Género e Envelhecimento. Estudo de Diagnóstico

GÉNERO E ENVELHECIMENTO:
PLANEAR O FUTURO COMEÇA AGORA!
Gráfico 32. Famílias nucleares sem filhos ou filhas e pessoas isoladas, por sexo e
escalão etário (N)
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5
0
8
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3
Homens
Mulheres
Isolados
Fonte: Plano Gerontológico Municipal de Lisboa 2009/2013
Entre as pessoas idosas que viviam sozinhas, apenas 29% afirmou ter uma frequência
diária de relacionamento com familiares. Para a maioria destas pessoas o
relacionamento diário abrange, sim, as pessoas suas amigas. Para quem residia
em famílias nucleares sem filhos/as a situação é inversa. Praticamente duas em
cada três destas pessoas afirmaram um relacionamento diário com outros elementos
da família não residentes no seu agregado.
Tabela 32. Relacionamento com elementos exteriores ao agregado familiar (%)
Frequência diária de relacionamento Família nuclear % Isolados/as %
sem filhos/as
Familiares 42 63 11 29
Pessoas amigas 15 22 20 53
Vizinhos ou vizinhas 1 1 3 8
Colegas 3 4 0 0
Voluntários ou voluntárias 1 1 1 3
Outras pessoas 5 7 3 8
Fonte: Plano Gerontológico Municipal 2009/2013
8
29
17
14
Homens
Mulheres
Nuclear sem filhos
Refira-se, a este respeito, que, com o objetivo de ajudar pessoas idosas que vivem
isoladas, a Câmara Municipal de Lisboa tem em execução a Operação ‘S.O.S Lisboa’.
Desde dia 7 de fevereiro de 2012 que se encontra em funcionamento o número
20
9
19
25
2
>=80
65-79
50-64
gratuito 800 204 204, com a finalidade de dar resposta urgente a situações de risco
e ao isolamento a que estão sujeitas cerca de 85 mil pessoas idosas no concelho de
Lisboa.
A infraestrutura de socorro está concentrada na Sala de Operações Conjunta, que
congrega, num só local, elementos da Proteção Civil, dos Bombeiros Sapadores e
da Polícia Municipal, 24 horas por dia, 365 dias por ano. O número verde é atendido
por esta equipa que imediatamente aciona a ação de socorro necessária.
Três meses após o arranque do projeto, o número verde recebeu um total de 226
chamadas, maioritariamente feitas por mulheres. Seis chamadas corresponderam
a casos em que foi necessária intervenção imediata e 64 chamadas foram feitas de
fora de Lisboa. Nesses casos, as chamadas foram reencaminhadas para os bombeiros
da respetiva localidade.
Retornando aos resultados do Inquérito sobre as Expectativas face ao Envelhecimento,
verifica-se que quase metade da população inquirida residia há mais de 30
anos na mesma residência. Como tal, a relação com o espaço habitacional revelou-
-se fator determinante na deteção da mobilidade e autonomia, numa população
que, com 30 anos de diferença, estabelecia com o espaço uma relação diferente,
muitas vezes marcada por condicionantes de saúde.
A existência de degraus na entrada do edifício era uma realidade para 73% da população,
que se via confrontada com barreiras arquitetónicas também no interior do
edifício; 57% referiu existir um ou mais degraus no acesso ao rés do chão.
Estas situações redundam, muitas vezes, em restrições de mobilidade. O equilíbrio
relativo que se verifica na maior parte dos motivos não se verifica no que diz respeito
às restrições por motivos de velhice, referidas de forma muito mais significativa
pelas mulheres.
Tabela 33. Restrições de mobilidade, por sexo (%)
Mulheres Homens Total
Velhice 72 28 100
Deficiência 58 42 100
Outras 65 35 100
Não tem problemas 52 48 100
Não responde 54 46 100
Sem informação 51 49 100
Total Geral 54 46 100
Fonte: Inquérito sobre as Expectativas face ao Envelhecimento, CML-Gabinete Vereadora Ana Sara Brito,
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