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A pressão era muita e vinha de todo lado. Governantes vizinhos e
o povo português não se conformavam. Era possível um país da
Europa – Portugal – ser governado lá de uma distante colônia?
Certamente, muitos cantariam esta música para expressar o que
viviam. Se ela já existisse na época, é claro.
D. João tentou contornar o impasse, decretando:
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A novidade veio dar à praia
Na qualidade rara de sereia
Metade o busto
Duma deusa Maia
Metade um grande
Rabo de baleia...
(...)
Oh! Mundo tão desigual
Tudo é tão desigual
Oh! De um lado esse
carnaval
De outro a fome total
“Que os meus Reinos de Portugal, Algarves e Brasil
formem dora em diante um só e único Reino.”
(Carta de lei assinada pelo príncipe em 16 de
dezembro de 1815.)
A Novidade
(Gilberto Gil)
Com a morte da rainha, D. Maria I, o príncipe regente foi
aclamado rei. D. João VI agora era rei de fato e de direito.
O primeiro que a população do Rio de Janeiro podia encontrar
no palácio... governando; na igreja... rezando; na rua...
caminhando; e na praia... tomando banho.
Símbolo do Reino Unido de
Portugal e Algarves
Wikimedia Commons
Atenção! Atenção!
O Brasil passou a ser tão
reino quanto Portugal. Era
a sede da Coroa. E o Rio
de Janeiro, a sua capital.