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Entre a construção do sujeito e do objeto<br />

coerência <strong>da</strong> lógica emprega<strong>da</strong>, mas que por esta razão não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> trazer uma<br />

visão pessoal que sempre estará no escopo do indivíduo histórico.<br />

Sobre isto, Morin fala que:<br />

[...] o universo que conhecemos não é o universo sem nós, é o<br />

universo conosco. Nós conhecemos bem as coisas objetivas do<br />

universo, ou seja, as coisas que são verifica<strong>da</strong>s pela observação e<br />

pela experimentação. Mas essas coisas objetivas estão inscritas<br />

nas teorias que são estrutura<strong>da</strong>s e elabora<strong>da</strong>s pelos nossos<br />

espíritos: não se po<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>r conhecer um universo<br />

não-humano (MORIN; LE MOIGNE, 2000, p. 142-143).<br />

Na mesma linha <strong>de</strong> raciocínio, Moraes, falando sobre ver<strong>da</strong><strong>de</strong> absoluta e<br />

teorias transitórias coloca, <strong>de</strong> maneira clara e objetiva, os dois lados <strong>da</strong> moe<strong>da</strong> quando<br />

trata <strong>da</strong> busca <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, em que diz que – parafraseando Piaget – to<strong>da</strong> teoria "se<br />

<strong>de</strong>senvolve e se constrói mediante a incorporação <strong>de</strong> novos <strong>da</strong>dos e novas<br />

interpretações, <strong>de</strong> modo semelhante ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> inteligência humana, o<br />

que refuta a idéia <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> absoluta final" (MORAES, 2005, p. 101).<br />

É nesta direção que trabalham as hermenêuticas advin<strong>da</strong>s pela<br />

pós-mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme adverte Moraes,<br />

De certa forma, essa postura está <strong>de</strong> acordo com o novo<br />

paradigma que observa que nossas afirmações são sempre<br />

limita<strong>da</strong>s e aproxima<strong>da</strong>s, pois estamos li<strong>da</strong>ndo sempre com uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações, com teorias transitórias, levando em conta<br />

algumas conexões e não to<strong>da</strong>s. Não há, portanto, a ver<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

científica (2005, p. 101).<br />

Apesar do que foi dito até aqui, não está em pauta qualquer tipo <strong>de</strong> exaltação<br />

ao subjetivismo, <strong>de</strong> maneira alguma. Nesse sentido, não pretendo negar a constatação<br />

<strong>da</strong> presença incondicional do sujeito e <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a sua influência. Negar isto é não<br />

admitir diretamente a história e todos os seus personagens, tarefa impossível.<br />

Conforme discutirei no próximo capítulo, a hermenêutica <strong>de</strong> Pareyson é bem<br />

clara ao <strong>de</strong>finir dois tipos <strong>de</strong> pensamentos que se relacionam com a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>: o<br />

pensamento expressivo e o pensamento revelativo, aqui tal distinção coloca ver<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

sujeito imbricados:<br />

Convém, portanto, aprofun<strong>da</strong>r a diferença entre o pensamento<br />

que é mero produto histórico e o pensamento que manifesta a<br />

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