Caderno Pedagógico - Tela Brasil

Você já sabe que, durante a gravação, é importante uma boa captação
de áudio para que, agora, na hora da edição de som, tudo fique
mais fácil. Se houve algum problema na captação, existem soluções:
dublar o diálogo dos atores, criar ruídos (sonoplastia) ou usar ruídos
pré-gravados. Nesse caso, se você tiver acesso, existem bibliotecas
de áudio, CDs cheios de sons e ruídos pré-gravados. Pense, por
exemplo, no barulho de uma porta batendo: você até gravou o som da
porta batendo, mas ele não é do jeito que você gostaria. Se você tiver
uma biblioteca de áudio, possivelmente vai encontrar pelo menos uns
20 sons diferentes de “porta batendo”. É só escolher um e colocar no
filme.
O editor de som cria todos os ruídos necessários para cada uma
das cenas. Em primeiro lugar, ele pensa numa espécie de “plano de
fundo”, que vai dar unidade sonora para determinada cena. O termo
técnico para isso é ambiência.
Em uma cena que se passa numa fábrica, por exemplo, a ambiência
será feita do barulho das máquinas e dos motores. Durante toda a
cena, lá no fundo, mais baixo do que os outros sons, ouvimos essas
máquinas e esses motores. Mas o interessante é lembrar que,
durante a filmagem, como normalmente acontece, todas as máquinas
estavam desligadas! De outra forma, seria muito difícil gravar o
diálogo de forma audível.
O trabalho do editor de som é dar um tratamento especial para o som
dos diálogos, eliminando ruídos indesejados e nivelando os volumes
e intensidades sonoras. Ele vai acrescentando a ambiência (no caso
da fábrica, máquinas e motores), reforçando algumas sonoridades e
acrescentando ruídos e efeitos que juntos criam a atmosfera do filme.
foto: Juliana Coutinho
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