Oração de Sapiência de Hilário Moreira_1990.pdf - Universidade de ...
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o o oye eot"ó 't't,,'t'at .. o por<br />
ye éo,,,ón "8Í't'a, (1).<br />
Quando começámos a ler E e verificámos que não tinha a <strong>de</strong>dicatória<br />
a D. João III, veio-nos ao pensamento que po<strong>de</strong>ria ter sido uma cópia directa<br />
do manuscrito <strong>de</strong> <strong>Hilário</strong> <strong>Moreira</strong>. Quando porém verificamos que o mesmo<br />
acontecia às outras orações <strong>de</strong> sapiência que ali se encontram e fizemos o<br />
estudo dos erros conjuntivos entre P e E, mudamos totalmente <strong>de</strong> opinião.<br />
Passemos agora a C que supomos <strong>de</strong>verá ser uns anos bons posterior<br />
a E; talvez dos fins do séc. xvn. O seu autor revela uma gran<strong>de</strong> ignorância<br />
do latim. Está inçado <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> todo o género: duplica consoantes<br />
in<strong>de</strong>vidamente, arranja terminações que nunca existiram, une, numa só, duas<br />
palavras e vice-versa; não <strong>de</strong>sdobra abreviaturas, etc ..<br />
Alguns exemplos: uittae (p. 72), ad hibita (p. 58), splen <strong>de</strong>scat (p. 60), ones<br />
(p. 70), consensut (p. 29), inme (p. 46).<br />
Quanto ao grego, simplifica o assunto, pois não transcreve texto algum,<br />
<strong>de</strong>ixando, no entanto, os respectivos espaços em branco.<br />
Este manuscrito é, sem dúvida, cópia <strong>de</strong> outro manuscrito. Efectivamente,<br />
apesar da sua ignorância do latim, e mesmo por causa <strong>de</strong>la, há erros<br />
que não po<strong>de</strong>m ter outra explicação que não seja a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ler o texto<br />
que o copista tinha diante.<br />
Vejamos alguns:<br />
sapidillimo Cp. 58) por sapidissimo<br />
gramateae (p. 56) por grammaticae<br />
cindae (p. 62) por cinclo<br />
seneret<strong>de</strong>ndo (p. 70) por si in red<strong>de</strong>ndo<br />
amodisno (p. 68) por anodyno<br />
statisn (p. 62) por statim<br />
Estivemos a observar atentamente P no que diz respeito à expressão<br />
.«si in red<strong>de</strong>ndo». Lê-se muito bem e as palavras estão separadas.<br />
Como iria juntá-las numa palavra sem sentido o copista <strong>de</strong> C, se tivesse<br />
copiado aquele?<br />
Passemos a L. É o mais recente dos manuscritos. O seu tipo <strong>de</strong> letra<br />
- bastarda italiana -leva-nos ao séc. xvm. Se o confrontarmos com C<br />
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(1) Esta gralha está no entanto emendada à mão nos dois impressos que se conhecem.