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Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

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2.4) Epid<strong>em</strong>iologia<br />

A coccidiose é uma doença parasitária, frequent<strong>em</strong>ente diagnosticada, mas muitas vezes<br />

mal compreendida. Os surtos de doença ocorr<strong>em</strong> quer <strong>em</strong> zonas tropicais quer <strong>em</strong> zonas<br />

t<strong>em</strong>peradas, no entanto, pouco se sabe do seu significado <strong>em</strong> zonas árcticas. Como foi<br />

referido anteriormente, os oocistos esporulados são o estado infectante da doença, logo a<br />

sua esporulação e libertação para o meio ambiente são cruciais. A esporulação dos oocistos<br />

varia de espécie para espécie de Eimeria e é geralmente mais rápida a t<strong>em</strong>peraturas entre<br />

os 28 e 31ºC. Baixas t<strong>em</strong>peraturas, 0 a 5ºC, retardam a esporulação, contudo esta ocorre<br />

logo que a t<strong>em</strong>peratura suba (Deniz, 2008).<br />

Segundo Urquhart, et al. (1996), a coccidiose afecta, <strong>em</strong> geral, borregos entre as quatro e<br />

sete s<strong>em</strong>anas de idade.<br />

Camas sujas e húmidas, que favorec<strong>em</strong> a esporulação, comedouros e bebedouros <strong>em</strong><br />

locais que facult<strong>em</strong> a contaminação fecal, facilitam o contágio fecal-oral. Influenciam<br />

também na epid<strong>em</strong>iologia os sist<strong>em</strong>as de exploração (intensivo versus extensivo), idades<br />

dos animais do rebanho, alojamentos, alimentação, infecções ou parasitoses concomitantes<br />

e factores de stresse (Cordero del Campillo & Rojo Vázquez, 2002).<br />

Segundo Cordero del Campillo e Rojo Vázquez (2002), o contágio inicial pode ocorrer nas<br />

primeiras s<strong>em</strong>anas de vida, quando o animal ingere oocistos que se encontram aderentes<br />

aos tetos das mães. A partir da segunda a quarta s<strong>em</strong>ana os borregos pod<strong>em</strong> iniciar a<br />

excreção de oocistos, altura <strong>em</strong> que os animais são mais susceptíveis. De acordo com<br />

Lopez (1996a) a fonte de infecção mais importante são os oocistos eliminados pelos animais<br />

jovens com elevada contaminação das camas, que pode constituir factor de mortalidade<br />

para os mesmos animais e para os que nascerão posteriormente. Nos caprinos o risco de<br />

infecção normalmente ocorre quando estes receb<strong>em</strong> o colostro ou durante a amamentação<br />

e quando os animais mais jovens são introduzidos junto dos mais velhos para receber<br />

alimentação sólida (Ayensa, 1996).<br />

Nos casos <strong>em</strong> que ocorre aleitamento artificial a contaminação pode advir do período <strong>em</strong><br />

que receberam o colostro ou da contaminação fecal dos alimentos ou utensílios, no entanto,<br />

é menos frequente se for<strong>em</strong> tomadas correctas medidas de higiene. Posteriormente, é<br />

possível a infecção a partir de oocistos sobreviventes do ano anterior na pastag<strong>em</strong>,<br />

principalmente <strong>em</strong> locais de alta densidade de pastoreio (Cordero del Campillo & Rojo<br />

Vázquez, 2002).<br />

A elevada densidade populacional é responsável pelas contaminações massivas. Uma vez<br />

introduzidas as coccídeas na exploração têm importância crucial as práticas de higiene para<br />

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