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Entre a construção do sujeito e do objeto<br />

proponho. Falo, portanto, <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>dicação até certo ponto divergente, assim como a<br />

lente <strong>de</strong>sta natureza que produz uma imagem virtual e amplia<strong>da</strong> do objeto em foco.<br />

Em outras palavras, abranger mais <strong>de</strong> porções <strong>de</strong> conhecimento, sem consi<strong>de</strong>rá-las <strong>de</strong><br />

menor grau ou apenas como coadjuvantes, abre novos espaços.<br />

Ora, no exemplo acima se po<strong>de</strong> notar diretamente a presença furtiva do<br />

conceito <strong>de</strong> hiperespecialização, em que a música não é mais vista em to<strong>da</strong> a sua<br />

extensão, mas subdividi<strong>da</strong> em instrumentos e lotea<strong>da</strong> por disciplinas, ca<strong>da</strong> uma com<br />

seus conceitos e métodos e nem sempre em diálogo direto entre si. O que aqui se<br />

percebe é a divisão aceita e acentua<strong>da</strong> entre teoria e prática musical, como se ambas<br />

pu<strong>de</strong>ssem viver que não em associação. Assim, embora a ênfase do curso <strong>de</strong> música<br />

fosse volta<strong>da</strong> à função <strong>de</strong> instrumentista – e já com uma <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> mercado<br />

relativamente satura<strong>da</strong> à época – o rumo ao campo <strong>de</strong> trabalho trilhou caminhos<br />

menos evi<strong>de</strong>ntes.<br />

Foi uma época <strong>de</strong> trabalhos voltados à regência coral, à produção <strong>de</strong> arranjos,<br />

ao trabalho <strong>de</strong> cantor erudito e o <strong>de</strong> instrumentista <strong>da</strong> Orquestra Sinfônica Jovem <strong>da</strong><br />

Paraíba. Esta diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, entre o instrumentista, o cantor e o regente, produziu<br />

discussões na ambiência musical: por um lado os que não entendiam o trabalho <strong>de</strong><br />

regência e <strong>de</strong> cantor por enten<strong>de</strong>r que eu não tinha formação; do outro os que<br />

criticavam a não <strong>de</strong>dicação exclusivista ao instrumento musical.<br />

Neste rumo, entre teoria e prática e entre regência, canto e instrumento, que<br />

optei por tentar a carreira docente, através <strong>de</strong> concurso público <strong>de</strong> provas e títulos<br />

para a então Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba, campus II, Campina Gran<strong>de</strong> 7 , em 1991<br />

na área <strong>de</strong> regência coral.<br />

Uma observação <strong>de</strong>ve ser feita, pois a ênfase <strong>de</strong>masia<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />

direção à especialização não passou incólume por minhas reflexões. Também tive<br />

autocríticas que <strong>de</strong> tempos em tempos ocorriam, com pensamentos sobre não estar<br />

apto para algumas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pela falta <strong>de</strong> formação específica, fosse prática ou<br />

teórica, em outra especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> do conhecimento musical que não a <strong>de</strong> flautista. Por<br />

7 A partir <strong>da</strong> lei n° 10.419, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2002, a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba – com sua estrutura<br />

multicampi – foi <strong>de</strong>smembra<strong>da</strong>, com este ato foi cria<strong>da</strong> a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>,<br />

abarcando o campus II (Campina Gran<strong>de</strong>) e os campi <strong>de</strong> Patos, Sousa e Cajazeiras.<br />

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