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CARLOS AUGUSTO PETERSEN PARCHEN ok - departamento de ...

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Comparando os resultados encontrados nos experimentos <strong>de</strong> São Paulo com<br />

outros estudos, Lima (1998) <strong>de</strong>staca que resultados diferentes têm sido<br />

encontrados. Segundo o autor, essas diferenças <strong>de</strong>monstram a influência particular<br />

<strong>de</strong> cada ecossistema, on<strong>de</strong> o tipo <strong>de</strong> vegetação, características climatológicas locais<br />

e, principalmente, a intensida<strong>de</strong> e intervalo entre precipitações, além do grau <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong> da cobertura vegetal, condicionam diretamente a partição da precipitação.<br />

Destaca o autor que as repartições das precipitações como um todo, em uma<br />

cobertura florestal, não po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas como mantendo uma proporção<br />

constante da precipitação do local durante todo o ano.<br />

Isso é comprovado em trabalhos realizados em Floresta Atlântica, no<br />

município <strong>de</strong> Cunha, estado <strong>de</strong> São Paulo, por Arcova, Cicco e Rocha (2003). Os<br />

autores encontraram que no período chuvoso, a precipitação que chegou ao piso<br />

florestal equivaleu a 85% da precipitação total inci<strong>de</strong>nte na área. Já no período<br />

pouco chuvoso, em média 72% da precipitação penetrou no dossel. Em uma das<br />

medições, somente 53,7% das chuvas transpassaram a cobertura das copas.<br />

Destacam os autores que a água chegou ao piso florestal, majoritariamente, pela<br />

precipitação interna, sendo que o escoamento pelos troncos não ultrapassou 0,3%<br />

da precipitação total. Os porcentuais <strong>de</strong> interceptação foram elevados na estação<br />

pouco úmida, com valor médio estimado em 26% da precipitação no aberto. Na<br />

estação das chuvas os porcentuais foram reduzidos, sendo a média <strong>de</strong> 16%.<br />

No mesmo trabalho foi constatado que em termos da precipitação anual, a<br />

contribuição do fluxo <strong>de</strong> água escoado pelo tronco das árvores para a precipitação<br />

efetiva – aquela que chega ao piso florestal – foi <strong>de</strong> apenas 4,8 mm (0,27% da<br />

precipitação interna), valor este pouco significativo e até mesmo <strong>de</strong>sprezível quando<br />

comparada com a participação <strong>de</strong>ssa precipitação interna, que alcançou 1.802,9<br />

mm. Já a interceptação, que atingiu 412 mm, apresenta um valor significativo,<br />

uma vez que a evapotranspiração, calculada pelo método do balanço hídrico, foi<br />

da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 539 ± 100 mm, o que indica que a interceptação tem gran<strong>de</strong><br />

importância no total das perdas evaporativas da microbacia (ARCOVA, CICCO e<br />

ROCHA, 2003).<br />

Nos estudo realizados por Thomaz (2005), trabalhando com capoeira em<br />

regeneração, ten<strong>de</strong>ndo a floresta secundária, e também em floresta secundária com<br />

predomínio <strong>de</strong> Araucaria angustifolia, no município <strong>de</strong> Guarapuava, Região Centro-<br />

Sul do Paraná, foram encontrados resultados médios <strong>de</strong> precipitação interna<br />

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