O Simbolismo dos Números na Maçonaria - T.'.M.'. Justiça e ...
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Boanerges B. Castro O <strong>Simbolismo</strong> <strong>dos</strong> <strong>Números</strong> <strong>na</strong> Maço<strong>na</strong>ria<br />
A presença do Pai, representada pelo ponto YOD situado no centro do círculo<br />
(ZERO), é a primeira diferenciação do Absoluto, preparando-se para iniciar o trabalho da<br />
Criação. Do ponto parte um Raio de Luz Cósmica, que é a manifestação do Pai, simbolizada<br />
pelo número UM. Vimos, ainda que este Raio de Luz Cósmica se dissocia em DOIS raios<br />
angulares “contrários” que se afastam progressivamente <strong>na</strong> involução. Estes DOIS raios<br />
representam a Mãe, ou seja, a Natureza, onde operará a Vontade do Pai. A ação desta<br />
Vontade do Pai sobre a Mãe resultará, simbolicamente. <strong>na</strong> união <strong>dos</strong> números UM e DOIS,<br />
para formarem o TRÊS, representante simbólico da TRINDADE que é a manifestação<br />
perfeita e total.<br />
Importante é saber-se que e manifestação destes três primeiros Princípios se<br />
verificou ape<strong>na</strong>s no campo metafísico e, assim, não obstante sua verificação, <strong>na</strong>da existia<br />
ainda de material. Para que o trabalho da Criação passasse do terreno da manifestação<br />
metafísica para o terreno físico da materialidade, a TRINDADE emanou de Si, através de<br />
vibrações diferentes, QUATRO elementos básicos à formação do mundo material.<br />
Estes QUATRO elementos, a que a Bíblia se refere como Elohim, são divindades<br />
para a Teologia. Elohim é o plural de Eloá, palavra hebraica que significa Deus. Esta<br />
palavra é empregada <strong>na</strong> Bíblia de duas maneiras diferentes: acompanhada de um verbo<br />
no singular, desig<strong>na</strong> o verdadeiro Deus. Neste caso, o plural da palavra é um plural por<br />
excelência. Ao mesmo tempo, o singular que o verbo conserva, denota a unidade de Deus.<br />
Acompanhada de um verbo ou qualificativo no plural, a palavra Elohim aplica-se, ora aos<br />
deuses estrangeiros, ora aos anjos ou aos homens fortes e poderosos. No campo da Física,<br />
no entanto, podemos conceber estes Elohim como sendo os elétrons que se combi<strong>na</strong>m de<br />
diferentes formas constituindo os átomos materiais da grande variedade de corpos químicos<br />
de que se compõe o Universo. E interessante verificar-se que os elétrons <strong>na</strong>da mais são<br />
que manifestações imateriais de força que se “materializa” para formar os átomos, A Química<br />
Filosófica de há muito chamava a atenção para o fenômeno da “desmaterialização’’ quando<br />
os átomos materiais eram dividi<strong>dos</strong> dando origem a elétrons imateriais.<br />
Assim, temos hoje comprovada nos laboratórios científicos aquilo que, ate aqui,<br />
tinha sido objeto de nossas cogitações filosóficas. Mas, prossigamos no nosso estudo sobre<br />
o numero QUATRO. Os Elohim ema<strong>na</strong><strong>dos</strong> da TRINDADE foram aqueles a que os antigos<br />
denomi<strong>na</strong>vam de QUATRO elementos, ou sejam A Água, o Fogo, a Terra e o Ar. Os<br />
conhecimentos que hoje possuímos nos informam de que a Água <strong>na</strong>da mais e do que a<br />
combi<strong>na</strong>ção do Hidrogênio com o oxigênio; a Terra, uma combustão do Hidrogênio com o<br />
Oxigênio; o Fogo, uma combustão de Hidrogênio em presença do Oxigênio; a Terra, um<br />
complexo de rochas formado das mais variadas combi<strong>na</strong>ções e misturas de sais minerais<br />
e o Ar, é uma mistura do Oxigênio com o Nitrogênio. Assim, hoje, não podemos, segundo<br />
os conceitos modernos de Química, considerar aqueles corpos como “elementos”. Mas, sob<br />
o ponto de vista filosófico, esta conceituação é perfeitamente normal para indicar que tais<br />
elementos são Forças da Natureza e não componentes <strong>dos</strong> corpos. É sob este aspecto que<br />
os temos de considerar em nosso estudo.<br />
Infelizmente não podemos hoje aceitar os termos filosóficos <strong>dos</strong> conhecimentos<br />
antigos com a mesma conceituação que lhes era atribuída. Por isto seremos força<strong>dos</strong> a<br />
esclarecimentos e comparações que possamos justapor estes conceitos - antigos e modernos<br />
- afim de que não seja prejudicada a nossa interpretação. É necessário, porém, que, ainda<br />
que às vezes possam parecer absur<strong>dos</strong> certos conceitos, não devemos perder de vista o<br />
fato de que as nossas cogitações são filosóficas e não materiais.<br />
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