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Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

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2.4) Discussão de resultados / Conclusão<br />

Na primeira parte deste estudo tentou verificar-se a relação entre as médias de excreção de<br />

oocistos para cada espécie de Eimeria <strong>em</strong> duas explorações com sist<strong>em</strong>as de produção<br />

distintos. Como foi referido, os cabritos da exploração de Portel eram amamentados nas<br />

fêmeas adultas, enquanto os cabritos da Igrejinha recebiam aleitamento artificial. De acordo<br />

com Ayensa (1996), o risco de infecção normalmente ocorre durante a amamentação e<br />

quando os animais jovens são colocados junto de animais mais velhos. Nos casos <strong>em</strong> que<br />

ocorre aleitamento artificial a contaminação pode advir do período <strong>em</strong> que receberam o<br />

colostro ou da contaminação fecal dos alimentos ou utensílios, no entanto, é menos<br />

frequente se for<strong>em</strong> tomadas correctas medidas de higiene (Cordero del Campillo & Rojo<br />

Vázquez, 2002). Segundo Lopez (1996a) a fonte de infecção mais importante são os<br />

oocistos eliminados pelos animais jovens com elevada contaminação das camas, que pode<br />

constituir factor de mortalidade para os mesmos animais e para os que nascerão<br />

posteriormente. Desta forma, a exploração com maior risco de infecção seria a exploração<br />

de Portel, uma vez que os cabritos eram amamentados nas fêmeas adultas. Por outro lado,<br />

como foi referido, a exploração da Igrejinha possuí deficientes condições de higiene das<br />

camas, o que constituía um factor de risco. Pelos resultados obtidos no presente estudo<br />

verificou-se que a exploração de Portel, como esperado, pois epid<strong>em</strong>iologicamente as mães<br />

representam grande importância na infecção dos animais jovens, (Arguello & Cordero del<br />

Campillo, 1996) apresentava valores médios de excreção total de oocistos (2335,82<br />

oocistros/grama fezes) superiores aos da exploração da Igrejinha (1694,58 oocistos/grama<br />

fezes). Contudo, estes resultados não são conclusivos, uma vez que as diferenças entre<br />

explorações não são estatisticamente significativas.<br />

E. jolchijevi não foi encontrada <strong>em</strong> nenhum animal das duas explorações <strong>em</strong> estudo e E.<br />

aspheronica apresentou valores muito reduzidos na exploração de Portel (média de 0,34<br />

oocistos/grama fezes) e estava ausente na exploração da Igrejinha, porém este resultado<br />

não é conclusivo pois a diferença não é significativa. À excepção da E. alijevi, que<br />

apresentou valores médios de excreção de oocicistos superiores na exploração da Igrejinha,<br />

todas as outras espécies de Eimeria apresentaram valores médios de excreção de oocistos<br />

superiores na exploração de Portel. Todavia apenas pod<strong>em</strong>os concluir que E.caprina e E.<br />

christenseni apresentavam valores médios de excreção de oocistos superiores na<br />

exploração de Portel, pois apenas estas diferenças são estatisticamente significativas.<br />

E. ninakohlyakimovae é considerada a espécie mais patogénica por Lima (2004). No<br />

presente estudo esta foi a espécie que apresentou, curiosamente, valores médios de<br />

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