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NUTRIÇÃO DE OPERÁRIAS DE URUÇU-AMARELA, Melipona ...

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Em uma colônia de abelhas existem indivíduos machos e indivíduos fêmeas,<br />

distribuídos em três castas: os zangões, as operárias e a rainha. Em algumas espécies pode<br />

haver mais de uma rainha, como em M. bicolor, por exemplo (NOGUEIRA-NETO, 1997).<br />

Os insetos himenópteros apresentam peculiaridades genéticas que os distinguem de<br />

outros animais (NOGUEIRA-NETO, 1997). Nestes insetos, as fêmeas são diplóides e os<br />

machos são haplóides (WINSTON, 2003). Estes machos apresentam apenas uma série de<br />

cromossomos, provenientes da mãe, motivo pelo qual os machos dos himenópteros não têm<br />

pai (NOGUEIRA-NETO, 1997). Por isso, estes machos podem ser formados a partir de<br />

óvulos não fecundados, postos pela rainha ou pelas operárias, exceto em (dentre os<br />

meliponíneos) Frieseomelitta spp., gênero em que as operárias não podem ovipor<br />

(SAKAGAMI, 1982).<br />

Nos meliponíneos (e outros himenópteros panmíticos), além da determinação do sexo<br />

através do sistema haplo-diplóide, em que os diplóides são fêmeas e os haplóides são machos,<br />

existe um outro sistema genético que determina o sexo nos diplóides (KERR; CARVALHO;<br />

NASCIMENTO, 1996; CARVALHO-ZILSE, comunicação pessoal 1 ). Existe um gene<br />

chamado Complementary sex determiner (csd) (antigo gene xo) que apresenta diversas<br />

mutações (csd1, csd2... csdn) (CARVALHO-ZILSE, comunicação pessoal). Deste modo, se<br />

uma rainha csd1/csd2 cruzar com um macho csd3, 100% da prole diplóide será fêmea (Tabela<br />

1). De outro modo, se a rainha csd1/csd2 cruzar com um macho seu irmão csd1 (por<br />

exemplo), 50% da prole diplóide será macho e 50% será fêmea (Tabela 2). Estes machos<br />

diplóides, em geral, são estéreis ou cegos, ou têm número de espermatozóides muito menor,<br />

ou são mortos ao emergirem dos favos (KERR; CARVALHO; NASCIMENTO, 1996).<br />

Geralmente, a rainha que ovipõe machos diplóides é morta pelas operárias (NOGUEIRA-<br />

NETO, 1997).<br />

Para evitar a formação de machos diplóides, Kerr, Carvalho e Nascimento (1996)<br />

recomenda que se tenha um mínimo de 44 colônias da espécie criada, em áreas alteradas onde<br />

não há colônias da mesma espécie na natureza. Este número é necessário, pois, segundo<br />

Yokoyama e Nei (1979 apud KERR; CARVALHO; NASCIMENTO, 1996) se a população<br />

for menor que 44 colônias, será eliminada em 15 gerações.<br />

1 CARVALHO-ZILSE. Comunicação pessoal, 16 de janeiro de 2007. Instituto Nacional de Pesquisas da<br />

Amazônia (INPA). Amazonas, Brasil.<br />

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