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Rio do bota-abaixo
Século XX, aqui estamos nós! E quais são as novidades? A partir
da Constituição de 1891, o Rio passou a ser o Distrito Federal,
sendo confirmado como capital do Brasil.
A população crescia rapidamente: chegavam novos moradores
vindos da Europa, e ex-escravos buscavam trabalho livre na
cidade. Era mais de um milhão de pessoas, e a maioria carente
de serviços como água, esgoto, moradia, saúde... Enfim, faltava
muita coisa para muita gente.
O Centro da cidade continuava com ruas e vielas estreitas e
escuras e grande parte da população vivendo em cortiços.
O Rio precisava mudar, e mudou. De 1902 a 1906, o então prefeito
Pereira Passos transformou a cidade de ponta a ponta. Foi um tal
de derruba daqui, alarga de lá que o povo, que nunca vira tanto
rebuliço ao mesmo tempo, deve ter pensado que o “mundo ia se
acabar”. E chamou as reformas do prefeito de bota-abaixo.
Obras para abertura da Avenida
Central (atribuída a Augusto Malta)
http://oriodeantigamente.blogspot.com
Avenida Central, hoje Avenida Rio
Branco, no começo dos anos 1900
Muita água do mar foi aterrada, muita casa foi derrubada para
dar lugar a largas avenidas. Era preciso abrir caminhos, ligar
vários pontos, arejar a cidade e embelezar o Rio. Mais ainda?
Augusto Malta / Fundação
Biblioteca Nacional
Estalagem Localizada na Rua
do Senado, de Augusto Malta
Museu da Imagem e do Som
Cortiços eram casarões onde
moravam muitas famílias, com
poucas condições de higiene.
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