ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso ...
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<strong>morfológica</strong> quan<strong>do</strong> realizada entre a 15ª e a 22ª semanas gestacionais chega a diagnosticar<br />
78,5 a 99,8% das anomalias fetais 6 .<br />
Alguns autores julgam que o perío<strong>do</strong> ideal para o estu<strong>do</strong> da morfologia fetal deve<br />
ser aquele em que já é possível ter-se de forma concisa uma avaliação das estruturas fetais.<br />
A avaliação ultra-sonografia da gestação no primeiro trimestre vem ganhan<strong>do</strong> cada<br />
vez mais importância, graças aos avanços da tecnologia. A associação da ultra-sonografia<br />
bidimensional, por via ab<strong>do</strong>minal e en<strong>do</strong>vaginal, com a ultra-sonografia tridimensional<br />
possibilita adequada avaliação da gestação inicial. Defeitos <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>nervoso</strong> central,<br />
gastrointestinal, cardíacos, renal e esquelético tem si<strong>do</strong> identifica<strong>do</strong>s no primeiro trimestre<br />
com taxas de detecção entre 54 % e 66% 19 .<br />
No 2° e 3° trimestres da gestação a avaliação da morfologia fetal passa a depender<br />
da visibilização direta <strong>do</strong>s órgãos fetais, na qual a resolução ultra-sonográfica somada ao<br />
desenvolvimento fetal permite detectar mal-formações fetais não observadas em fases mais<br />
precoces da gestação 6 .<br />
A acurácia no diagnóstico de mal-formações fetais, utilizan<strong>do</strong> a <strong>ultrassonografia</strong>,<br />
depende <strong>do</strong> perfil da população estudada, de forma que a sensibilidade no diagnóstico das<br />
anomalias fetais nas gestações de baixo risco varia de 14 a 85% para uma especificidade de<br />
93 a 99%. Por outro la<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> a avaliação é feita nas gestantes de alto risco, a<br />
sensibilidade <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> varia de 27 a 99%, com especificidade de 96 a 100%. Isso<br />
demonstra que a <strong>ultrassonografia</strong> <strong>morfológica</strong> fetal é mais útil na exclusão de anomalias<br />
fetais <strong>do</strong> que na sua detecção e que sua sensibilidade e especificidade estão relacionadas às<br />
suas indicações. Assim, a sensibilidade da <strong>ultrassonografia</strong> na detecção de anomalias fetais<br />
varia de acor<strong>do</strong> com o tipo de anomalia fetal existente. Em alguns estu<strong>do</strong>s, a sensibilidade<br />
para detecção de anomalias fetais, abaixo da 24ª semana de gestação, foi de 93% para o<br />
<strong>sistema</strong> <strong>nervoso</strong> central 6, 11 .<br />
A avaliação ultra-sonográfica realizada entre a 20ª e a 22ª semana de gestação<br />
permite mostrar com mais detalhes estruturas fetais como o cérebro, tórax, <strong>sistema</strong><br />
digestivo, abdômen, rins, membros e extremidades. A anencefalia, o fechamento <strong>do</strong> tubo<br />
neural e outros defeitos <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>nervoso</strong> central, podem ser detecta<strong>do</strong>s em 100% <strong>do</strong>s<br />
exames ultrassonográficos realiza<strong>do</strong>s no segun<strong>do</strong> trimestre 6 .<br />
É importante salientar que a avaliação da morfologia fetal pela <strong>ultrassonografia</strong><br />
nem sempre corresponde à avaliação física <strong>do</strong> recém-nasci<strong>do</strong>, de mo<strong>do</strong> que, mal-<br />
formações fetais menores podem passar despercebidas ao ultrassonografista. Por outro<br />
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