Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...
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função da idade e evitar grandes concentrações por longos períodos de t<strong>em</strong>po. Os<br />
comedouros e bebedouros dev<strong>em</strong> ser colocados de forma que se previna a sua<br />
contaminação com fezes. A r<strong>em</strong>oção de fezes e limpeza das camas deve ser efectuada<br />
periodicamente para reduzir a disponibilidade de oocistos no ambiente. Embora os oocistos<br />
sejam resistentes à maioria dos desinfectantes, altas concentrações de hipoclorito de sódio<br />
e amónia têm alguma acção sobre estas formas parasitárias e pod<strong>em</strong> auxiliar no controlo da<br />
doença. Embora os oocistos sejam destruídos pela acção da luz solar, dessecação e calor,<br />
dificilmente o são, uma vez que se encontram protegidos por matéria orgânica (Lima, 2004).<br />
De acordo com Deniz (2008), combinações de compostos fenólicos e alcoólicos ou amónia<br />
a 50% são capazes de penetrar na parede dos oocistos, reduzindo o número de oocistos<br />
disponíveis.<br />
O fornecimento de silag<strong>em</strong>, feno e milho cortado aumentam o risco de infecção. Evitar<br />
situações de stresse ajudam na prevenção da coccidiose, pois conduz a diminuição da<br />
resistência orgânica e exacerba as infecções por coccidias. Rações e instalações<br />
adequadas diminu<strong>em</strong> o nível de stresse (Deniz, 2008). Vigiar as práticas alimentares é<br />
imprescindível, deve ser fornecido o colostro aos neonatos e evitar alterações bruscas de<br />
alimentação. A composição da dieta é um factor a ter <strong>em</strong> conta, um deficit nutritivo pode<br />
provocar uma menor resistência dos animais a este tipo de infecções. Em certas fases do<br />
ciclo produtivo, como no caso do pós-parto, pode ser necessário supl<strong>em</strong>entar a dieta com<br />
vitaminas e minerais (Ayensa, 1996).<br />
Os animais afectados dev<strong>em</strong> ser isolados do restante grupo, prevenindo-se que estes<br />
contamin<strong>em</strong> alimentos e água de bebida e como tal infect<strong>em</strong> animais sãos. No caso da<br />
prevenção da coccidiose <strong>em</strong> animais que se encontr<strong>em</strong> na pastag<strong>em</strong>, deve evitar-se colocá-<br />
los nestas na primeira estação de pastoreio. Os animais jovens dev<strong>em</strong> ser mantidos<br />
afastados das pastagens altamente contaminadas durante o período <strong>em</strong> que são mais<br />
susceptíveis.<br />
Devido à ampla prevalência da coccidiose, à grande capacidade reprodutiva do parasita e à<br />
capacidade de sobrevivência dos oocistos por longos períodos de t<strong>em</strong>po no meio ambiente,<br />
a sua erradicação não parece ser possível. Desta forma, é necessário estabelecer um plano<br />
de controlo da doença na exploração. Para tal, o controlo baseia-se na prevenção dos sinais<br />
clínicos da doença, através de regras sanitárias adequadas, e administração de um<br />
anticoccidia antes dos surtos visíveis (Deniz, 2008).<br />
Dadas as peculiaridades dos ovinos e caprinos, no que diz respeito a factores de exploração<br />
e maneio, exist<strong>em</strong> determinadas épocas <strong>em</strong> que é necessária uma maior vigilância. É o<br />
caso das épocas de partos e alturas de estabulação, pois são períodos críticos <strong>em</strong> que os<br />
animais pod<strong>em</strong> desenvolver mais facilmente coccidiose. Como tal, nesta altura é importante<br />
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