Caderno Pedagógico - Tela Brasil

“Uma história pode ser uma história mínima. O
escritor Italo Calvino tem um livro chamado
‘Marcovaldo’. O personagem é um cara que sai todo
dia e repara nas plantinhas que crescem no meio-fio
por onde ele anda. A sua história pode ser isto:
acompanhar um personagem no ato cotidiano dele,
sem ter nada de extraordinário naquilo, sem ter
nada de mirabolante. Mas ser uma história contada
através de um belo olhar.” (Kiko Goifman)
Era uma vez um matemático grego chamado Arquimedes. Sempre
curioso e em busca de respostas para questões cotidianas, ele queria
muito entender por que os corpos flutuavam na água. Um belo dia,
deitado em sua banheira, tudo pareceu fazer sentido. O grego teve
uma grande ideia e, finalmente, entendeu por que alguns corpos
flutuam e outros afundam. Ficou tão entusiasmado que rapidamente
saiu da banheira e, ainda sem roupa, começou a gritar pela rua:
“Eureka! Eureka!”, que quer dizer “Encontrei! Encontrei!”. Arquimedes
ficou tão emocionado com sua descoberta que não se importou em
sair às ruas ainda nu. A vontade de contar o que tinha acabado de
descobrir foi maior do que a necessidade e o tempo de se vestir. Fato
que eternizou seu feito científico e histórico.
As pessoas sempre querem encontrar alguma coisa. Mais do que isso:
elas sempre querem contar para os outros as suas descobertas, já que
a comunicação é uma necessidade de todos. No nosso caso, estamos
atrás de histórias. Quando encontramos uma história muito boa, dá
vontade de sair por aí gritando como fez o matemático Arquimedes.
Mas isso não acontece da noite para o dia.
Em primeiro lugar, é preciso ter ideias, compreender o que se quer
dizer e saber por que se está dizendo. Mas isso não basta. É importante
anotar essas ideias e inspirações. Carregue sempre com você
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