Welington Araújo Silva. As Tecnologias da Informação e
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madeira para que o artefato construído – o machado – realmente tenha as<br />
quali<strong>da</strong>des necessárias para a satisfação <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des individuais e<br />
coletivas 9 <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de.<br />
Não basta, portanto, unir os elementos <strong>da</strong> natureza, é necessário também<br />
conhecer as suas características para o seu perfeito funcionamento. Esse<br />
conhecimento, transmitido de geração em geração através <strong>da</strong>s experiências entre-<br />
grupos e que se desenvolverá, aprimorando-se, no próprio uso do artefato<br />
tecnológico, possibilitará novas e criativas formas e formatos do manejo do<br />
material produzido. Técnicas e tecnologias, portanto, imbrica<strong>da</strong>s em uma relação<br />
de intercâmbio orgânico entre o homem e a natureza, potencializa o nascimento<br />
<strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de, o desenvolvimento <strong>da</strong>s características humanas no homem.<br />
Nesta relação de troca, portanto, homem e natureza vão se constituindo<br />
como elos de uma mesma corrente <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, embora com suas constituições<br />
particulares. Mas na<strong>da</strong> disso seria possível, na<strong>da</strong> disso teria acontecido sem o<br />
elemento determinante, aquilo que na ontologia do ser social é conhecido como a<br />
protoforma do gênero humano: o trabalho.<br />
Para Engels (1990, p. 19)<br />
configura a chama<strong>da</strong> “Pré-história”, que geralmente se divide em três períodos: o paleolítico (“i<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> pedra lasca<strong>da</strong>”), que se estendeu por mais de 2,5 milhões de anos; o neolítico (“i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pedra<br />
poli<strong>da</strong>”), iniciado a mais de 20 mil anos (a transição do paleolítico ao neolítico designa-se por<br />
mesolítico) e a i<strong>da</strong>de dos metais, que começou por volta de 6.000 a.C”. (PAULO NETTO & BRAZ,<br />
2006, p. 37).<br />
9 Essa característica não é só prerrogativa dos tempos dos nossos ancestrais. No capitalismo<br />
também esses elementos referentes a quali<strong>da</strong>de do objeto produzido também se apresenta, com<br />
outros objetivos, evidentemente, mas a relação é a mesma. Se no primitivo a questão tinha haver<br />
com a satisfação do valor de uso do material construído, no capitalismo será a condição do valor<br />
de troca e do potencial de mais-valia que o objeto terá que será elemento de avaliação sobre a<br />
necessi<strong>da</strong>de do seu desenvolvimento.<br />
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