Caracterização físico-química e comportamento reológico de sucos
Caracterização físico-química e comportamento reológico de sucos
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As pectinases têm sido produzidas industrialmente por fungos<br />
filamentosos como A. niger, Coniotryrium diplodiela, Sclerotinia libertina e<br />
espécies <strong>de</strong> Botrytis, Penicillium e Rhizopus (JAYANI et al., 2005).<br />
2.4.1 Aplicação das pectinases<br />
Pectinase é uma mistura <strong>de</strong> várias enzimas, incluindo a pectinesterase,<br />
poligalacturonase e hemicelulase, o que, junto com outras enzimas como as<br />
celulases, é muito usada na indústria <strong>de</strong> <strong>sucos</strong> <strong>de</strong> frutas on<strong>de</strong> são largamente<br />
empregadas durante a etapa <strong>de</strong> extração, clarificação e modificação <strong>de</strong> <strong>sucos</strong>,<br />
pois são capazes <strong>de</strong> romper as substâncias pécticas. A pectinesterase é usada<br />
em indústrias <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> frutas para a maceração da polpa e<br />
<strong>de</strong>spectinização <strong>de</strong> <strong>sucos</strong> (MALDONADO et al., 1998). Estas enzimas têm<br />
importantes aplicações industriais, especialmente na área <strong>de</strong> alimentos, em<br />
operações como, extração, clarificação e remoção <strong>de</strong> pectina <strong>de</strong> <strong>sucos</strong> <strong>de</strong><br />
frutas, macerações <strong>de</strong> vegetais e frutas e extração <strong>de</strong> óleos vegetais. As<br />
enzimas também são utilizadas como auxiliares no <strong>de</strong>scascamento e corte <strong>de</strong><br />
frutas (DA SILVA et al., 1997; GALIOTOU-PANAYOTOU et al., 1997; BRAVO<br />
et al., 2000; KASHYAP et al., 2001).<br />
As pare<strong>de</strong>s celulares dos tecidos que compõem os frutos contêm uma<br />
gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> polissacarí<strong>de</strong>os, entre eles as substâncias pécticas<br />
classificadas como pectina, as quais aparecem concentradas na lamela média<br />
e pare<strong>de</strong> primária das células (ALKORTA et al., 1998).<br />
A extração <strong>de</strong> <strong>sucos</strong> é feita, <strong>de</strong> modo habitual, por prensagem mecânica<br />
que provoca o rompimento das pare<strong>de</strong>s celulares das células do mesocarpo,<br />
levando à liberação do suco. Frutas ricas em pectina geram <strong>sucos</strong> com alta<br />
viscosida<strong>de</strong> e turbi<strong>de</strong>z, uma vez que os mesmos arrastam resíduos <strong>de</strong> pectina<br />
e outros polissacarí<strong>de</strong>os <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>. A adição <strong>de</strong> pectinases e outras enzimas<br />
<strong>de</strong>spolimerizantes hidrolisam esses compostos e promovem a redução da<br />
viscosida<strong>de</strong> dos <strong>sucos</strong> aumentando a vida <strong>de</strong> prateleira dos mesmos (LEA,<br />
1998).<br />
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