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O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...

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Boanerges B. Castro O <strong>Simbolismo</strong> <strong>dos</strong> <strong>Números</strong> <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria<br />

A unidade preceituada no ritual é um marco, uma medida nova, desti<strong>na</strong>da a ser<br />

comparada pelas coisas do campo material. A medida justa pela qual o homem deve medir<br />

os seus atos materiais e as suas ações espirituais. Prossegue o Ritual:<br />

“A nova unidade, assim convertida, não é uma unidade vaga, indetermi<strong>na</strong>da, <strong>na</strong><br />

qual não houve intervenção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio<br />

número, como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou<br />

a unidade primitiva, definida, verdadeira e perfeita. Foi assim que se formou o<br />

número TRÊS, que se tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do<br />

que é perfeito”.<br />

Ainda aqui o trecho do Ritual é obscuro e de difícil interpretação. Quando ele diz<br />

que a nova unidade “não é uma unidade vaga, indetermi<strong>na</strong>da, <strong>na</strong> qual não houve intervenção<br />

alguma” ele está dizendo por certo que esta não é a UNIDADE Superiora, incognoscível e<br />

infinita, criadora incriada, sem qualquer intervenção exter<strong>na</strong> e que por si mesma se identifica<br />

com o número (UM), antes do Princípio. Ela é, segundo o texto, “verdadeira, definida e<br />

perfeita” porque “absorveu e eliminou a unidade primitiva” (ou seja a UNIDADE). Para se<br />

compreender isto é necessário atentar-se para a última frase: “absorveu e eliminou a unidade<br />

primitiva”. Da absorção da UNIDADE imaterial pela unidade material advém a esta o caráter<br />

de “verdadeira” e de “perfeita”, mas justamente pelo fato de ser esta unidade “definida” é<br />

que foi necessária a elimi<strong>na</strong>ção de si mesma, da UNIDADE indefinida. Uma, a UNIDADE<br />

incognoscível é infinita; a outra, a UNIDADE definida é finita e é justamente por isto que<br />

houve a elimi<strong>na</strong>ção, eis que um infinito não pode estar contido em um finito! Temos então<br />

uma UNIDADE verdadeira e perfeita porque recebeu os influxos da verdadeira e perfeita<br />

UNIDADE, e é ainda finita porque dela se retirou o caráter infinito da UNIDADE primitiva.<br />

Constituído pelos dois contrários e pela unidade finita e perfeita, o número TRÊS<br />

se tornou então um novo marco unitário para medir a vida, o que existe por si próprio (ou<br />

seja a mesma vida) e do que é considerado perfeito no plano material.<br />

Continua o Ritual:<br />

“Eis porque o Neófito vê, no Oriente o DELTA SAGRADO, luminoso emblema do<br />

‘Ser’ ou da ‘Vida’, no centro do qual brilha a letra YOD, inicial do tetragrama IEVE”.<br />

Temos para nós que neste ponto o Ritual peca por impropriedade do exemplo.<br />

Ele quer aqui ressaltar a excelência do triângulo e chama a atenção do Aprendiz para um<br />

símbolo maçônico da mais alta significação e que, este sim, deveria ser silenciado para o<br />

Aprendiz, eis que parafraseando o que foi dito a respeito do número DOIS, no próprio<br />

Ritual, poderíamos dizer: “O Aprendiz não deve aprofundar-se no estudo deste Delta porque,<br />

fraco ainda do cabedal científico de nossas tradições, pode enveredar por caminho oposto ao<br />

que deveria seguir”. Simplesmente nos recusamos a penetrar aqui no estudo do DELTA<br />

SAGRADO por acharmos a ocasião imprópria, inoportu<strong>na</strong> e irrelevante para a compreensão<br />

simbólica do número TRÊS!<br />

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