cadeias produtivas de base agrária e desenvolvimento regional

10% ou menos, sendo comprado somente em
certas épocas quando falta o produto no mercado
e/ou o preço local mais alto faz com que os
produtos de fora se tornam competitivos. O
segundo grupo consiste em produtos como
castanha-do-pará, palmito e madeira, comprados
pelas agroindústrias locais e depois vendidos, de
forma beneficiada, para fora da região. Os
produtos do terceiro grupo, que não tem produção
suficiente, são as lavouras brancas como milho e
arroz, com 76% e 39% de participação da
produção extra-local, respectivamente, e o peixe
(entre 50% e 64% de importação), e frutas como
laranja (59%), limão (53%), banana (29%) e
abacaxi (9%). O café é um caso especial, pois a
produção local tem o seu destino principalmente
no auto-consumo, e a única torrefação da região
importa o produto de Minas Gerais.
Tabela 17 - Produção local e estadual/nacional dos produtos parcialmente importados na Região Baixo Tocantins,
em kg, 2003-2004.
Fonte: pesquisa de campo.
Notas: (*) unidades, (**) cachos, (***) litros, (****) braças e (*****) m³.
Em termos de valores, a produção local
pesquisada de R$74 milhões, é complementada
por uma produção extra-local no valor de R$19
milhões, ver Tabela 18. Portanto, do valor total
da produção primária pesquisada de 93 milhões,
21% é de produção extra-local. 92% dessa
“importação do resto do mundo” vem de outros
municípios paraenses, somente 8% de outros
estados brasileiros. Individualmente, destacamse
Tucuruí (28%) e a ilha de Marajó (25%).
A Tabela 18 mostra também o valor e a
distribuição do consumo final extra-local. O
valor total do consumo extra-local é de R$202
milhões, três vezes maior que o valor do
consumo local de R$64 milhões. Dentro da
Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 6, jan./jun. 2008. 74