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arte 2 .<br />

Introdução<br />

É nesse campo que este trabalho se insere, o <strong>da</strong> direção <strong>de</strong> arte e o <strong>da</strong><br />

formação do diretor <strong>de</strong> arte, especialmente nesse novo perfil que envolve não apenas<br />

o visual em princípio, mas to<strong>da</strong> a relação sinestésica presente nas obras <strong>de</strong> arte<br />

multimídia. Assim, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretor <strong>de</strong> arte acaba ficando anacrônica se<br />

referencia<strong>da</strong> unicamente por suas raízes liga<strong>da</strong>s ao cinema, muito embora, <strong>de</strong>ssa<br />

maneira, já tenha se consoli<strong>da</strong>do em termos <strong>de</strong> mercado. Há então a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>,<br />

na expansão <strong>de</strong> suas atribuições e tendo como base o avanço tecnológico, ampliar sua<br />

área <strong>de</strong> atuação a partir do foco original.<br />

Daí a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um profissional que tenha a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abranger<br />

estas novas atribuições e no qual a base não esteja liga<strong>da</strong> apenas a um tipo específico<br />

<strong>de</strong> sentido (a visão) ou <strong>de</strong> expressão artística (o cinema). O profissional chamado <strong>de</strong><br />

diretor <strong>de</strong> arte passa então a possuir uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> que melhor <strong>de</strong>fine suas<br />

atribuições na produção multimídia atual. Essas dimensões são incorpora<strong>da</strong>s pelo<br />

diretor <strong>de</strong> arte e mídia.<br />

É esse diretor <strong>de</strong> arte e mídia, conjuntamente com a sua educação que se<br />

constitui o interesse central <strong>de</strong>sta <strong>tese</strong>, e basicamente por dois motivos: (i) pela<br />

inexistência <strong>de</strong> trabalhos voltados diretamente para a temática <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> um<br />

profissional ligado à arte multimídia e (ii) pela presença <strong>de</strong> uma<br />

multidimensionali<strong>da</strong><strong>de</strong> 3 <strong>da</strong> arte que é muitas vezes ignora<strong>da</strong> pela ênfase especialista<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> às formações artísticas ao longo <strong>da</strong> história.<br />

Esse conjunto multidimensional, obrigatoriamente presente no cotidiano <strong>de</strong><br />

um diretor <strong>de</strong> arte e mídia, não condiz com a divisão <strong>de</strong> conhecimento proposta na<br />

formação <strong>de</strong> especialistas, formação própria <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s expressões artísticas, na<br />

2 O Brasil <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1970 viu surgir o que se chamou <strong>de</strong> arte conceitual, em especial através <strong>da</strong>s<br />

instalações artísticas e <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> meios anartísticos, conjuntamente com o uso do corpo em<br />

performances e <strong>de</strong> meios tecnológicos, em especial o computador, possibilitando “outras visuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

percepções e reflexões ilimita<strong>da</strong>s, potencializa<strong>da</strong>s pelos recursos tecnológicos <strong>da</strong>s mídias” (PECCININI,<br />

2005).<br />

3 O conceito <strong>de</strong> multidimensionali<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser utilizado para compreen<strong>de</strong>r a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> do universo<br />

artístico, a partir <strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas manifestações. De modo similar ao que Morin coloca<br />

como multidimensional (MORIN, 2005c, p. 18-19), no sentido <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> multiplicação do<br />

conhecimento, a Arte também comporta essa conjunção <strong>de</strong> manifestações que se encaixam uma nas<br />

outras. O esfacelamento <strong>de</strong>sse universo <strong>da</strong> arte é resultante do mesmo processo <strong>de</strong> separação entre<br />

ciência e filosofia e <strong>da</strong> fragmentação disciplinar conseqüente.<br />

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