LÃGICA COMBINACIONAL - Wuala
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e os princípios necessários a que toda proposição e todo silogismo devem obedecer para<br />
serem verdadeiros.<br />
Na proposição, as categorias ou termos são os predicados atribuídos a um sujeito. O<br />
sujeito (S) é uma substância; os predicados (P) são as propriedades atribuídas ao sujeito;<br />
a atribuição ou predicação se faz por meio do verbo de ligação ser. Ex: Pedro é alto.<br />
A proposição é um discurso declarativo que enuncia ou declara verbalmente o que foi<br />
pensado e relacionado pelo juízo. A proposição reúne ou separa verbalmente o que o<br />
juízo reuniu ou separou mentalmente.<br />
A reunião ou separação dos termos recebe o valor de verdade ou de falsidade quando o<br />
que foi reunido ou separado em pensamento e linguagem está reunido ou separado na<br />
realidade (verdade), ou quando o que foi reunido ou separado em pensamento e<br />
linguagem não está reunido ou separado em realidade (falsidade). A reunião se faz pela<br />
afirmação (S é P). A separação se faz pela negação (S não é P).<br />
A proposição representa o juízo (coloca o pensamento na linguagem) e a realidade<br />
(declara o que está unido e o que está separado).<br />
Do ponto de vista do sujeito, existem dois tipos de proposições:<br />
- existencial: declara a existência, posição, ação ou paixão do sujeito. Ex: “Um homem<br />
é (existe)”; “Um homem anda”. E suas negativas: “Um homem não é (não existe)”; “Um<br />
homem não anda”.<br />
- predicativa: declara a atribuição de alguma coisa a um sujeito por meio da ligação é.<br />
Ex: “Um homem é justo”; Um homem não é justo”.<br />
As proposições se classificam segundo a qualidade e a quantidade. Do ponto de vista da<br />
qualidade, as proposições se dividem em:<br />
- afirmativas: as que atribuem alguma coisa a um sujeito: S é P.<br />
- negativas: as que separam o sujeito de alguma coisa: S não é P.<br />
Do ponto de vista da quantidade, as proposições se dividem em:<br />
- universais: quando o predicado se refere à extensão total do sujeito, afirmativamente<br />
(todos os S são P) ou negativamente (nenhum S é P);<br />
- particulares: quando o predicado é atribuído a uma parte da extensão do sujeito,<br />
afirmativamente (alguns S são P) ou negativamente (alguns S não são P);<br />
- singulares: quando o predicado é atribuído a um único indivíduo, afirmativamente<br />
(este S é P) ou negativamente (este S não é P).<br />
As proposições também se distinguem pela modalidade, sendo classificadas como:<br />
- necessárias: quando o predicado está incluído na essência do sujeito, fazendo parte<br />
dessa essência. Ex: “Todo triângulo é uma figura de três lados”.<br />
- não-necessárias ou impossíveis: quando o predicado não pode, de modo algum, ser<br />
atribuído ao sujeito. Ex: “Nenhum triângulo é figura de quatro lados”.<br />
- possíveis: quando o predicado pode ser ou deixar de ser atribuído ao sujeito. Ex:<br />
“Alguns homens são justos”.<br />
Como todo pensamento e todo juízo, a proposição está submetida aos três princípios<br />
lógicos fundamentais , condições de toda a verdade:<br />
1. Princípio da identidade: um ser é sempre idêntico a si mesmo: A é A;<br />
“O que é, é; o que não é, não é”.<br />
2. Princípio da não-contradição: é impossível que um ser seja e não seja idêntico a si<br />
mesmo ao mesmo tempo e na mesma relação. É impossível A é A e não-A;<br />
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