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pensar duas vezes, Mikki colocou a unha do polegar direito contra a linha fina.<br />

Segurando o fôlego, fechou os olhos e apertou a ferida, forçando-a a se abrir de<br />

novo. Puxou o ar com a súbita dor, mas, ao abrir os olhos, ficou aliviada ao ver<br />

sangue fresco escorrendo da palma. Com uma careta, mergulhou a mão na água<br />

da caixa. Quando chegasse em casa, precisaria fazer uma desinfecção completa,<br />

pensou, tentando ignorar a dor lancinante.<br />

Começou a arrastar o cooler cheio d’água por todo o caminho pedregoso, de<br />

volta para o canteiro das rosas danificadas. Uma vez dentro da área de<br />

construção, endireitou o corpo, sem saber ao certo que atitude tomar.<br />

— Vocês são tantos! — disse aos arbustos. Era óbvio que não poderia regar<br />

todos com aquela quantidade de água. Seus lábios se contorceram em um sorriso<br />

sarcástico. Teria que puncionar uma veia para isso, o que não era uma ideia<br />

muito boa.<br />

Assumindo uma postura decidida, Mikki colocou as mãos nos quadris e se<br />

dirigiu às rosas.<br />

— Que tal eu regar vocês com apenas algumas gotas desta água?<br />

Os arbustos não responderam, e Mikki considerou aquilo como um “sim”.<br />

Curvando-se, usou ambas as mãos para espalhar a água tingida por sangue<br />

sobre as rosas que a cercavam. Encaixar os pulsos e arremessar o líquido logo se<br />

tornou uma diversão, enquanto a brisa fresca da noite se misturava à escuridão e

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