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i2r Greve Geral: 12 Milhões param ik Governo investe ... - cpvsp.org.br

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Quinzena N 0 232 - 30/06/96 Trabalhadores<<strong>br</strong> />

lhador não pode recusar no momento da<<strong>br</strong> />

sua contratação. Outro ponto em comum<<strong>br</strong> />

é o pnncipio de territoriedade, asseguran-<<strong>br</strong> />

do ao trabalhador que o seu contrato seja<<strong>br</strong> />

regido pela lei do pais em que estiver.<<strong>br</strong> />

"É importante não esquecer que o em-<<strong>br</strong> />

pregador terá o poder, caso o projeto seja<<strong>br</strong> />

aprovado, de dispensar livremente o em-<<strong>br</strong> />

pregado, mas será o<strong>br</strong>igado a pagar uma<<strong>br</strong> />

indanzação", observa o DIAP. A liberda-<<strong>br</strong> />

de de demissão é restnngida nos casos em<<strong>br</strong> />

que o empregado é protegido por estabili-<<strong>br</strong> />

dade decorrente de mandato sindical.<<strong>br</strong> />

Nas questões de direitos trabalhistas,<<strong>br</strong> />

como por exemplo do 13 o salário, a fisca-<<strong>br</strong> />

lização do trabalho e seguro desemprego,<<strong>br</strong> />

os paises voltam a ter semelhanças, com<<strong>br</strong> />

exceção do Paraguai, onde o trabalhador<<strong>br</strong> />

não tem direito ao seguro. A Argentina<<strong>br</strong> />

partiu na frente em relação a flexibilização<<strong>br</strong> />

das leis trabalhistas. No ano passado, fo-<<strong>br</strong> />

ram aprovadas duas leis que modificam<<strong>br</strong> />

alguns procedimentos jurídicos para as<<strong>br</strong> />

pequenas e médias empresas.<<strong>br</strong> />

"A experièicia aigaitina mostra clara-<<strong>br</strong> />

maite que a desregulamaitação não teve<<strong>br</strong> />

um impacto positi vo so<strong>br</strong>e o mercado de tra-<<strong>br</strong> />

balho", analisou Cláudio Salvadon Dedec-<<strong>br</strong> />

ca, professor da Unicamp, an artigo publi-<<strong>br</strong> />

cado na iB/ÉtaO (Des) Emprego no País<<strong>br</strong> />

do Real, do Partido dos Trabalhadores.<<strong>br</strong> />

Segundo Dedecca, a flexibilização dos<<strong>br</strong> />

direitos trabalhistas na Argentina tem<<strong>br</strong> />

sido acompanhada de niveis de emprego<<strong>br</strong> />

fonnal cada vez mais baixos. "Existe uma<<strong>br</strong> />

progressiva heterogeneidade e precarie-<<strong>br</strong> />

dade das condições de emprego, além da<<strong>br</strong> />

perda de renda do trabalho e de uma alar-<<strong>br</strong> />

Garantias Básicas do Trabalhador<<strong>br</strong> />

Jornada<<strong>br</strong> />

semanal<<strong>br</strong> />

Férias anuais<<strong>br</strong> />

remuneradas<<strong>br</strong> />

Feriados<<strong>br</strong> />

anuais<<strong>br</strong> />

Licença<<strong>br</strong> />

Maternidade<<strong>br</strong> />

Licença<<strong>br</strong> />

Paternidade<<strong>br</strong> />

Aviso Prévio<<strong>br</strong> />

(dias)<<strong>br</strong> />

Remuneração por<<strong>br</strong> />

despedida<<strong>br</strong> />

13° salário<<strong>br</strong> />

Argentina Brasil Paraguai Uruguai<<strong>br</strong> />

48h 44h 48 h 44h (com.)<<strong>br</strong> />

48h (ind.)<<strong>br</strong> />

14 a 35 dias<<strong>br</strong> />

(tempo de serviço)<<strong>br</strong> />

30 dias<<strong>br</strong> />

corridos<<strong>br</strong> />

<strong>12</strong> a 30 dias<<strong>br</strong> />

(tempo de serviço)<<strong>br</strong> />

20 dias úteis<<strong>br</strong> />

10 dias 11 dias 10 dias 5 dias<<strong>br</strong> />

45 dias antes<<strong>br</strong> />

e depois<<strong>br</strong> />

<strong>12</strong>0 dias depois 6 semanas<<strong>br</strong> />

antes e depois<<strong>br</strong> />

6 semanas<<strong>br</strong> />

antes e depois<<strong>br</strong> />

2 dias 5 dias 2 dias não há lei<<strong>br</strong> />

30dias, até 5 anos e<<strong>br</strong> />

60, mais de 5 anos<<strong>br</strong> />

1 mês ou fração de<<strong>br</strong> />

3 meses<<strong>br</strong> />

1/<strong>12</strong> mensais<<strong>br</strong> />

de salário<<strong>br</strong> />

30 dias 30 a 90 dias não tem<<strong>br</strong> />

40% do total<<strong>br</strong> />

depositado no FGTS<<strong>br</strong> />

1/<strong>12</strong> mensais<<strong>br</strong> />

do salário<<strong>br</strong> />

15 dias ou<<strong>br</strong> />

fração de 06 meses<<strong>br</strong> />

1/<strong>12</strong> mensais<<strong>br</strong> />

do salário<<strong>br</strong> />

1 mês ou fração<<strong>br</strong> />

e 6 meses<<strong>br</strong> />

1/<strong>12</strong> mensais<<strong>br</strong> />

do salário<<strong>br</strong> />

Horas extras 30 p/ mês 2 p/dia 3 p/dia 8 /semana<<strong>br</strong> />

Salário mínimo US$ 200 US$ 107,5 US$184 US$85<<strong>br</strong> />

Mercado<<strong>br</strong> />

informal<<strong>br</strong> />

10% 43% 10% -<<strong>br</strong> />

Assalariados 69,6% 66% 52,9% 78,8%<<strong>br</strong> />

PEA (milhões) <strong>12</strong>,6 67,8 1,7 1,4<<strong>br</strong> />

Fonte; Boletim de Integr. Latino-Americana e Centro Interdísciplinar de Estudos so<strong>br</strong>e o Desenvolvimento do Uruguai<<strong>br</strong> />

mante situação de desemprego, que no<<strong>br</strong> />

momento atinge 20% da força de traba-<<strong>br</strong> />

lho da Grande Buaios Ares".<<strong>br</strong> />

Para o DIAP, mesmo com uma legis-<<strong>br</strong> />

lação sintonizada com os demais paises<<strong>br</strong> />

que integram o Mercosul, o Brasil ainda<<strong>br</strong> />

tem que fortalecer a negociação coletiva<<strong>br</strong> />

e dar mais autaiticidade ao movimento<<strong>br</strong> />

sindical. "E preciso que o pais continue<<strong>br</strong> />

negociando junto os três governos um<<strong>br</strong> />

acordo multilateral, que assegure aos tra-<<strong>br</strong> />

balhadores do Mercosul gozar, onde es-<<strong>br</strong> />

tiverem, os benefícios previdência ri os a<<strong>br</strong> />

que tiverem direito".<<strong>br</strong> />

Outra discussão será em tomo do valor<<strong>br</strong> />

do saláno minimo, que vana de US$ 85,00<<strong>br</strong> />

no Uruguai, a US$ 200,00, na Argentina,<<strong>br</strong> />

quase o do<strong>br</strong>o do Brasil 3<<strong>br</strong> />

Boletim DIEESE -A<strong>br</strong>il/96 - N 0 181<<strong>br</strong> />

Nosso futuro não precisa ser o desemprego<<strong>br</strong> />

O desemprego é, sem dúvida, parte<<strong>br</strong> />

da agenda mundial. O assunto dominou<<strong>br</strong> />

as discussões da Conferência do Empre-<<strong>br</strong> />

go, realizada no início de a<strong>br</strong>il, na cida-<<strong>br</strong> />

de francesa de Lille, pelo grupo dos sete<<strong>br</strong> />

paises mais desenvolvidos do mundo (G-<<strong>br</strong> />

7). No entanto, não não resultaram desse<<strong>br</strong> />

encontro deliberações efetivas para tra-<<strong>br</strong> />

tar do problema. Houve apenas a<<strong>br</strong> />

reafirmação dos modelos já existentes: o<<strong>br</strong> />

norte-americano, de alta flexibilidade no<<strong>br</strong> />

mercado de trabalho e baixas taxas de<<strong>br</strong> />

desemprego, mas com geração de ocu-<<strong>br</strong> />

pações de baixa qualidade, os chamados<<strong>br</strong> />

Macjobs; e o modelo europeu, com regu-<<strong>br</strong> />

lação do mercado e seguridade social<<strong>br</strong> />

avançada, porém com predominância de<<strong>br</strong> />

altas taxas de desemprego. Naihuma pro-<<strong>br</strong> />

posta foi feita no sentido da geração de<<strong>br</strong> />

políticas ativas de emprego, coordenadas<<strong>br</strong> />

por esforços macroeconômicos globais de<<strong>br</strong> />

reativação do crescimento econômico,<<strong>br</strong> />

que continua muito abaixo dos niveis<<strong>br</strong> />

verificados desde o pós-guerra até mea-<<strong>br</strong> />

dos dos anos 70.<<strong>br</strong> />

Frente à inação dos paises que coman-<<strong>br</strong> />

dam a economia global, surge um saiti-<<strong>br</strong> />

mento de inexorabilidade de um futuro<<strong>br</strong> />

sem empregos. E o pior: assiste-se cada<<strong>br</strong> />

vez mais á precarização das relações de<<strong>br</strong> />

trabalho, resultado da modernização<<strong>br</strong> />

tecnológica, da instabilidade gerada por<<strong>br</strong> />

mercados financeiros globalizados e da<<strong>br</strong> />

perda de governabilidade dos estados<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a regulação desses processos, ago-<<strong>br</strong> />

ra nitidamente dependentes das estraté-<<strong>br</strong> />

gias competitivas das empresas transna-<<strong>br</strong> />

cionais.<<strong>br</strong> />

Mas é preciso perguntar se os proble-<<strong>br</strong> />

mas vividos pelas economias mais desai-<<strong>br</strong> />

volvidas se reproduzem da mesma fonna<<strong>br</strong> />

no Brasil, e em que dimensão. Se, por um<<strong>br</strong> />

lado, é correto prever que os setores mais<<strong>br</strong> />

dinâmicos da economia estarão incorpo-<<strong>br</strong> />

rando tecnologias e fonnas de gestão da<<strong>br</strong> />

"A TEORIA EMERGE DA PRATICA EA ELA RETORNA"

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