O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...
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Boanerges B. Castro O <strong>Simbolismo</strong> <strong>dos</strong> <strong>Números</strong> <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria<br />
A possibilidade da terceira visão, em nós, o comum <strong>dos</strong> mortais, deve persistir<br />
em estado latente e é isto que nos faz perceber a existência de uma entidade superior por<br />
trás da figura do “olho” desenhada no centro do DELTA SAGRADO. Este “olho” é, sem<br />
dúvida, um elemento de vigilância, uma afirmação da “vigilância divi<strong>na</strong>” que tudo observa,<br />
tudo sabe é tudo vê e que por isso mesmo obriga ao homem a seguir a sua vontade,<br />
vontade esta que ema<strong>na</strong> no Templo Maçônico, envolvendo a tudo e a to<strong>dos</strong>, fazendo-se<br />
respeitada por ser a própria vontade de Deus!<br />
O pensamento filosófico nos ensi<strong>na</strong> que a “luz espiritual” é mais real do que a<br />
“luz material” mas aquela luz só pode ser percebida pela nossa atrofiada terceira visão<br />
que, não obstante o seu atrofiamento, inconscientemente a “enxerga” e obedece. Assim,<br />
dentro do Templo, cada Maçom é um ponto de captação desta misteriosa “luz espiritual” e,<br />
por isto, forma, com os outros Maçons que ali se encontram, uma verdadeira “Cadeia de<br />
União” <strong>na</strong> qual to<strong>dos</strong> vibram sob os influxos de uma mesma Vontade Superior e refletem,<br />
em conjunto, esta Divi<strong>na</strong> Vontade produzindo os benefícios do amor, da harmonia e da<br />
fraternidade que une to<strong>dos</strong> os obreiros da Ofici<strong>na</strong>.<br />
Sabemos que os trabalhos de uma Ofici<strong>na</strong> Maçônica não têm nenhum valor se<br />
antes deles não for aberto o “Livro da Lei”, porque nele está a “palavra” Divi<strong>na</strong>. Da mesma<br />
forma, no “olho” do DELTA SAGRADO está a “presença” Divi<strong>na</strong>. Esta “presença” observa<br />
o Maçom não só em seu aspecto exterior, mas, ainda em todo o seu íntimo, no recôndito de<br />
seu coração e no âmago de sua alma!<br />
YOD, “G” ou “Olho”, o símbolo é o mesmo, a sua interpretação é a mesma, o seu<br />
significado é o mesmo! Ele lembra a presença de Deus dentro do Templo Maçônico, em<br />
toda a plenitude de Seus atributos divinos de perfeição, igualdade e justiça, representa<strong>dos</strong><br />
nos fa<strong>dos</strong> perfeitamente iguais do Triângulo e, ainda, a Sua onisciência representada no<br />
seu símbolo central!<br />
Termi<strong>na</strong>mos aqui as nossas considerações sobre o significado simbólico do DELTA<br />
SAGRADO e estamos certos de que não erramos quando nos recusamos a fazê-las para os<br />
Aprendizes porque, como se viu, estas considerações se restringem, quase que<br />
exclusivamente, ao campo da Filosofa Maçônica, do hermetismo da Cabala e do<br />
transcendentalismo do Plano Espiritual, o que era então, defeso ao Aprendiz, ligado como<br />
estava ainda unicamente aos fenômenos e às manifestações do Plano Material, incapaz,<br />
por isto mesmo, de compreender a beleza e a grandiosidade do Símbolo Sagrado.<br />
Estamos certos de que não erramos!<br />
O Número Quatro<br />
A manifestação do Absoluto, traduzida <strong>na</strong>quilo que chamamos de “Criação”,<br />
procedeu do interior para o exterior daquele Absoluto, para exteriorizar-se, de maneira<br />
objetiva, em tudo o que se compõe o Universo.<br />
Vimos nos estu<strong>dos</strong> anteriores, a existência do ZERO, simbolizando o Espaço<br />
ilimitado, sobre o qual, ou no qual, “pairava” o Espírito de Deus, ou seja a potencialidade<br />
ainda não manifestada. Tal potencialidade é a representação do Pai, no qual se encontram<br />
todas as possibilidades criadoras.<br />
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