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cheio, além de uma jarra inteira de vinho. Se havia uma boa ocasião para beber<br />

vinho, muito vinho, era aquela.<br />

Mikki olhou ao redor, tentando ver algum movimento nas sombras mais ao<br />

fundo da varanda, mas o lugar continuava deserto.<br />

Ao levar a taça aos lábios, ela parou, as sobrancelhas unidas. Flutuando no<br />

meio do pequeno mar escarlate da bebida havia um botão de rosa, tão vermelho<br />

que parecia quase preto.<br />

Que diabo fazia uma flor dentro do copo?<br />

Sem ter certeza de como deveria tirar a rosa do vinho, Mikki olhou para a<br />

mesa, depois de novo para a taça de cristal. Deveria puxá-la com os dedos ou<br />

usar um garfo?<br />

Talvez uma colher de sobremesa fosse mais adequada?<br />

— E nem posso pedir outra taça — murmurou, pensando que encontrar um<br />

botão de rosa no vinho era o final perfeito para um dia no mínimo bizarro. O que<br />

poderia dizer? “Ei, garçom, ou melhor, serva, há uma rosa na minha sopa, digo,<br />

no meu vinho!”? Balançou a cabeça e riu alto. — Inacreditável!<br />

— Os povos antigos acreditavam que uma taça de vinho não podia ser<br />

desfrutada, a menos que houvesse um botão de rosa dentro dela... — Uma voz<br />

profunda e poderosa retumbou da área da varanda envolta em sombras, fazendo<br />

com que os cabelos em sua nuca se eriçassem. — ... Um hábito ao qual eu aderi.

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