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Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

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Parte III – Estudos de Caso<br />

1) Prevalência de Eimeria spp. <strong>em</strong> explorações portuguesas de<br />

ovinos <strong>em</strong> regime extensivo, s<strong>em</strong>i-intensivo e intensivo<br />

1.1) Introdução<br />

A coccidiose é uma doença parasitária caudas por protozoários do género Eimeria. É<br />

frequente <strong>em</strong> ruminantes e geralmente manifesta-se por alterações gastrointestinais (Lima,<br />

2004). Normalmente assume uma forma insidiosa e só se torna evidente nos animais<br />

infectados após o aparecimento dos sinais clínicos. Após a ingestão de oocistos<br />

esporulados o parasita penetra nas células epiteliais da mucosa intestinal, onde se<br />

multiplica. O meio ambiente é contaminado após a libertação de oocistos nas fezes. O<br />

t<strong>em</strong>po decorrido entre a ingestão de oocistos esporulados e a libertação de novos oocistos<br />

nas fezes (período pré-patente) é de doze a vinte dias, dependendo da espécie envolvida e<br />

da sua patogenicidade (Deniz, 2008).<br />

A coccidiose ovina t<strong>em</strong> o seu maior impacto <strong>em</strong> borregos com menos de três meses de<br />

idade (Deniz, 2008) e está associada a sintomas como diarreia, desidratação, diminuição<br />

nos ganhos de peso e, <strong>em</strong> alguns casos, morte (Helle, 1970; Reeg et al., 2005). De acordo<br />

com Hassum et al. (2002), os oocistos do género Eimeria são frequent<strong>em</strong>ente encontrados<br />

<strong>em</strong> fezes de ovinos, independent<strong>em</strong>ente da idade, apesar dos animais com menos de seis<br />

meses de idade ser<strong>em</strong> os mais afectados e os que eliminam mais oocistos nas fezes.<br />

Assume-se que a maioria, senão todos os ruminantes, se infecta com coccidias ao longo da<br />

vida (Taylor & Catchpole, 1994).<br />

O sist<strong>em</strong>a de exploração é um dos factores mais importantes no aparecimento da<br />

coccidiose. Em explorações intensivas, onde há elevada densidade populacional, a<br />

transmissão da doença ocorre com maior facilidade devido à disponibilidade de grandes<br />

quantidades de oocistos (Lima, 2004). Em sist<strong>em</strong>as extensivos a eliminação de fezes é<br />

dispersa, no entanto, pod<strong>em</strong> existir fortes contaminações junto das zonas de abeberamento<br />

e dormitórios. Quer <strong>em</strong> explorações extensivas quer <strong>em</strong> explorações intensivas, as camas<br />

dos estábulos, principalmente de palha, <strong>em</strong> conjunto com uma sobrelotação de animais e<br />

más condições higiénicas constitu<strong>em</strong> uma das fontes principais de infecção para os animais<br />

jovens (Arguello & Cordero del Campillo, 1996).<br />

O impacto económico da coccidiose, <strong>em</strong> pequenos ruminantes, foi calculado por Fritzgerald<br />

<strong>em</strong> 1980 <strong>em</strong> cerca de 140 milhões de dólares <strong>em</strong> todo o mundo. Na Europa estão descritas<br />

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