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Nesses momentos, Sua Alteza Real ouvia queixas e concedia
benefícios. Podemos até imaginar:
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– Vossa Alteza, eu era funcionário do
palácio em Lisboa, e agora eu e minha
família passamos grandes necessidades.
– Oh, meu príncipe! A casa que me
arranjaram cheira a pântano. Preciso
de outra melhor.
É claro que a política do “toma lá, dá cá” agradava a muita gente
e desagradava a muitos também. Afinal, nem todos podiam ser
amigos do amigo do rei para receber favores.
Artigos estrangeiros chegavam para abastecer o comércio do Rio
até mais baratos do que os produzidos aqui, graças a acordos
firmados entre os governantes.
Os produtores brasileiros não conseguiam competir com
os preços do que vinha de fora.
Escravos continuavam sendo comprados, vendidos, explorados
e castigados. Indígenas eram perseguidos e exterminados. A boa
e confortável vida não chegava até a casa de muitos, mesmo
sendo brancos e de origem portuguesa.
Roberta Motta
Sua vez!
Organize com a turma um
telejornal, contando os
últimos acontecimentos no
Rio de Janeiro, na época
de D. João. Para botar um
jornal no ar, é preciso:
redator, apresentador,
repórter, comentarista,
câmera, iluminador,
figurinista, fotógrafo, diretor,
além de notícias quentinhas.
Ufa! É muito trabalho,
para muita gente.
Que tal convidar as famílias
e os amigos para a estreia
do telejornal?