Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...
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excreção de oocistos mais próximos entre as duas explorações, apresentado valores<br />
médios de 275,28 oocistos/grama fezes na exploração da Igrejinha e 295,55 oocistos/grama<br />
fezes na exploração de Portel. Contudo estas diferenças não são estatisticamente<br />
significativas.<br />
Considerando como mais prevalentes as espécies que apresentam a excreção média de<br />
oocistos mais elevada, a espécie mais prevalente nas duas explorações foi a E. arloingi. De<br />
acordo com Cordero del Campillo e Rojo Vázquez (2002), E. arloingi é a espécie mais<br />
prevalente <strong>em</strong> caprinos e E. christenseni predomina <strong>em</strong> animais jovens, enquanto E.hirci é<br />
mais frequente <strong>em</strong> animais adultos. Neste trabalho verificou-se que E. christenseni foi a<br />
segunda espécie mais prevalente na exploração de Portel, sendo a E. alijevi a segunda mais<br />
prevalente na exploração da Igrejinha, porém estes resultados não são conclusivos. Num<br />
estudo realizado por Koudela e Boková (1998) a espécie mais prevalente <strong>em</strong> jovens foi E.<br />
arloingi e <strong>em</strong> adultos foi E. ninakohlyakimovae.<br />
Na segunda parte do estudo relacionou-se a idade dos cabritos (<strong>em</strong> s<strong>em</strong>anas) com as<br />
médias de excreção de oocistos das várias espécies de Eimeria.<br />
Às duas s<strong>em</strong>anas de idade os cabritos pod<strong>em</strong> iniciar a excreção de oocistos nas fezes e<br />
atingir níveis elevados de infecção às seis s<strong>em</strong>anas (Lima, 2004). Apenas oocistos de E.<br />
aspheronica foram encontrados <strong>em</strong> animais com seis s<strong>em</strong>anas de idade, apesar de os<br />
resultados apresentados para esta espécie de Eimeria não ser<strong>em</strong> estatisticamente<br />
significativos. Apenas E. alijevi apresentou valores máximos de excreção de oocistos às<br />
sete s<strong>em</strong>anas, sendo que as restantes espécies, com excepção da de E. jolchijevi e E.<br />
aspheronica, apresentaram valores máximos às treze s<strong>em</strong>anas de idade. Todavia, apenas<br />
pod<strong>em</strong>os concluir que, no período de vida dos cabritos <strong>em</strong> que decorreu o estudo, E.<br />
arloingi, E. caprina, E. caprovina, E. christenseni, E. hirci apresentaram valores máximos de<br />
excreção de oocistos às treze s<strong>em</strong>anas de idade. O mesmo sucedeu para o valor médio<br />
total de excreção de oocistos de Eimeria spp. Como a recolha de amostras de fezes<br />
directamente da ampola rectal às duas s<strong>em</strong>anas de idade foi impossível, apenas t<strong>em</strong>os<br />
resultados para animais de três s<strong>em</strong>anas de idade, cujas fezes apresentavam três espécies<br />
de Eimeria (E. arloingi, E. caprovina e E. ninakohlyakimovae).<br />
A infecção por coccidias é autolimitante, o que implica que o número de Eimeria spp. cresce<br />
até atingir um máximo que depois desaparece de forma mais ou menos brusca ou desce até<br />
níveis <strong>em</strong> que o hospedeiro desenvolve imunidade. É possível que continu<strong>em</strong> a eliminar<br />
pequenas quantidades de oocistos nas fezes durante s<strong>em</strong>anas ou meses, no entanto, a<br />
infecção permanece despercebida (Bowman, 2004). E. alijevi e E. aspheronica foram as<br />
únicas espécies <strong>em</strong> que foi possível acompanhar a excreção de oocistos após se ter<br />
atingido uma valor máximo de excreção. No caso da E. alijevi verificou-se que após ser<br />
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