O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...
O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...
O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Boanerges B. Castro O <strong>Simbolismo</strong> <strong>dos</strong> <strong>Números</strong> <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria<br />
MALAKUT, no Sephirot, é o Reino da Trindade no Setenário perfeito. É a clausura<br />
do ciclo no cumprimento da Obra. É a pedra da perpétua transformação da matéria, fonte<br />
de todas as ilusões e de todas as imposturas.<br />
O ONZE é, então, quando formado pelo Um e pelo Dez, a súmula de to<strong>dos</strong> os<br />
fenômenos que se origi<strong>na</strong>m <strong>na</strong> década. O Um, Unidade sintetizada no todo, e este se<br />
presta à execução de todas as maravilhas que podem ser perfeitas, pelo Absoluto!<br />
No relato que faz a Bíblia sobre os sonhos de José, há um, descrito no Gênesis,<br />
Capítulo XXXVII, versículo 9, que diz:<br />
Gen. XXXVII, 9 - “Teve ainda outro sonho, e o referiu a seus irmãos, dizendo:<br />
Sonhei, também, que o Sol, a Lua e ONZE estrelas se incli<strong>na</strong>vam perante mim”.<br />
O Sol e a Lua representavam o pai e a mãe de José e as ONZE estrelas eram os<br />
seus irmãos. No texto podemos ver como as coisas estavam se preparando, segundo os<br />
mistérios da Cabala, para o coroamento fi<strong>na</strong>l da série numérica, ou seja, a glorificação do<br />
número Doze. O Sol e a Lua símbolos da Energia, masculi<strong>na</strong> e femini<strong>na</strong> da qual a matéria<br />
foi “gerada” em doze aspectos diferentes. Eram os filhos, mas destes, um se destacaria<br />
dentre os demais e seria o seu chefe. As ONZE estrelas simbolizavam, desta forma, os<br />
irmãos de José, ou seja os vários e desorde<strong>na</strong><strong>dos</strong> aspectos da matéria em organização que<br />
só se equilibrariam quando sobre eles uma força maior exercesse a sua ação!<br />
O simbolismo deste estado de desarmonia <strong>dos</strong> elementos materiais, que só se<br />
harmonizariam sob o comando de um poder, é visto <strong>na</strong> constituição das Tribos organizadas<br />
entre os israelitas por Moisés, que as contou em número de doze, mas que delas separou<br />
uma - a <strong>dos</strong> Levitas - para cuidar do culto de Deus. Estes “levitas” eram os organizadores<br />
e orientadores <strong>dos</strong> componentes de todas as outras ONZE tribos!<br />
O Senhor Jesus, em sua peregri<strong>na</strong>ção sobre a Terra, escolheu doze auxiliares -<br />
os Apóstolos - para o seu ministério.<br />
Os Evangelhos nos relatam que nem sempre estes doze apóstolos se encontravam<br />
de acordo e, em várias passagens vemos dissensões que se instalavam entre eles.<br />
Esta desarmonia se explicava porque o número doze implica, sempre, <strong>na</strong> presença<br />
de um comandante sobre ONZE comanda<strong>dos</strong>. Ora, como o Senhor Jesus era o comandante<br />
geral, o equilíbrio não se estabelecia e, em razão disto sempre haviam rusgas e<br />
desentendimentos entre os apóstolos.<br />
No episódio da “Ceia do Senhor” Judas foi desmascarado <strong>na</strong>s suas intenções<br />
homicidas e, por isto, retirou-se, abando<strong>na</strong>ndo os doze apóstolos e reduzindo o seu número<br />
para ONZE, agora comanda<strong>dos</strong> pelo Senhor Jesus e restabelecendo a condição necessária<br />
ao número doze para se tor<strong>na</strong>r pacífico e harmônico.<br />
A Maço<strong>na</strong>ria, estudiosa que é da Numerologia, não poderia deixar de ter algum<br />
cerimonial, rito ou outra coisa qualquer que lembrasse e cultuasse, em seus mistérios, o<br />
número ONZE.<br />
76