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máscaras e mãos - Centro Universitário Barão de Mauá

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Para tanto, foi adotada uma prática racional da lavoura,<br />

investimentos na produção <strong>de</strong> ferrovias, estimulou-se a vinda <strong>de</strong> imigrantes<br />

assalariados, que lavoravam os cafezais ou ainda, uma parcela que<br />

estabeleceu casas comerciais nas áreas urbanas.<br />

Progressivamente, instalaram-se profissionais liberais como<br />

médicos, advogados, professores, comerciantes, além <strong>de</strong> trabalhadores<br />

rurais à procura <strong>de</strong> emprego nas fábricas e indústrias, tímidas, no início.<br />

Nasce, então, uma diversificada e numerosa população, digna<br />

das cida<strong>de</strong>s contemporâneas: ricos, classe média emergente,<br />

trabalhadores braçais, pobres, prostitutas, mendigos, criminosos.<br />

Em relação à infra-estrutura, os i<strong>de</strong>ais mo<strong>de</strong>rnizadores vieram<br />

como combatentes das insistentes e graves epi<strong>de</strong>mias, trouxeram a<br />

construção <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgotos, uma preocupação com higienização. Da<br />

mesma bagagem, pulularam o alinhamento e calçamento das ruas, a<br />

padronização das construções, aten<strong>de</strong>ndo sempre a uma estética<br />

mo<strong>de</strong>rna, que era traduzida em medidas fiscalizadoras do comércio,<br />

cemitérios, casas, comportamentos.<br />

Entre as décadas <strong>de</strong> 1890 e 1900, que os lí<strong>de</strong>res municipais,<br />

assumindo a figura <strong>de</strong> Faustos caipiras, iniciaram mudanças e<br />

intervenções na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto, para que esta fosse reprodução<br />

dos centros urbanos civilizados e exemplares. (PAZIANI, 2004, p.18).<br />

A implementação <strong>de</strong> escolas, então, é uma das ações para<br />

mo<strong>de</strong>rnizar, custe o que custar, para criar a idéia <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna,<br />

digna da arena das resoluções políticas que podiam atingir o âmbito<br />

nacional, a “Petit Paris”, como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> urbanização, civilização,<br />

prosperida<strong>de</strong>.<br />

Assim, a educação é fator mo<strong>de</strong>rnizante, posto que através <strong>de</strong>sta,<br />

são repassados os valores mo<strong>de</strong>rnos: discurso médico-sanitarista,<br />

regresso aos preceitos iluministas, novas maneiras <strong>de</strong> controle do<br />

indivíduo, ações e <strong>de</strong>cisões pautadas na busca pelo progresso.<br />

Educar é tornar polida uma nata que se imaginará gradualmente<br />

mais próxima da erudição européia. É notável a importância dada ao<br />

ensino da língua francesa (mesmo em uma gra<strong>de</strong> curricular que abarcava<br />

outros idiomas como o latim, inglês, italiano), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir<br />

DIALOGUS, Ribeirão Preto, v.4, n.1, 2008. 152

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