Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...
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parasitárias. Estas diferenças parec<strong>em</strong> correlacionar-se com determinadas características<br />
do desenvolvimento endógeno ou características biológicas de cada espécie <strong>em</strong> questão,<br />
constituindo o factor mais importante o tipo de células lesadas pelos últimos estádios do<br />
parasita. Por outro lado, também é de grande importância a zona do intestino onde há<br />
desenvolvimento do parasita e se a infecção t<strong>em</strong> ou não como consequência a destruição<br />
das células do hospedeiro (Lopez, 1996b).<br />
Lima (2004) refere que as alterações funcionais causadas pela coccidiose depend<strong>em</strong> da<br />
localização das espécies envolvidas e do grau de destruição dos tecidos. A intensidade e<br />
abrangência das lesões depend<strong>em</strong> do grau de dano tecidual de cada espécie e,<br />
principalmente, da quantidade de oocistos esporulados ingeridos.<br />
A saída dos merozoítos e gâmetas das células da mucosa intestinal provoca a sua ruptura,<br />
com subsequente esfoliação do epitélio intestinal. Em função do local onde esta destruição<br />
celular ocorrer (células das vilosidades, células das criptas, intestino delgado, intestino<br />
grosso) devido à espécie ou espécies envolvidas levará a uma má-absorção (por destruição<br />
das criptas com consequente incapacidade de renovação do epitélio ou por uma rápida<br />
renovação celular com imaturidade das células epiteliais). Esta má-absorção leva a uma<br />
forte diarreia e desidratação. As espécies mais patogénicas levam ainda à ruptura de vasos<br />
sanguíneos com perda de sangue, podendo mesmo levar à morte do animal (Lopez, 1996).<br />
Segundo Gregory (1987) citado por Lopez (1996b) a fase mais destrutiva e patogénica é a<br />
fase de gametogonia.<br />
De acordo com Lopez (1996b) n<strong>em</strong> todos os oocistos ingeridos pelo hospedeiro completam<br />
o seu desenvolvimento, uma vez que os mecanismos de defesa do hospedeiro são<br />
activados rapidamente, destruindo grande parte dos esquizontes antes de estes atingir<strong>em</strong> a<br />
maturidade. As espécies de Eimeria que afectam a porção anterior do intestino são as<br />
menos patogénicas, sendo as mais patogénicas as que t<strong>em</strong> desenvolvimento no intestino<br />
grosso, células das criptas ou que caus<strong>em</strong> lesão de vasos sanguíneos.<br />
Segundo Taylor (1998), as coccidias que invad<strong>em</strong> o intestino grosso provocam maiores<br />
alterações patológicas, principalmente se for<strong>em</strong> ingeridos grandes quantidades de oocistos<br />
num curto período de t<strong>em</strong>po. Esta maior patogenicidade é devida a uma renovação celular<br />
mais lenta nesta porção do intestino e por não existir um efeito compensatório por parte de<br />
outras regiões. Por outro lado, as coccidias que parasitam as células das criptas provocam<br />
maiores lesões do que as que parasitam as células epiteliais das vilosidades.<br />
No caso de destruição de células das vilosidades, que são colunares com numerosas<br />
microvilosidades na superfície apical, ocorre substituição por outras que migram de áreas<br />
adjacentes das microvilosidades e das criptas, sendo estas células cubóides e de superfície<br />
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