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Foto: Divulgação<br />

(em cima) Marivaldo, entre Marquinhos e Denny,<br />

comanda ensaio do grupo Quabales, antes do<br />

Carnaval. (embaixo) De vassouras a vasos d’água,<br />

tudo pode ser um instrumento para o Quabales<br />

Marivaldo em ensaio com<br />

o Stomp, em Nova Iorque<br />

Fotos: Brisa Dultra<br />

Quabales, nome de um instrumento criado por<br />

Marivaldo, é também o nome do projeto, que contou<br />

com a ajuda de muitas pessoas para ganhar corpo:<br />

“A sede onde acontecem as oficinas de percussão<br />

e expressão corporal é uma casa da Associação de<br />

Moradores do Nordeste de Amaralina, que acabou<br />

abraçando a ação. Além disso, recebi o apoio do<br />

Stomp e de pessoas iluminadas, como Daniela<br />

(Mercury) e Ivete (Sangalo) que me deram um<br />

grande suporte para divulgar a ação, ganhar espaço<br />

na mídia e mobilizar mais pessoas”.<br />

Hoje, são mais de 50 alunos matriculados, que<br />

todas as segundas e quartas participam de aulas<br />

com métodos semelhantes aos do grupo inglês:<br />

“Conto principalmente com a ajuda dos músicos<br />

Denny Conceição e Marquinhos Show, que são<br />

voluntários do projeto e dão aula para esses<br />

meninos”, conta Marivaldo. Para Denny, participar<br />

do Quabales é gratificante: “Assim como Marivaldo,<br />

eu também sou nascido e criado no Nordeste. Aqui<br />

aprendi a tocar. Quero poder ensinar também, trocar<br />

experiência com esses jovens, fazer crescer o projeto,<br />

para que ele de fato se torne algo tão grande como o<br />

Stomp”, declara o músico.<br />

Marquinhos conta que ainda são muitos os desafios: “Falta<br />

mesmo estrutura, um local mais adequado para ensaios,<br />

apoio financeiro mesmo, para gente fazer manutenção dos<br />

instrumentos, comprar coisas novas, pagar professores, enfim,<br />

tornar o Quabales uma ação reconhecida pela sociedade e<br />

buscada pelos jovens do bairro”, conta o músico.<br />

Durante o Carnaval, o Quabales fez apresentação no<br />

Camarote Expresso 2222, de Gil, e também se apresentou na<br />

festa carnavalesca já tradicional do Nordeste: “O bairro tem<br />

uma programação especial no Carnaval e o Quabales fez uma<br />

apresentação no arrastão, que passeia pelas ruas do Nordeste<br />

fazendo muito batuque e performances como as do Stomp”. Depois<br />

da festa, Marivaldo retorna à Nova Iorque, onde vive com sua<br />

esposa Fernanda dos Santos. Lá, ele se apresenta no teatro do grupo<br />

Stomp, fazendo parte do elenco fixo que se apresenta na cidade.<br />

Além de ser um membro antigo do grupo, ele tem projetos<br />

independentes, como é o caso de uma banda em que toca rap:<br />

“É uma banda de elite, com trompete, trombone, sax, teclado e<br />

guitarra. Em maio, por exemplo, virei ao Brasil com o Blue Men, me<br />

apresentar nessa turnê”, conta. Durante a sua estada, vai aproveitar<br />

para vir ao Quabales, coisa que pretende fazer, pelo menos, de<br />

três em três meses: “Quero estar perto, para consolidar o projeto e<br />

fazê-lo crescer. Como disse um morador daqui – Prefiro o toque dos<br />

tambores do que a zoada dos tiros”. [B + ]<br />

www.revistabmais.com março/abril 2013 <strong>Revista</strong> [B + ] 103

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