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Sobre Discurso e Tradução<br />
so de desarticulação dos paradigmas e hierarquizações<br />
que definem os modelos tradicionais de série literária e<br />
que vão se consolidar no assumido ‘ecletismo’ que marca<br />
a produção poética da década de 1990. (...) o conjunto<br />
de poetas aqui reunidos revela, do ponto de vista do trabalho<br />
com a linguagem poética, diferentes maneiras de<br />
ler e de se apropriar da experiência modernista”.<br />
(Buarque de Hollanda, 2003: 280 e 281)<br />
Assim, a cartografia da seção brasileira na antologia<br />
se compõe de seis territórios configurados por obras dos<br />
autores correspondentes a cada um deles. O último recorte<br />
(de poetas mulheres) inclui dois espaços diferenciados.<br />
Os excertos seguintes mostram exemplos de ressonâncias<br />
discursivas mediante as quais se constrói a representação de<br />
cada conjunto:<br />
••<br />
Haroldo de Campos; Affonso Ávila e José Paulo Paes<br />
“A poesia concreta (...) a preocupação (...) volta-se (...)<br />
para a organização acústica do poema e para a exploração de<br />
sua sintaxe visual” (op. cit.: 281).<br />
••<br />
Mário Faustino e Ferreira Gullar<br />
“A poesia pós 45. “Mario Faustino (...) elo entre a<br />
tradição modernista e o desejo de transformá-la e revitalizá<br />
-la. (...) neo-orfismo... “A luta corporal e (...) O poema sujo<br />
marcaram toda uma geração de novos poetas. [A obra de<br />
Gullar compatibiliza] com maestria o compromisso social e<br />
político com o trabalho formal de linguagem” (op. cit: 282).