09.05.2013 Views

O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...

O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...

O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Boanerges B. Castro O <strong>Simbolismo</strong> <strong>dos</strong> <strong>Números</strong> <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria<br />

Continuemos, pois, as nossas considerações sobre o número TRÊS, sem nos<br />

preocuparmos, por enquanto, com o DELTA SAGRADO, voltando antes a nossa atenção<br />

para o Triângulo Maçônico que é a base para o estudo daquele excelso símbolo. Só depois<br />

disto, já no estudo sobre o número QUATRO, nos deteremos então no DELTA SAGRADO.<br />

Já vimos, linhas atrás, que o ponto e a linha não têm capacidade para comunicar<br />

uma forma real. Enquanto aquele é sem dimensão, simples e isolado, esta é ape<strong>na</strong>s a<br />

trajetória do deslocamento daquele pomo quase imaterial. Quando, porém, reúnem-se<br />

TRÊS linhas e completa-se o Triângulo, este se apresenta com forma superficial<br />

perfeitamente compreensível e verificável. Aqui, com um pouco de meditação, chegaremos<br />

a compreender o fenômeno de transformação do imaterial, do informe, para o aspecto<br />

material com forma concreta. Várias linhas isoladas não nos dão qualquer idéia de forma,<br />

mas, quando TRÊS delas se reúnem e firmam um Triângulo, temos uma figura de superfície<br />

perfeitamente clara e definida. O Aprendiz deve meditar sobre este simbolismo que explica<br />

como o transcendente, o espiritual, o imaterial, pode, segundo as determi<strong>na</strong>ções de sua<br />

Vontade Suprema, manifestar-se e tor<strong>na</strong>r-se perfeitamente claro e compreensível aos nossos<br />

olhos. É o que podemos chamar de manifestação do Imanifestado!<br />

Na Maço<strong>na</strong>ria, o Triângulo assume um simbolismo de capital e transcendental<br />

importância. É, pode-se dizer, o fulcro em torno do qual gira toda a simbologia maçônica.<br />

Tenório d’Albuquerque, em sua obra: “O que é a Maço<strong>na</strong>ria”, cita Iseckson, Eliphas<br />

Levi e Dario Velloso, cujas opiniões se completam e combi<strong>na</strong>m para uma explicação sobre<br />

o Triângulo. À pági<strong>na</strong> 165, diz ele:<br />

“O Triângulo Maçônico é o triângulo <strong>dos</strong> Pentáculos cabalísticos, o Triângulo de<br />

Salomão <strong>dos</strong> ocultistas, o Infinito da altura ligado às duas pontas do Oriente e do<br />

Ocidente, o triângulo indivisível, isto é, o temário do Verbo, ‘origem do dogma da<br />

Trindade’ para os magistas e cabalistas. É, afi<strong>na</strong>l, um ‘Supremo mistério’ da Cabala:<br />

‘imagem simbólica do Absoluto’, ‘a um tempo emblema da Força Criadora e da<br />

Matéria Cósmica’, o ‘símbolo maçônico do Livre Pensamento’; pela significação literal,<br />

é simples delta ou triângulo; pela significação figurada, é o Equilíbrio, a Perfeição;<br />

pela significação esotérica, é energia da Cabala, Trindade <strong>na</strong> Mística e Deus <strong>na</strong><br />

Teurgia”.<br />

Toda a Perfeição, em seu mais alto grau, está representada, simbolicamente, <strong>na</strong><br />

figura ímpar do triângulo eqüilátero com seus TRÊS la<strong>dos</strong> e TRÊS ângulos, matemática e<br />

absolutamente iguais.<br />

Já os antigos egípcios davam ao triângulo uma interpretação esotérica <strong>na</strong> qual<br />

ele representava a própria <strong>na</strong>tureza, o germe, a gênesis, a criação e tudo o mais que, por<br />

suas próprias qualidades intrínsecas e extrínsecas, é capaz de produzir e de manter a<br />

vida. A base do simbolismo egípcio assentava-se no triângulo isósceles, no qual a linha<br />

vertical de seu ângulo reto, simbolizava Osíris, o princípio masculino, a linha horizontal<br />

representava Ísis, o princípio feminino e a hipotenusa, que une as duas, era Hórus,<br />

resultante da fusão daqueles dois princípios criadores.<br />

15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!