmussen-Hirschman (HIRSCHMAN, 1958;<br />
RASMUSSEN, 1958). Estes índices são obtidos das<br />
seguintes equações:<br />
(5) U j = (B.j/n)/B*<br />
(6) U i = (Bi./n)/B*<br />
Em que B* é a média <strong>de</strong> todos os<br />
elementos da matriz inversa <strong>de</strong> Leontief; B.j é a<br />
soma <strong>de</strong> todos os elementos <strong>de</strong> uma coluna da<br />
matriz <strong>de</strong> Leontief, e Bi é a soma <strong>de</strong> todos os<br />
elementos <strong>de</strong> uma linha da matriz inversa.<br />
Quando Uj> 1 diz-se que o setor j<br />
apresenta um forte linkage para trás, posto que,<br />
mediante uma mudança na <strong>de</strong>manda final<br />
exógena leva a um incremento acima da média<br />
observada para o produto total. Do mesmo modo,<br />
um valor Ui acima <strong>de</strong> 1 indica um po<strong>de</strong>r do setor<br />
i <strong>de</strong> espraiar a jusante os efeitos do seu<br />
crescimento.<br />
Vale ressaltar que se utilizam sempre os<br />
multiplicadores diretos e indiretos, não os<br />
induzidos, já que o último teria conduzido a sobreestimações<br />
dos efeitos. A razão consiste em que<br />
não incluímos nas tabelas <strong>de</strong> insumo-produto os<br />
insumos da produção primária, que significa que<br />
todo o VBP primário é igual ao VAB (=renda dos<br />
agricultores).<br />
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun. 2008. 60