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NUTRIÇÃO DE OPERÁRIAS DE URUÇU-AMARELA, Melipona ...

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das glândulas mandibulares e das glândulas hipofaríngeas. Além disso, leveduras (Starmerella<br />

meliponorum e Candida apicola) e bactérias (Bacillus spp.) crescem no saburá e secretam<br />

enzimas que realizam uma pré-digestão do alimento, acrescentando-lhe ácidos graxos,<br />

vitaminas, açúcares reduzidos e antibióticos (NOGUEIRA-NETO, 1997; ROSA et al. 2003).<br />

Roubik (1989) relata que as Bacillus spp. competem com sucesso com outras bactérias que<br />

são tóxicas ou que deterioram substâncias orgânicas.<br />

Independentemente da posição sistemática e do hábito alimentar do inseto, as<br />

exigências nutricionais qualitativas são semelhantes, uma vez que a composição química dos<br />

tecidos e os processos metabólicos básicos são similares (PARRA, 1990). Deste modo, de<br />

acordo com este mesmo autor, os insetos têm como exigências nutricionais básicas os<br />

aminoácidos, as vitaminas e os sais minerais (nutrientes essenciais), bem como, os<br />

carboidratos, os lipídios e os esteróis (nutrientes não-essenciais). Os nutrientes essenciais são<br />

compostos que devem ser incluídos na dieta porque não podem ser sintetizados nem pelo<br />

sistema metabólico do animal nem por simbiontes. Os nutrientes não-essenciais são elementos<br />

que devem ser consumidos para produzir energia e são convertidos de uma forma tal que os<br />

insetos possam utilizá-los através do processo metabólico.<br />

Estudando A. mellifera, Groot (1953 apud SOMERVILLE, 2005) e Dadd (1977 apud<br />

PARRA, 1990), determinaram que esta abelha necessita de pelo menos, 10 aminoácidos<br />

essenciais: Arginina, Histidina, Isoleucina, Leucina, Lisina, Metionina, Fenilalanina,<br />

Treonina, Triptofano e Valina, sendo os demais aminoácidos sintetizados a partir destes. Para<br />

um desenvolvimento adequado a A. mellifera necessita de uma dieta contendo entre 20 e 25%<br />

de proteína bruta (SOMERVILLE, 2005). Souza et al. (2004) analisaram o pólen (saburá) e o<br />

mel, estocado em colônias de diferentes espécies do gênero <strong>Melipona</strong>, e determinaram uma<br />

concentração média de 19,5% de proteínas no saburá e 0,4% no mel.<br />

Os carboidratos são a principal fonte de energia para os insetos. Eles podem ser<br />

convertidos em gorduras, para armazenamento, e contribuir para a produção de aminoácidos<br />

(PARRA, 1990). As abelhas utilizam o néctar das flores como principal fonte de carboidratos.<br />

A partir do néctar é elaborado o mel, que é rico em diversos tipos de açúcares. No mel de A.<br />

mellifera, foram identificados: glicose, frutose, sacarose, maltose, isomaltotetraose, maltulose,<br />

isomaltulose, nigerose, turanose, cojibiose, neotrehalose, gentiobiose, laminaribiose, leucrose,<br />

melesitose, rafinose, isopanose, isomaltetraose, 6G-α-glicosilsacarose, arabogalactomanose,<br />

erlose, dextrantriose, maltotriose, isomaltopentose, centose, 1-cestose, panose, isomaltotriose<br />

e 3-α-isomaltosilglicose (CRANE, 1983). Dentre estes, os açúcares redutores glicose e frutose<br />

são os mais abundantes, representando de 85 a 95% dos carboidratos totais. Souza et al.<br />

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