O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...
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Boanerges B. Castro O <strong>Simbolismo</strong> <strong>dos</strong> <strong>Números</strong> <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria<br />
Já estudamos as contradições do número DOIS e as excelências do número<br />
TRÊS e vimos que elas se podem equilibrar no número CINCO, pois, como veremos,<br />
consolidam-se no número SETE.<br />
TRÊS, CINCO e SETE são os números sagra<strong>dos</strong> propostos à meditação <strong>dos</strong><br />
Aprendizes, Companheiros e Mestres. Estes números estão, simbolicamente, liga<strong>dos</strong> às<br />
dimensões do túmulo do Mestre Hiram, que tinha TRÊS pés de largura, CINCO de<br />
profundidade e SETE de comprimento. Ali, segundo ensi<strong>na</strong> o nosso Ritual, “encerra o<br />
segredo da Grande iniciação, que só é desvendado pelos pensadores capazes de conciliar<br />
os antagonismos pelo ternário, conceder a quintessência dissemi<strong>na</strong>da pelas exterioridades<br />
sensíveis e de aplicar a lei do setenário ao domínio da realização”.<br />
Já nos referimos, quando estudamos o número TRÊS, aos antagonismos por ele<br />
equilibra<strong>dos</strong> até tor<strong>na</strong>rem-se perfeição. Vimos, também, ao estudarmos o número CINCO,<br />
que a Energia do Absoluto, ou seja, a Quintessência, preside aos QUATRO elementos<br />
dando-lhes as características de vida. Veremos, no presente estudo, como aplicar a lei do<br />
SETENÁRIO ao domínio da realização.<br />
Vejamos, pois, as propriedades intrínsecas do número SETE. Este estudo, para<br />
sua melhor compreensão, implica em aspectos históricos que deverão ser focaliza<strong>dos</strong> e<br />
para isto vamos seguindo o nosso Ritual e nos valendo <strong>dos</strong> ensi<strong>na</strong>mentos de Jorge Adoum,<br />
em sua magnífica obra. Partindo-se das SETE silharias (enxilharias) construídas pelos<br />
caldeus <strong>na</strong> torre de Babel, temos, de imediato, um simbolismo a ser considerado. Silharia<br />
é uma obra feita com silhar, ou seja, pedra lavrada e aparelhada usada <strong>na</strong> formação e<br />
revestimento de paredes. O silhar é, geralmente, quadrado, mas pode ser cúbico, como<br />
nos diz o Ritual. Assim, vemos que, no relato, se faz referência, ainda que simbólica, ao<br />
trabalho <strong>dos</strong> Companheiros que são, <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria, os encarrega<strong>dos</strong> de lavrar e polir as<br />
pedras para a construção do Templo Ideal que se pretende construir à Glória do Grande<br />
Arquiteto do Universo.<br />
Informa ainda, o Ritual, que as enxilha<strong>na</strong>s eram cúbicas e em número de SETE.<br />
É uma alusão ao SETENÁRIO, número perfeito, que aproxima o homem esclarecido por<br />
sua inteligência e pela pureza, de sua consciência, do Absluto. Tendo SETE enxilharias, a<br />
Torre de Babel se propunha a ligar a Terra ao Céu, ou seja, o Plano Material ao Plano<br />
Espiritual, o homem a Deus!<br />
O propósito <strong>dos</strong> caldeus, em construindo esta torre, era o de não serem espalha<strong>dos</strong><br />
por toda a terra:<br />
Gen. XI, 4 - “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade, e uma torre cujo<br />
topo chegue até aos céus, e tomemo-nos célebre o nosso nome, para que não sejamos<br />
espalha<strong>dos</strong> por toda a terra”.<br />
O simbolismo da Torre de Babel é guardado, <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria, no emblema existente<br />
no Painel do Aprendiz, <strong>na</strong> figura da Escada, de Jacob. O significado é o mesmo, eis que os<br />
propósitos <strong>dos</strong> construtores da Torre era o mesmo que foi visto, em sonhos, por Jacob, ou<br />
seja, a ligação da Terra e o Céu. Diz a Bíblia:<br />
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