156 set/out 2011 - Odebrecht Informa
156 set/out 2011 - Odebrecht Informa
156 set/out 2011 - Odebrecht Informa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
foto: Livia Aquino<br />
Sou angoleiro<br />
“Aos 8 anos eu comecei a jogar<br />
capoeira, joguei quase todos<br />
os dias, dos 8 aos 18 anos,<br />
e com os melhores mestres. Tinha<br />
aulas com Mestre Pastinha<br />
às quintas e aos domingos. Com<br />
73 anos, ele passava os ensinamentos<br />
da mandinga, da malícia<br />
de rua. Era a Capoeira de<br />
Angola, como é conhecida. Na<br />
roda de capoeira, eu dizia “sou<br />
angoleiro”. Por isso, ir para Angola<br />
era uma coisa lúdica dentro<br />
de mim. E aí aconteceu: em<br />
2003, fui trabalhar em Angola.<br />
Mas chegando lá, logo ‘quebrei<br />
a cara’. Eles gostam do brasileiro,<br />
nos admiram, mas meu<br />
sonho lúdico não existia. Angola<br />
tinha pressa, havia saído de<br />
uma guerra de 30 anos e queria<br />
se reconstruir. Precisava realizar<br />
obras, qualificar pessoas e<br />
construir a rede social de assistência.<br />
Fizemos um trabalho<br />
maravilhoso no campo da saúde,<br />
da educação, da cultura e,<br />
obviamente, da engenharia e<br />
construção. E continuamos a<br />
fazer.”<br />
Pessoas sábias são<br />
simples porque<br />
aprenderam com<br />
a vida<br />
“Há três pessoas importantes<br />
e de presença forte na minha<br />
educação e na minha formação<br />
profissional. Em casa, meu pai,<br />
Tomé C<strong>out</strong>o, pernambucano,<br />
que me passou todos os seus<br />
valores. Depois teve o Mestre<br />
Pastinha, um pintor de paredes<br />
que conseguiu tirar a capoeira<br />
da marginalidade e levá-la para<br />
onde ela está hoje: no mundo inteiro.<br />
E, por último, Dr. Norberto<br />
<strong>Odebrecht</strong>, com quem aprendi<br />
muito por meio dos ensinamentos<br />
transmitidos por aqueles<br />
que foram seus liderados; seus<br />
ensinamentos me transformaram<br />
e me ajudaram a crescer.<br />
Hoje eu trabalho nas comunidades<br />
e também ajudo a mudar<br />
a vida das pessoas, seja com a<br />
educação ou com as obras que<br />
nós deixamos. Isso é o que faz a<br />
diferença, o legado que a gente<br />
deixa. É muito gratificante fazer<br />
parte de uma Organização que<br />
transforma vidas, uma Organização<br />
que nos honra e deixa histórias<br />
para a gente contar para<br />
os netos amanhã.”<br />
80<br />
informa