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Coccidiose em Pequenos Ruminantes - UTL Repository ...

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humidade ideal normalmente é assegurada pelo ambiente fecal, contudo, a baixa humidade<br />

é letal para os oocistos <strong>em</strong> poucas horas. A fermentação e a putrefacção, as soluções<br />

saturadas de dióxido de carbono e iões carbonato imped<strong>em</strong> ou detêm a segmentação e<br />

acabam por destruir o oocisto, uma vez que requer<strong>em</strong> oxigénio para esporular.<br />

Os oocistos são bastante resistentes aos produtos químicos, os mais eficazes são muito<br />

tóxicos e cáusticos e geralmente não são utilizados, uma vez que não são adequados à<br />

aplicação <strong>em</strong> explorações. Compostos de baixo peso molecular como o amoníaco são <strong>em</strong><br />

condições especiais oocistocidas eficazes, salvo quando não há contacto directo com os<br />

oocistos. A maioria das substâncias químicas utilizadas como desinfectantes favorece a<br />

evolução e conservação dos oocistos, por destruição das bactérias que se encontram no<br />

meio. Contudo, estes desinfectantes usados nas concentrações usuais pod<strong>em</strong> destruir os<br />

oocistos ou inibir a esporulação (hipoclorito de sódio, formaldeído, fenol, entre outros). A<br />

exposição de oocistos esporulados e não esporulados a radiações gama, raios X, luz ultra<br />

violeta, ondas ultrasónicas e corrente de electrões de baixa acelaração apenas reduz<strong>em</strong> a<br />

viabilidade ou destro<strong>em</strong> um pequeno número de oocistos (Arguello & Cordero del Campillo,<br />

1996). Desta forma, para a actuação eficaz dos desinfectantes capazes de destruir os<br />

oocistos, é necessário r<strong>em</strong>over a matéria orgânica antes da sua aplicação.<br />

2 – Espécies e estirpes de Eimeria<br />

Os factores determinantes da patogenia de Eimeria spp. depend<strong>em</strong> do tipo de coccidia, da<br />

área intestinal afectada, da dose infectante, condicionada, por sua vez, pela prolificidade do<br />

agente e pelo sist<strong>em</strong>a de exploração, idade, entre outros factores (Arguello & Cordero del<br />

Campillo, 1996).<br />

Estudos experimentais d<strong>em</strong>onstraram que algumas espécies de Eimeria são muito mais<br />

patogénicas do que outras. A infecção experimental <strong>em</strong> ovinos com E. ovinoidalis pode ser<br />

mortal com um número moderado de oocistos (10.000 ou menos). E. ahsata é considerada<br />

também uma das espécies mais patogénicas. Todavia, t<strong>em</strong>os que ter <strong>em</strong> consideração que<br />

a ingestão de um grande número de oocistos <strong>em</strong> dose única pode desencadear sinais<br />

clínicos de coccidiose, enquanto a mesma dose administrada fraccionadamente pode não<br />

provocar qualquer sintomatologia no animal (Arguello & Cordero del Campillo, 1996).<br />

A área intestinal afectada é outro factor que determina a patogenia de uma espécie. As<br />

coccidias que infectam a primeira parte do intestino delgado são menos patogénicas, isto<br />

pode ser devido às restantes porções de intestino saudável que consegu<strong>em</strong> compensar, <strong>em</strong><br />

certa medida, as disfunções das zonas anteriores. Se duas, três ou mais espécies provocam<br />

infecções simultaneamente, o que é frequente na prática, pod<strong>em</strong> actuar <strong>em</strong> conjunto e<br />

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