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NUTRIÇÃO DE OPERÁRIAS DE URUÇU-AMARELA, Melipona ...

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o desenvolvimento dos ácinos da glândula hipofaríngea. As operárias alimentadas com T5<br />

apresentaram oócitos significativamente maiores que os das operárias alimentadas com os<br />

demais tratamentos, incluindo o controle – saburá de M. flavolineata, que se espera que<br />

possua entre 15,7 e 23,8% de PB, a quantidade encontrada no pólen de três espécies<br />

amazônicas estudadas por Souza et al. (2004) e a quantidade de PB normalmente encontrada<br />

no pólen (SOMERVILLE, 2005).<br />

É possível que a qualidade superior do tratamento 5 seja devido ao alto valor<br />

energético do extrato de soja, que é rico em gorduras, muito mais que o pólen, o que poderia<br />

possibilitar maior deposição de vitelo no oócito. De acordo com Cruz-Landim (2004), o vitelo<br />

dos oócitos das abelhas é constituído principalmente de proteínas, mas também de lipídios e<br />

glicogênio. Viera et al. (1999) relata que a soja apresenta proteínas de alto valor biológico,<br />

com excelente balanço de aminoácidos essenciais, alta concentração de treonina, valina,<br />

isoleucina, leucina, lisina e arginina, que são os mais requeridos pelas abelhas<br />

(SOMERVILLE, 2005), altos valores de potássio, fosfato e magnésio, importante para todos<br />

os insetos (PARRA, 1990) e diversos ácidos graxos.<br />

Considerando o custo de produção dos tratamentos testados como alternativas para o<br />

saburá, ficou claro que apesar dos tratamentos 2 (pólen comercial fermentado) e 5 (extrato de<br />

soja e açúcar fermentado) serem boas opções para a alimentação de M. flavolineata, o<br />

tratamento 5, além de ter apresentado melhor valor nutricional, pode ser produzido a um custo<br />

muito inferior ao do tratamento 2 (doze vezes menor), visto que o valor do pólen apícola é<br />

muito maior que o do extrato de soja. Deste modo, o tratamento 5 é também o mais indicado<br />

quanto ao custo de produção.<br />

Quanto à preparação dos tratamentos testados como alternativa para o saburá de M.<br />

flavolineata, foi observado que a adição de açúcar inibe a fermentação bacteriana, que produz<br />

o odor e o sabor azedo do saburá. Embora Camargo (1976) tenha produzido saburá semi-<br />

artificial misturando pólen de T. dominguensis com inóculo de saburá de <strong>Melipona</strong> sp. e mel.<br />

No presente estudo, tentativas de produção de saburá semi-artificial a base de pólen comercial<br />

misturado com xarope 60% açúcar e inóculo de saburá de M. flavolineata não apresentaram<br />

fermentação. Quando o xarope foi substituído por água, a fermentação ocorreu facilmente.<br />

Do mesmo modo, o saburá semi-artificial a base de soja e açúcar na proporção de 3:1<br />

(g:g), apresentou fermentação muito mais eficaz, que os tratamentos a base de levedo e soja<br />

na proporção de 1:1 com açúcar, sendo que nestes foi necessário adicionar mais água, para<br />

que a fermentação ocorresse. É possível que as bactérias presentes no saburá de M.<br />

flavolineata sejam mais sensíveis a presença de açúcar, uma vez que este tipo de problema na<br />

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