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As palavras da diva ecoaram com autoridade e Mikki sentiu seu poder<br />

deslizando pela pele como serpentes famintas. Então a voz de Hécate baixou,<br />

perigosa, e ela teve que se esforçar para não se encolher de medo.<br />

— Eu conheci sua mãe, Mikado. E a mãe de sua mãe. E a mãe desta última...<br />

Por várias gerações tenho observado as mulheres de sua família. Continuei a<br />

observá-las e permaneci fiel a elas, mesmo depois que todas se esqueceram de<br />

mim.<br />

— Minha mãe? Minha avó? — indagou Mikki, surpresa. — Mas como? Não<br />

estou entendendo nada disso.<br />

Quase imperceptivelmente, a expressão da deusa abrandou.<br />

— Nunca se perguntou sobre a origem dos dons que recebeu, Mikado?<br />

— Dons?<br />

— Sim! A tinta... — falou a deusa, áspera, e os cães a seus pés rosnaram,<br />

inquietos. — Não fique aí parada como se fosse um homem e só conseguisse<br />

pensar com a cabeça de baixo! Reconheça suas dádivas, Empousa!<br />

Mikki reagiu ao comando da deusa com uma voz meio trêmula.<br />

— Meu sangue faz as rosas crescerem. Eu o misturo com água durante a lua<br />

nova e... — Fez uma pausa, os olhos se arregalando ao perceber o que estava<br />

implícito no título “Deusa da Lua Negra”. — Durante a lua nova eu rego as rosas<br />

com ele.

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