Visualizar - Revista [B+]
Visualizar - Revista [B+]
Visualizar - Revista [B+]
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
mídia+ | perfil<br />
Foto: Divulgação<br />
O<br />
publicitário Paulo Coelho acumula a<br />
experiência de 20 anos à frente da Mago<br />
Comunicação, uma das principais agências<br />
baianas, tendo como clientes hoje Festival de Verão,<br />
Carnaval de Salvador, Sammar Veículos, Churrascaria<br />
Boi Preto, além de ter sido presidente do Sindicato<br />
das Agências de Propaganda (Sinapro Bahia). No<br />
dia 13 de dezembro de 2012, o reconhecimento: a<br />
Associação Baiana do Mercado Publicitário premiou<br />
Paulo Coelho como o melhor dirigente de agência de<br />
propaganda no estado da Bahia.<br />
Tal vivência faz Paulo conhecer a fundo a<br />
realidade do mercado tanto na Bahia como no<br />
Brasil. Por isso critica o atual modelo do mercado<br />
publicitário nacional, onde faltam investimentos<br />
regionais dos grandes anunciantes, e o fraco<br />
desempenho da economia baiana. Para ele, a<br />
verdade é que a propaganda baiana diminuiu. “É um<br />
sentimento de saudosismo, talvez, de um tempo em<br />
que o mercado baiano era pujante, com clientes e<br />
profissionais ótimos para trabalhar”.<br />
É preciso<br />
repartir o<br />
bolo<br />
Paulo Coelho, diretor da Mago<br />
Comunicação, anda nada satisfeito<br />
com as oportunidades do mercado<br />
baiano e declara que as agências<br />
que trabalham só com o setor<br />
privado estão “dentro d’água”<br />
A Bahia ainda é uma escola para a<br />
publicidade como nos tempos em que<br />
exportamos grandes profissionais?<br />
Já foi! Era assim em uma época em que a propaganda<br />
na Bahia era pulsante. Aqui a gente não tem mais um<br />
mercado vigoroso, para formar bons profissionais de<br />
publicidade. Você lembra da Romelsa, Tio Correia e<br />
tantas outras lojas de eletrônicos e supermercados<br />
que eram locais? Pois é, hoje não temos mais nada. A<br />
verdade é que, sem anunciantes, a propaganda baiana<br />
diminuiu. Pernambuco tem um PIB muito menor do que<br />
o nosso e já passou a gente em termos de publicidade.<br />
Os únicos grupos grandes que ainda existem aqui são<br />
a Odebrecht e a OAS. E a Odebrecht, dentro do seu<br />
campo de atuação industrial, não tem grande interesse<br />
em publicidade e os setores de comunicação estão<br />
baseados em São Paulo. A situação é que nada anda<br />
quando você tira o centro de decisões daqui. A Bahia<br />
recebe grandes indústrias, como Ford, Bosch, Nestlé,<br />
mas só o setor operacional está aqui. O cara que pensa<br />
o desenvolvimento da marca e dos produtos está fora.<br />
E os grandes anunciantes nacionais seguem<br />
sem investir aqui, mesmo com a força que<br />
o Nordeste ganhou comercialmente?<br />
A relevância que o Nordeste ganhou na econômica<br />
ainda não se reflete na publicidade. Se você observar,<br />
nosso percentual de consumo está em torno de 12% da<br />
28 <strong>Revista</strong> [B + ] março/abril 2013 www.revistabmais.com