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Judite Wenzel.pdf - Unijuí

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Um Olhar para o Fazer Pesquisa no Cenário da Formação Docente Inicial<br />

Os estudos e as preocupações com a formação de professores têm se<br />

acentuado a partir da última década do século passado, o que está relacionado,<br />

também, com as novas políticas educacionais, aliadas às reformas da educação<br />

básica e universitária no país. Entre os anos de 1980 e 1990 houve um crescente<br />

movimento de profissionalização do ensino, que repercutiu nas reformas da<br />

formação dos professores. Pesquisas educacionais passaram a dar ênfase na<br />

questão dos saberes e às competências na formação inicial de professores.<br />

Segundo Laranjeira et al (1999), apud Borges e Tardif:<br />

o novo referencial para a formação de professores reconhece que o docente<br />

é um profissional; que a natureza do seu trabalho é definida em função do<br />

entendimento de que o professor atua com e nas relações humanas; que a<br />

gestão em sala de aula, tarefa que é de sua responsabilidade por<br />

excelência, exige o confronto com situações complexas e singulares, cuja<br />

solução nem sempre é dada a priori (BORGES, Cecília; TARDIF, Maurice,<br />

2001, p.14).<br />

Essas repercussões do movimento de profissionalização se prolongam nas<br />

diferentes reformas em curso no Brasil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação<br />

Nacional (Lei nº 9.394/96) propõe a Educação Básica com um caráter não<br />

propedêutico e com uma visão mais rica de aprendizagem e desenvolvimento dos<br />

educandos. Nos dizeres de Pereira, a visão de ensino articulada nesta Lei,<br />

está alicerçada na concepção de desenvolvimento e aprendizagem como<br />

processos, na idéia de que não se constroem conhecimentos significativos<br />

de forma cumulativa e no pressuposto de que os conhecimentos se<br />

produzem nas interações e vivências, em empreendimentos, na busca de<br />

respostas às perguntas que os educandos se fazem (PEREIRA, 1999,<br />

p.115).<br />

Porém, o que se percebe é que as mudanças propostas nesta visão de<br />

ensino, pouco chegam às salas de aula efetivamente. As propostas educacionais<br />

vigentes, segundo Brasil (1999), são caracteristicamente de caráter apenas<br />

propedêutico, preparatórias para séries e graus de ensino seguintes, numa visão<br />

linear, conteudista e cumulativa de ensino, pouco se preocupando com a<br />

necessidade de desenvolver uma educação voltada para a melhoria da convivência<br />

e da qualidade da vida nas práticas sociais.<br />

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