30.06.2013 Views

Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2 – Imunidade<br />

Além da importância da idade na receptividade dos animais aos oocistos não pod<strong>em</strong>os<br />

esquecer a importância da imunidade, uma vez que está comprovada a correlação entre a<br />

idade e uma crescente resistência à infecção (Arguello & Cordero del Campillo, 1996).<br />

A imunidade é espécie-específica, mas não é absoluta, pois os animais recuperados<br />

frequent<strong>em</strong>ente reinfectam-se, apesar de poder<strong>em</strong> ser infecções subclínicas, tornando-se<br />

portadores e transmissores para os jovens (Lima, 2004).<br />

Em condições naturais os borregos pod<strong>em</strong> estar infectados por várias espécies de coccidias<br />

e apresentar ou não sinais clínicos da infecção. Quando os animais ating<strong>em</strong> a idade adulta<br />

têm uma marcada resistência frente aos efeitos patogénicos do parasita, no entanto, como<br />

foi referido a imunidade não é absoluta. Os adultos recuperados pod<strong>em</strong> desencadear uma<br />

coccidiose aguda quando expostos a vários factores de stresse. As possibilidades de<br />

multiplicação dos oocistos seriam limitadas se não existiss<strong>em</strong> as reinfecções. Estas<br />

constitu<strong>em</strong> um factor importante ao intervir indirectamente sobre o grau de imunidade, as<br />

quais são prejudiciais do ponto de vista epid<strong>em</strong>iológico, pois ajudam a manter a vida dos<br />

oocistos e a contaminação do meio. (Arguello & Cordero del Campillo, 1996).<br />

Segundo Arguello e Cordero del Campillo (1996), esta imunidade às distintas espécies de<br />

Eimeria têm como resultado uma menor eliminação de oocistos depois da ingestão de um<br />

grande número de oocistos infectantes. Uma possível explicação para este mecanismo é o<br />

rápido desenvolvimento de uma resposta imune. A segunda geração de esquizontes é,<br />

provavelmente, a fase do ciclo <strong>em</strong> que existe maior indução da imunidade, enquanto os<br />

estados sexuados são os mais susceptíveis à inibição pela imunidade. Outra possível<br />

explicação é que quando o número de esquizontes de primeira e segunda geração<br />

aumentam, a área de tecido saudável que resta para o desenvolvimento de posteriores<br />

estádios diminui. Assim, o tecido lesado pela infecção de uma espécie pode diminuir a<br />

produção de oocistos de outra espécie.<br />

A imunidade é específica para cada espécie, como foi referido anteriormente, e a imunidade<br />

a uma espécie não confere imunidade a outra espécie presente no mesmo hospedeiro. Por<br />

outro lado, não se sabe se a resistência natural aumenta com a idade do hospedeiro e reduz<br />

a produção de oocistos ou se quando os animais são mais velhos são imunes como<br />

resultado de infecções naturais com coccidias (Arguello & Cordero del Campillo, 1996).<br />

22

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!