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recursos humanos e departamento de pessoal - Unesc

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0<br />

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC<br />

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS<br />

SUELEN JUVÊNCIO DAMAZIO<br />

RECURSOS HUMANOS E DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA<br />

ABORDAGEM GERAL DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES QUE<br />

DIFERENCIAM ESSES SETORES<br />

CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010


1<br />

SUELEN JUVÊNCIO DAMAZIO<br />

RECURSOS HUMANOS E DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA<br />

ABORDAGEM GERAL DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES QUE<br />

DIFERENCIAM ESSES SETORES<br />

Trabalho <strong>de</strong> Fim e <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

apresentado para obtenção do grau <strong>de</strong><br />

Bacharel no curso <strong>de</strong> Ciências Contábeis da<br />

Universida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense,<br />

UNESC.<br />

Orientador: Profº. Msc. Adilson Pagani Ramos<br />

CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010


2<br />

SUELEN JUVÊNCIO DAMAZIO<br />

RECURSOS HUMANOS E DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA<br />

ABORDAGEM GERAL DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES QUE<br />

DIFERENCIAM ESSES SETORES<br />

Trabalho <strong>de</strong> Fim e <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso<br />

aprovado pela Banca Examinadora para<br />

obtenção do grau <strong>de</strong> Bacharel no curso <strong>de</strong><br />

Ciências Contábeis da Universida<strong>de</strong> do<br />

Extremo Sul Catarinense, UNESC, com linha<br />

<strong>de</strong> pesquisa em Formação e Exercício<br />

Profissional<br />

Criciúma, 09 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010.<br />

BANCA EXAMINADORA<br />

___________________________________<br />

Adilson Pagani Ramos, Orientador<br />

___________________________________<br />

Leonel Luiz Pereira, Examinador<br />

___________________________________<br />

Fabrício Miguel, Examinador


3<br />

Dedico este trabalho aos meus pais, que sempre<br />

estiveram ao meu lado e com certeza responsáveis<br />

por mais esta vitória em minha vida.<br />

Aos <strong>de</strong>mais familiares e amigos que sempre me<br />

incentivaram e hoje estão presentes nesse momento<br />

tão especial.


4<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>ço a Deus em primeiro lugar, por ter me dado proteção, força,<br />

paciência e muita força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>.<br />

A minha família, minha mãe Marissol e meu padrasto Odilon que sempre<br />

estiveram ao meu lado e nunca me <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong>sistir. Ao meu pai Elcio e sua esposa<br />

Janete, sempre me incentivando, dando força e algumas vezes até auxiliando nos<br />

trabalhos durante esta jornada e estando sempre ao meu lado. A minha irmã Camila<br />

e aos <strong>de</strong>mais familiares, tios, tias, primas que enten<strong>de</strong>ram a minha ausência em<br />

alguns momentos, e sempre acreditaram em mim.<br />

Ao professor Adilson Pagani Ramos, que acreditou no meu trabalho e<br />

colocou seus conhecimentos a disposição, guiando e orientando-me.<br />

Aos <strong>de</strong>mais professores que estiveram presente ao longo da faculda<strong>de</strong> e<br />

que <strong>de</strong> certa forma contribuíram para este trabalho.<br />

Aos amigos que conquistamos ao longo <strong>de</strong>sta caminhada acadêmica, em<br />

especial a Paula que teve muita paciência comigo dura nte esta jornada e esteve<br />

sempre ao meu lado, e aos <strong>de</strong>mais colegas que dividiram conhecimentos, dúvidas,<br />

dificulda<strong>de</strong>s e com certeza muitas alegrias.


5<br />

RESUMO<br />

DAMAZIO, Suelen Juvêncio. Recursos Humanos e Departamento <strong>de</strong> Pessoal:<br />

Uma abordagem geral das principais ativida<strong>de</strong>s que diferenciam esses setores.<br />

2010. 64 p. Orientador: Adilson Pagani Ramos. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão do Curso <strong>de</strong><br />

Ciências Contábeis. Universida<strong>de</strong> do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Criciúma –<br />

SC.<br />

Os setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> executam inúmeras<br />

ativida<strong>de</strong>s, sendo que algumas são fundamentais para as empresas. Tendo como<br />

tema principal <strong>de</strong>ste trabalho, <strong>de</strong>monstrar as principais ativida<strong>de</strong>s que diferenciam<br />

os setores <strong>de</strong> Recursos Humanos e Departamento <strong>de</strong> Pessoal e se essas ativida<strong>de</strong>s<br />

são realizadas <strong>de</strong> forma correta em uma agroindústria da região sul catarinense.<br />

Para concretizar este trabalho se conceituou as principais ativida<strong>de</strong>s realizadas<br />

pelos setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, sendo que, após o<br />

mesmo, foi i<strong>de</strong>ntificado na empresa às principais ativida<strong>de</strong>s realizadas por esses<br />

setores e por fim, comparado essas ativida<strong>de</strong>s com os conceitos estudados,<br />

verificando se a mesma está <strong>de</strong> acordo com a legislação. Para o presente trabalho,<br />

foi realizado um estudo <strong>de</strong> caso por meio <strong>de</strong> entrevista com os responsáveis dos<br />

setores pesquisados na empresa. Com base na entrevista, confirmou-se que a<br />

empresa procura sempre executar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma correta e conforme a<br />

legislação. Tem um plano <strong>de</strong> cargos e salários aguardando implantação. Verificouse,<br />

também, que é possível realizar melhorias no que se refere à questão da entrega<br />

<strong>de</strong> documentos evitando, assim, possíveis passivos trabalhistas.<br />

Palavras-chave: ativida<strong>de</strong>s, <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>.


6<br />

LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />

Quadro 1: Quadro <strong>de</strong> Incidência da Rescisão ............................................................... 36<br />

Figura 1: Organograma ...................................................................................................... 47<br />

Quadro 2: Quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Rescisões............................................................................. 54


7<br />

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

RH = Recursos Humanos<br />

DP = Departamento <strong>de</strong> Pessoal<br />

CLT = Consolidação das Leis do Trabalho<br />

CTPS = Carteira <strong>de</strong> Trabalho e Previdência Social<br />

ASO = Atestado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ocupacional<br />

CPF = Cadastro <strong>de</strong> Pessoa Física<br />

RG = Registro Geral<br />

PIS = Programa <strong>de</strong> Integração Social<br />

CLP = Consolidação da Legislação Previ<strong>de</strong>nciária<br />

ROCSS = Regulamento da Organização e Custeio da Segurida<strong>de</strong> Social<br />

DSR = Descanso Semanal Remunerado<br />

CIPA = Comissão Interna <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes<br />

FGTS – Fundo <strong>de</strong> Garantia por Tempo <strong>de</strong> Serviço<br />

CD = Comunicação <strong>de</strong> Dispensa<br />

MP = Movimentação <strong>de</strong> Pessoal<br />

EPI = Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual<br />

PPP = Perfil Profissiográfico Profissional<br />

AR = Aviso <strong>de</strong> Recebimento


8<br />

SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 10<br />

1.1 Tema e problema ........................................................................................................ 10<br />

1.2 Objetivos <strong>de</strong> pesquisa .............................................................................................. 12<br />

1.3 Justificativa.................................................................................................................. 12<br />

1.4 Metodologia ................................................................................................................. 13<br />

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 15<br />

2.1 Empregado e empregador ....................................................................................... 15<br />

2.2 Recursos <strong>humanos</strong>.................................................................................................... 16<br />

2.2.1 Recrutamento e seleção ....................................................................................... 17<br />

2.2.2 Treinamento ............................................................................................................. 19<br />

2.2.3 Cargos e salários .................................................................................................... 20<br />

2.2.4 Motivação .................................................................................................................. 22<br />

2.3 Departamento <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> ........................................................................................ 23<br />

2.3.1 Admissão .................................................................................................................. 24<br />

2.3.2 Contratos <strong>de</strong> trabalho ............................................................................................ 25<br />

2.3.2.1 Contrato por tempo in<strong>de</strong>terminado ................................................................ 25<br />

2.3.2.2 Contrato por tempo <strong>de</strong>terminado.................................................................... 26<br />

2.3.2.3 Contrato <strong>de</strong> experiência .................................................................................... 26<br />

2.3.3 Salário e remuneração .......................................................................................... 27<br />

2.3.4 Folha <strong>de</strong> pagamento .............................................................................................. 28<br />

2.3.4.1 Proventos .............................................................................................................. 29<br />

2.3.4.2 Descontos.............................................................................................................. 30<br />

2.3.5 Férias.......................................................................................................................... 30<br />

2.3.5.1 Abono pecuniário ................................................................................................ 32<br />

2.3.5.2 Perda do direito das férias ................................................................................ 32<br />

2.3.6 Rescisão .................................................................................................................... 33<br />

2.3.6.1 Tipos <strong>de</strong> rescisão <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho................................................... 34<br />

2.3.6.2 Justa causa ........................................................................................................... 37<br />

2.3.6.2.1 Motivos da Justa Causa ................................................................................. 38<br />

2.3.7.3 Aviso Prévio .......................................................................................................... 40


9<br />

2.3.6.4 Documentos a Serem Apresentados ............................................................. 41<br />

3 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................ 42<br />

3.1 Agroindústria Pesquisada S/A ............................................................................... 42<br />

3.2 I<strong>de</strong>ntificar as principais ativida<strong>de</strong>s realizadas pelos setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong><br />

<strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> em uma agroindústria .............................. 43<br />

3.3 Comparar as principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>pessoal</strong> com os conceitos pesquisados .................................................................... 44<br />

3.3.1 Recrutamento e Seleção ....................................................................................... 44<br />

3.3.2 Cargos e Salários.................................................................................................... 46<br />

3.3.3 Treinamento ............................................................................................................. 48<br />

3.3.4 Motivação .................................................................................................................. 48<br />

3.3.5 Admissão .................................................................................................................. 50<br />

3.3.6 Folha <strong>de</strong> Pagamento .............................................................................................. 51<br />

3.3.7 Férias.......................................................................................................................... 52<br />

3.3.8 Rescisão .................................................................................................................... 53<br />

3.4 Sugestões <strong>de</strong> Melhorias ........................................................................................... 56<br />

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 58<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 60


10<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

O presente trabalho tem como tema: “As principais ativida<strong>de</strong>s que<br />

diferenciam os setores <strong>de</strong> Recursos Humanos e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> e se<br />

essas ativida<strong>de</strong>s são realizadas <strong>de</strong> forma correta em uma agroindústria da região sul<br />

catarinense”, no qual será <strong>de</strong>monstrada a importância do assunto em questão.<br />

Neste primeiro capítulo, apresentam-se por meio <strong>de</strong>ste estudo os<br />

aspectos introdutórios da abordagem do trabalho, especificando o tema e problema,<br />

objetivo geral e específico pretendido, também os procedimentos metodológicos<br />

utilizados nesta pesquisa.<br />

No segundo capítulo, <strong>de</strong>monstra-se um aprofundamento bibliográfico,<br />

reunindo opiniões <strong>de</strong> inúmeros autores. Serão expostos os aspectos que envolvem<br />

os setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> <strong>de</strong> uma agroindústria,<br />

bem como os conceitos das práticas realizadas assim como os procedimentos para<br />

<strong>de</strong>senvolvê-las.<br />

Já no terceiro tópico, será feito o estudo <strong>de</strong> caso, caracterizando a<br />

agroindústria pesquisada, i<strong>de</strong>ntificando as principais ativida<strong>de</strong>s realizadas pelos<br />

setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> da empresa e após<br />

comparando essas ativida<strong>de</strong>s com os conceitos pesquisados no capítulo dois <strong>de</strong>ste<br />

trabalho.<br />

Contudo, a intensida<strong>de</strong> da legislação e do assunto em questão, dá<br />

margem para um estudo mais aprofundado, não encerrando o tema neste momento.<br />

1.1 Tema e Problema<br />

Vive-se num país que se <strong>de</strong>senvolve cada vez mais rápido e com isso o<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho está cada vez mais competitivo. O papel das pessoas nas<br />

empresas é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> significado, são fundamentais para que a organização possa<br />

atingir seus resultados.


11<br />

Diante do cenário <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, as organizações buscam por ótimos<br />

<strong>recursos</strong> como máquinas, equipamentos, dinheiro, relatórios, normas, e outras. Mas<br />

não adianta a empresa dispor <strong>de</strong>ssas ferramentas se ela não possuir pessoas<br />

capacitadas e motivadas nos <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>.<br />

A empresa <strong>de</strong>ve ter o setor <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> (RH) e o <strong><strong>de</strong>partamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> sempre atualizado, pois a rotina na área <strong>pessoal</strong> está cada vez mais<br />

complexa, exigindo mais especializações e conhecimento das legislações<br />

trabalhistas.<br />

O <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> RH da empresa tem como papel principal a gestão<br />

<strong>de</strong> pessoas e equipes, sendo a satisfação dos colaboradores uma vantagem<br />

competitiva. Po<strong>de</strong> o RH também contribuir para o alcance dos resultados da<br />

empresa, pois este profissional <strong>de</strong>ve ter um entendimento do negócio, do<br />

comportamento das pessoas e estratégias que possam ser executadas. Neste<br />

sentido, o RH tem como função recrutar, avaliar, treinar os colaboradores, organizar<br />

cargos e salários, benefícios, gestão <strong>de</strong> carreira, entre outros.<br />

Como forma <strong>de</strong> proteção ao trabalhador, foi criada uma legislação<br />

específica que a empresa <strong>de</strong>ve cumprir. O <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> atua orientando<br />

os <strong>de</strong>mais setores, prevenindo reclamações trabalhistas. Desta forma, o<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> tem uma rotina <strong>de</strong> trabalho que requer muita atenção, pois<br />

trata do dia-a-dia do colaborador na empresa.<br />

Com as várias fontes <strong>de</strong> legislação trabalhistas, uma das ferramentas que<br />

esse <strong><strong>de</strong>partamento</strong> mais utiliza é a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a<br />

Convenção Coletiva <strong>de</strong> Trabalho da sua categoria, pois nela estão os direitos dos<br />

colaboradores na empresa.<br />

Diante <strong>de</strong>ste cenário, o RH e o <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> <strong>de</strong>vem estar<br />

sempre unidos, para que o <strong>de</strong>senvolvimento dos colaboradores seja <strong>de</strong> bem-estar e<br />

motivação, pois na maioria das vezes é na empresa que passamos maior tempo do<br />

nosso dia.<br />

Vale ressaltar, que a empresa objetiva metas a serem alcançados e para<br />

chegar ao resultado positivo tem-se a preocupação com satisfação do colaborador<br />

com a empresa sendo ela financeira ou psicológica.


12<br />

Diante do exposto, segue o problema da pesquisa: Quais as principais<br />

ativida<strong>de</strong>s do Recursos Humanos e Departamento <strong>de</strong> Pessoal e até que ponto essas<br />

ativida<strong>de</strong>s são realizadas <strong>de</strong> acordo com a legislação em uma agroindústria da<br />

região sul catarinense<br />

1.2 Objetivos da Pesquisa<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é i<strong>de</strong>ntificar as principais ativida<strong>de</strong>s do Recursos<br />

Humanos e Departamento <strong>de</strong> Pessoal e até que ponto essas ativida<strong>de</strong>s são<br />

realizadas <strong>de</strong> acordo com a legislação em uma agroindústria da região sul<br />

catarinense.<br />

Para atingir o objetivo geral, têm-se os seguintes objetivos específicos:<br />

- Descrever os principais conceitos relacionados com o setor <strong>de</strong> <strong>recursos</strong><br />

<strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>;<br />

- I<strong>de</strong>ntificar as principais ativida<strong>de</strong>s realizadas por esses setores em uma<br />

agroindústria;<br />

- Por meio do estudo <strong>de</strong> caso, comparar com os conceitos estudados se<br />

essas ativida<strong>de</strong>s realizadas entre os setores pesquisados estão sendo executadas<br />

<strong>de</strong> forma correta.<br />

1.3 Justificativa<br />

Com a gran<strong>de</strong> preocupação dos empresários para alcançarem resultados<br />

positivos nas empresas, os mesmos procuram estruturas mais complexas em que<br />

um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> funcionários é responsável pelas ativida<strong>de</strong>s operacionais. No<br />

passado, as organizações preocupavam-se quase que exclusivamente com os<br />

resultados, sem dar a <strong>de</strong>vida importância aos <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> que dispunham.<br />

Neste sentido, a presente pesquisa fará um estudo para ampliar o<br />

conhecimento sobre <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, pois é um


13<br />

assunto <strong>de</strong> interesse na administração <strong>pessoal</strong> das empresas, a legislação<br />

trabalhista e o bem-estar do colaborador.<br />

De acordo com Gil (2001, p.24) “gestão <strong>de</strong> pessoas abrange amplo leque<br />

<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, como <strong>de</strong> recrutamento <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cargos, treinamento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, etc.”<br />

<strong>pessoal</strong>:<br />

Conforme Silva (2009, p.1) a responsabilida<strong>de</strong> do <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong><br />

a parte burocrática (relativo à legislação Trabalhista e Previ<strong>de</strong>nciária). É o<br />

setor que elabora a folha <strong>de</strong> pagamento, faz registro das carteiras dos<br />

funcionários, calcula as guias do INSS e FGTS para pagamento, cuida da<br />

parte <strong>de</strong>missional, etc.<br />

Dessa forma, a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho é i<strong>de</strong>ntificar as principais<br />

ativida<strong>de</strong>s do Recursos Humanos e Departamento <strong>de</strong> Pessoal e até que ponto essas<br />

ativida<strong>de</strong>s são realizadas <strong>de</strong> acordo com a legislação em uma agroindústria da<br />

região sul catarinense.<br />

Tem o intuito <strong>de</strong> analisar os principais conceitos <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, comparando com as ativida<strong>de</strong>s realizadas pelas<br />

agroindústrias pesquisadas. É <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância social, pois <strong>de</strong>sta forma é<br />

<strong>de</strong>monstrada como esses setores interferem na vida do empregado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

entrada do colaborador na empresa, sua rotina <strong>de</strong> trabalho até a sua saída.<br />

1.4 Metodologia<br />

Neste capítulo serão <strong>de</strong>monstradas as formas que serão utilizadas para a<br />

obtenção dos objetivos que foram propostos pelo seguinte estudo, foram analisados<br />

os tipos <strong>de</strong> pesquisa e métodos que serão utilizadas.<br />

Este estudo se caracteriza pelo tipo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>scritiva e bibliográfica,<br />

com aplicação do questionário e/ou entrevista com os responsáveis dos setores<br />

pesquisados da agroindústria estudada.<br />

Conforme Lakatos e Marconi (2003, p.160): “A pesquisa bibliográfica é um<br />

apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos <strong>de</strong>


14<br />

importância, por serem capazes <strong>de</strong> fornecer dados atuais e relevantes relacionados<br />

com o tema.”<br />

De acordo com Ruiz (1996, p.58):<br />

bibliográfica é o conjunto dos livros escritos sobre <strong>de</strong>terminado assunto, por<br />

autores conhecidos e i<strong>de</strong>ntificados ou anônimos, pertencentes a correntes<br />

<strong>de</strong> pensamento diversas entre si, ao longo da evolução da humanida<strong>de</strong>. E a<br />

pesquisa bibliográfica consiste no exame <strong>de</strong>sse manancial, para<br />

levantamento e análise do que já se produziu sobre <strong>de</strong>terminado assunto<br />

que assumimos como tema <strong>de</strong> pesquisa cientifica.<br />

Será <strong>de</strong> cunho <strong>de</strong>scritivo, pois conforme Gil (1996, p. 46), “[...] tem como<br />

objetivo primordial a <strong>de</strong>scrição das características <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada população ou<br />

fenômeno ou, então, o estabelecimento <strong>de</strong> relações entre variáveis.”<br />

Ruiz (1996) <strong>de</strong>staca que a pesquisa <strong>de</strong>scritiva é consi<strong>de</strong>rada um estudo<br />

que permitirá ao pesquisador um entendimento dos diversos comportamentos e <strong>de</strong><br />

seus fatores. Com este tipo <strong>de</strong> estudo o procedimento para a coleta po<strong>de</strong> ser feito<br />

com entrevistas ou com questionários.<br />

A abordagem <strong>de</strong>sta pesquisa será quantitativa e qualitativa. Ruiz (1996)<br />

classifica que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> abordagem quantitativa é aquela que são coletados os<br />

dados e as opiniões a respeito <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado assunto. Assim os mesmos serão<br />

quantificados com a aplicação <strong>de</strong> técnicas estatísticas, como a percentagem, média,<br />

<strong>de</strong>svio padrão, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar os resultados mais exatos, evitando a distorção<br />

na análise dos dados.<br />

Segundo Moreira, Pasquale e Dubner (1996, p.76), caracterizam-se por:<br />

[...] pesquisas que utilizam questionários pré-elaborados que admitem<br />

respostas alternativas e cujos resultados são apresentados <strong>de</strong> modo<br />

numérico, permitindo uma avaliação quantitativa dos dados.<br />

De acordo com Boente Braga (2004) abordagem qualitativa é basear-se<br />

por meio <strong>de</strong> categorias a serem medidas, no qual o que serão medidos são os<br />

questionários e entrevistas. É normal este tipo <strong>de</strong> abordagem nas relações sociais e<br />

humanas.<br />

Será enviado um questionário e/ou entrevista para os responsáveis dos<br />

setores <strong>de</strong> <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> e <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> da agroindústria<br />

pesquisada, a fim <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a forma <strong>de</strong> como é separado a função <strong>de</strong>sses<br />

setores e <strong>de</strong>monstrando o seu dia-a-dia. No questionário serão feitas perguntas<br />

abertas, para que os responsáveis tenham a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressarem em<br />

suas respostas.


15<br />

2. REFERENCIAL TEÓRICO<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste capítulo é fundamentar teoricamente o estudo, no qual<br />

se apresentam temas que visam a embasar a pesquisa, referentes a <strong>recursos</strong><br />

<strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>.<br />

2.1 Empregado e Empregador<br />

“Empregado é toda pessoa física que presta serviços habitualmente ao<br />

empregador, sob <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>ste e mediante salário.” (GONÇALVES, 2005,<br />

p.69).<br />

Segundo art. 3° da CLT:<br />

a) o empregado é sempre pessoa física;<br />

b) há habitualida<strong>de</strong> na prestação <strong>de</strong> serviço;<br />

c) existe subordinação (cumprimento <strong>de</strong> or<strong>de</strong>ns);<br />

d) há obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> salários.<br />

Para Gonçalves (2005), a prestação <strong>de</strong> serviços com estas<br />

características, fatalmente, resultará em vínculo empregatício.<br />

“Empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da ativida<strong>de</strong><br />

econômica, admite, assalaria e dirige a prestação <strong>de</strong> serviços, é empregador.”<br />

(GONÇALVES, 2005, p.71).<br />

Segundo art. 2° inciso 2° da CLT:<br />

quando uma ou mais empresa, tendo, embora, cada uma <strong>de</strong>las<br />

personalida<strong>de</strong> jurídica própria, estiverem sob a direção, controle o u<br />

administração <strong>de</strong> outra, constituindo grupo industrial, comercial ou <strong>de</strong><br />

qualquer outra ativida<strong>de</strong> econômica, serão, para os efeitos da relação <strong>de</strong><br />

emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das<br />

subordinadas.<br />

Visto o conceito citado anteriormente, Gonçalves (2005) ressalta que,<br />

sendo do mesmo grupo econômico, uma empresa po<strong>de</strong> transferir empregados para<br />

outras sem efetivar a rescisão contratual.<br />

Brondi e Bernú<strong>de</strong>z (2007) ressaltam que, equiparam-se ao empregador,<br />

para efeitos exclusivos da relação <strong>de</strong> emprego os profissionais liberais, as


16<br />

instituições <strong>de</strong> beneficência, as associações recreativas e outras instituições sem<br />

fins lucrativos.<br />

2.2 Recursos Humanos<br />

Com as mudanças nas empresas, tem-se visto inúmeras indagações<br />

sobre o papel do profissional <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong>, Gil (2001, p. 66) <strong>de</strong>staca que o<br />

profissional <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> compete o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> inúmeros papéis, tais<br />

como:<br />

Comunicador: comunicar-se <strong>de</strong> maneira eficaz com a administração,<br />

gerências, empregados, lí<strong>de</strong>res sindicais, etc.;<br />

Selecionador: propor critérios e elaborar instrumentos para recrutamento,<br />

seleção e adaptação das pessoas na empresa;<br />

Treinador: elaborar projetos <strong>de</strong> treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pessoas;<br />

Avaliador <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho: <strong>de</strong>finir padrões e construir instrumentos para<br />

avaliação do <strong>de</strong>sempenho das pessoas;<br />

Analista <strong>de</strong> cargos: avaliar os cargos e as funções da empresa, com vista<br />

em i<strong>de</strong>ntificar os requisitos que <strong>de</strong>vem possuir seus ocupantes e <strong>de</strong>finir<br />

seus níveis <strong>de</strong> remuneração;<br />

Motivador: utilizar estratégias a<strong>de</strong>quadas para aumentar os níveis <strong>de</strong><br />

interesse, <strong>de</strong> satisfação e <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> pessoas;<br />

Lí<strong>de</strong>r: conduzir equipes e li<strong>de</strong>rar reuniões <strong>de</strong> trabalho;<br />

Negociador: negociar diretamente e assessorar nas negociações com<br />

funcionários, clientes e organizações sindicais;<br />

Gestor <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>: <strong>de</strong>sempenhar papel atuante na implantação,<br />

implementação e acompanhamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s;<br />

Coach: apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>pessoal</strong> e profissional dos empregados.<br />

Borges e Marques (2008) salientam as principais responsabilida<strong>de</strong>s e<br />

práticas do gestor <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> como recrutamento e seleção, remuneração<br />

e benefícios, treinamento e <strong>de</strong>senvolvimento, comunicações, plano <strong>de</strong> carreira,<br />

condições <strong>de</strong> trabalho e segurança, e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no trabalho.<br />

Aquino (1992), ainda lembra que as funções <strong>de</strong> Recursos Humanos são<br />

fundamentais para o <strong>de</strong>senvolvimento da empresa, bem como para sua<br />

organização. Cabe a Administração <strong>de</strong> Recursos Humanos, escolher as pessoas<br />

certas para os lugares certos da empresa, treinar e <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>senvolver planos <strong>de</strong> carreira, <strong>de</strong>terminar salários e bonificações, <strong>de</strong>senvolver<br />

programas <strong>de</strong> incentivo, fazer negociações para amenizar conflitos, preparar o<br />

<strong>pessoal</strong> para a aposentadoria, entre outros.


17<br />

O administrador <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> <strong>de</strong>ve também agregar suas<br />

ativida<strong>de</strong>s com o planejamento estratégico da organização como um todo. Além das<br />

práticas <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> <strong>de</strong>ve-se preocupar-se com as <strong>de</strong>cisões da empresa e<br />

seu planejamento estratégico. (BORGES; MARQUES, 2008).<br />

2.2.1 Recrutamento e Seleção<br />

O recrutamento e a seleção fazem parte da rotina <strong>de</strong> preenchimento <strong>de</strong><br />

uma vaga em aberto na empresa, po<strong>de</strong>ndo-se utilizar <strong>de</strong> vários instrumentos para<br />

estes processos. Conforme França (2007), recrutamento é a fase inicial para o<br />

preenchimento <strong>de</strong> uma vaga. Segundo a autora, o processo <strong>de</strong> procura <strong>de</strong><br />

empregados faz-se com base nas requisições <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> emitidas pelos<br />

supervisores e no mercado <strong>de</strong> trabalho, on<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um lado, competem os<br />

empregadores, e <strong>de</strong> outro, os próprios profissionais.<br />

Para Chiavenato (2004), a tarefa do recrutamento é a <strong>de</strong> atrair com<br />

seletivida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> várias técnicas <strong>de</strong> comunicação, os candidatos que<br />

possuam os requisitos mínimos do cargo a ser preenchido.<br />

(2007, p. 30):<br />

Carvalho (2000, p. 39) ressalta que recrutamento:<br />

representa uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que envolvem estudos, alternativas e<br />

contatos com o mercado <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, objetivando a divulgação <strong>de</strong><br />

vagas abertas em uma empresa e a conseqüente forma <strong>de</strong> atração,<br />

convocação e <strong>de</strong>senvolvimento do processo <strong>de</strong> triagem <strong>de</strong> candidatos as<br />

mesmas.<br />

O recrutamento po<strong>de</strong> ser feito <strong>de</strong> duas formas básicas, conforme França<br />

1ª – Recrutamento interno: atraindo o <strong>pessoal</strong> já contratado pela empresa,<br />

mas para outras vagas;<br />

2ª – Recrutamento externo: buscando candidatos que não tem vínculo direto<br />

com a empresa no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />

Gil (2001) ainda lembra que existem outros meios <strong>de</strong> recrutamento como:<br />

cartazes, recomendações, <strong>pessoal</strong> dispensado, agências, associações profissionais,<br />

anúncios, headhunters (contratação <strong>de</strong> executivos <strong>de</strong> alto nível) e internet.<br />

Bohlan<strong>de</strong>r, Snell e Sherman (2005), ressaltam que durante o processo <strong>de</strong><br />

recrutamento, tenta-se informar os candidatos sobre as qualificações exigidas para o


18<br />

<strong>de</strong>sempenho do cargo e as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carreira que a empresa po<strong>de</strong> oferecer<br />

aos funcionários.<br />

O recrutamento, conforme França (2007), dá subsídios para o processo<br />

<strong>de</strong> seleção. Se não houver candidatos com potencial para o preenchimento <strong>de</strong> uma<br />

vaga, não há como efetuar a seleção.<br />

Devido à rotativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários nas empresas ou seu crescimento,<br />

as organizações sempre estão à procura do candidato para a vaga em aberto, com<br />

isso “a seleção é a escolha do candidato mais a<strong>de</strong>quado para a organização, <strong>de</strong>ntre<br />

os candidatos recrutados, por meio <strong>de</strong> vários instrumentos <strong>de</strong> análise, avaliação e<br />

comparação <strong>de</strong> dados.” (FRANÇA, 2007, p. 34).<br />

Segundo Chiavenato (2004), a seleção é uma ativida<strong>de</strong> obstativa, <strong>de</strong><br />

escolha, opção e <strong>de</strong>cisão, <strong>de</strong> filtragem da entrada, <strong>de</strong> classificação e, portanto,<br />

restritiva.<br />

Conforme Carvalho (2000, p. 47), a seleção tem por finalida<strong>de</strong>:<br />

a análise, conhecimento e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> candidatos a<strong>de</strong>quados a serem<br />

contratados por uma empresa, tendo em vista a sua respectiva qualificação,<br />

potencial, enquadramento e atendimento aos requisitos básicos<br />

estabelecidos para as posições em aberto correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

Para que possa selecionar a<strong>de</strong>quadamente, conforme GIL (2001, p. 93),<br />

torna-se necessário <strong>de</strong>finir alguns critérios como:<br />

-que conhecimentos a pessoa <strong>de</strong>ve ter<br />

-que experiência é necessária<br />

-que aptidões são necessárias (aptidão mecânica, <strong>de</strong>streza manual,<br />

facilida<strong>de</strong> no uso das palavras, facilida<strong>de</strong> com números, etc.)<br />

-que características são necessárias (disciplina, paciência, iniciativa,<br />

sociabilida<strong>de</strong>, etc.)<br />

-que circunstâncias pessoais <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas (família, local <strong>de</strong><br />

residência, posse <strong>de</strong> automóvel, etc.)<br />

Ao <strong>de</strong>cidir por essas perguntas, <strong>de</strong>ve tomar alguns cuidados, os requisitos<br />

consi<strong>de</strong>rados indispensáveis <strong>de</strong>vem ser mantidos em quantida<strong>de</strong> mínima para não<br />

afastar os candidatos com potencial. (GIL, 2001).<br />

França (2007) lembra das principais técnicas utilizadas no processo <strong>de</strong><br />

seletivo como: entrevistas, provas <strong>de</strong> conhecimentos, testes psicológicos e técnicas<br />

vivenciais.<br />

Após o candidato passar por todas as etapas <strong>de</strong> seleção, é a hora <strong>de</strong> a<br />

empresa tomar a <strong>de</strong>cisão, e para Chiavenato (2004), a <strong>de</strong>cisão final <strong>de</strong> aceitar ou<br />

rejeitar o candidato é sempre <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> do órgão requisitante. Assim, a


19<br />

seleção é responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> linha (<strong>de</strong> cada chefe) e função <strong>de</strong> staff (prestação <strong>de</strong><br />

serviço pelo órgão especializado).<br />

2.2.2 Treinamento<br />

Devido às necessida<strong>de</strong>s das empresas e a gran<strong>de</strong> competição interna por<br />

ascensão na carreira, as organizações tem a consciência <strong>de</strong> que o treinamento é<br />

importante para todos os níveis empresariais.<br />

Segundo Gil (2001), o conceito <strong>de</strong> treinamento se refere, ao conjunto <strong>de</strong><br />

experiências <strong>de</strong> aprendizagem centradas na posição atual da organização. Trata -se,<br />

portanto, <strong>de</strong> um processo educacional <strong>de</strong> curto prazo e que envolve todas as ações<br />

que visam <strong>de</strong>liberadamente ampliar a capacida<strong>de</strong> das pessoas para <strong>de</strong>sempenhar<br />

melhor as ativida<strong>de</strong>s relacionadas ao cargo que ocupam na empresa.<br />

cargo;<br />

De acordo com Marras (2003, p.145):<br />

treinamento é um processo <strong>de</strong> assimilação cultural a curto prazo, que<br />

objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s ou atitu<strong>de</strong>s<br />

relacionadas diretamente à execução <strong>de</strong> tarefas ou à sua otimização no<br />

trabalho.<br />

Para Chiavenato (2004), os principais objetivos do treinamento são:<br />

- Preparar as pessoas para execução imediata das diversas tarefas do<br />

- Proporcionar oportunida<strong>de</strong>s para o contínuo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>pessoal</strong>,<br />

não apenas em seus cargos atuais, mas também para outras funções mais<br />

complexas e elevadas;<br />

- Mudar a atitu<strong>de</strong> das pessoas seja para criar um clima mais satisfatório<br />

entre elas ou para aumentar-lhes a motivação e torná-las mais receptivas às novas<br />

técnicas <strong>de</strong> gestão.<br />

O treinamento não po<strong>de</strong> ser visto pela empresa como uma série <strong>de</strong><br />

cursos e eventos. A expectativa da empresa é que o treinamento possa,<br />

i<strong>de</strong>ntificando com os seus objetivos, contribuir para melhor capacitação dos<br />

empregados, visando um aumento moral, <strong>de</strong> eficiência, <strong>de</strong> eficácia, produtivida<strong>de</strong> e<br />

melhoria do ambiente <strong>de</strong> trabalho e da própria empresa. (FRANÇA, 2007, p.88).


20<br />

Chiavenato (2002) ressalta que o treinamento é um esforço dirigido no<br />

sentido <strong>de</strong> equipe, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer a mesma atingir o mais<br />

economicamente possível os objetivos da empresa, sendo assim, o treinamento não<br />

é uma <strong>de</strong>spesa, mas sim um investimento cujo retorno é altamente compensador<br />

para a organização.<br />

Gil (2001) reforça que no treinamento se espera adquirir conhecimentos,<br />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, para po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sempenhar com mais qualida<strong>de</strong> as tarefas<br />

executadas.<br />

Conforme Bohlan<strong>de</strong>r, Snell e Sherman (2005), a razão básica <strong>de</strong> as<br />

empresas treinarem os funcionários é levar seus CHAs (conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s<br />

e aptidões) ao nível exigido para um <strong>de</strong>sempenho satisfatório. Como resultados<br />

<strong>de</strong>sses treinamentos, os funcionários po<strong>de</strong>m ser mais eficientes no emprego e<br />

capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar cargos em outras áreas ou níveis superiores.<br />

Sendo assim, o processo <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong>senvolve habilida<strong>de</strong>s já<br />

existentes no empregado, abre espaço para novos conhecimentos e permite o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do colaborador e conseqüentemente da organização. (MARRAS,<br />

2003).<br />

2.2.3 Cargos e Salários<br />

A administração <strong>de</strong> cargos e salários assume um papel fundamental, pois<br />

a redução <strong>de</strong> níveis hierárquicos, terceirização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e o enfoque da<br />

remuneração estratégica como vantagem competitiva são características que<br />

requerem atenção maior por parte do mundo empresarial. (CARVALHO, 2000).<br />

A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cargos é uma ferramenta utilizada pelo <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong><br />

Recursos Humanos, e conforme Chiavenato (2002) ocupa-se com a análise do<br />

conteúdo necessário para a execução <strong>de</strong> cada cargo, assim po<strong>de</strong>-se ter com mais<br />

certeza uma avaliação dos colaboradores, on<strong>de</strong> eles possam estar ajudando na<br />

melhoria contínua da organização.


21<br />

A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cargos registra as funções, tarefas e responsabilida<strong>de</strong>s,<br />

organizando e atribuindo a uma ou mais pessoas. (CARVALHO E NASCIMENTO,<br />

1993)<br />

De acordo com Chiavenato (2002, p. 305):<br />

A análise <strong>de</strong> cargo preten<strong>de</strong> estudar e <strong>de</strong>terminar todos os requisitos<br />

qualificados, as responsabilida<strong>de</strong>s envolvidas e as condições exigidas pelo<br />

cargo, para seu <strong>de</strong>sempenho a<strong>de</strong>quado. É através <strong>de</strong>ssa análise que os<br />

cargos serão posteriormente avaliados e <strong>de</strong>vidamente classificados para<br />

efeito <strong>de</strong> comparação.<br />

Chiavenato (2004), ressalta ainda que o cargo é um conjunto <strong>de</strong> funções<br />

(conjunto <strong>de</strong> tarefas ou atribuições) com uma posição <strong>de</strong>finida na estrutura<br />

organizacional, isto é, no organograma. A posição <strong>de</strong>fine as relações entre o cargo e<br />

os <strong>de</strong>mais cargos da organização. No fundo, são relações entre duas ou mais<br />

pessoas.<br />

Para Franco (2008), o organograma apresenta a maneira como os cargos<br />

se relacionam e isso é dado pelo o que é chamado <strong>de</strong> nível hierárquico. O <strong>de</strong>senho<br />

inicial do <strong>de</strong> um organograma é importante na construção <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> cargos e<br />

salários, pois <strong>de</strong>termina on<strong>de</strong> estão e on<strong>de</strong> estarão os cargos após a construção<br />

<strong>de</strong>sse plano.<br />

Conforme Carvalho e Nascimento (1993), a análise <strong>de</strong> cargo busca<br />

verificar a pessoa certa para a função certa, assim, analisando seus requisitos,<br />

po<strong>de</strong>-se ter certeza on<strong>de</strong> o ocupante irá <strong>de</strong>senvolver melhor sua função.<br />

Gil (2001) ressalta que na avaliação <strong>de</strong> cargos resulta a fixação dos<br />

salários e a política salarial da empresa. Ela é feita por comitês integrados não<br />

apenas por especialistas, mas, sobretudo por empregados.<br />

Conforme Chiavenato (2002), quando uma pessoa é aprovada no<br />

processo <strong>de</strong> seleção e passa a ser um colaborador, este <strong>de</strong>ve estar ciente do seu<br />

comprometimento com a empresa, com sua rotina <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, seu relacionamento<br />

com as pessoas, assim como <strong>de</strong>ve saber que passa a receber um salário <strong>de</strong> acordo<br />

com a função. O salário é uma fonte <strong>de</strong> renda, que varia <strong>de</strong> pessoa para pessoa e,<br />

po<strong>de</strong> passar a <strong>de</strong>terminar seu po<strong>de</strong>r aquisitivo.<br />

O autor ainda ressalta que a política salarial <strong>de</strong> uma empresa é o conjunto<br />

<strong>de</strong> princípios e diretrizes que refletem a orientação e a filosofia da organização, no<br />

que tange aos assuntos <strong>de</strong> remuneração <strong>de</strong> seus empregados.


22<br />

Para Masieiro (1996), os salários <strong>de</strong>vem ser justos <strong>de</strong> acordo com a<br />

função exercida, pois quando bem administrados, reduzem as faltas e atrasos no<br />

trabalho, e até mesmo a rotativida<strong>de</strong>, que é um dos gran<strong>de</strong>s problemas nas<br />

empresas.<br />

A estrutura <strong>de</strong> cargos e salários significa a or<strong>de</strong>nação e organização <strong>de</strong><br />

todos os cargos existentes na empresa e os respectivos salários. Periodicamente<br />

essa estrutura <strong>de</strong>ve ser revisada, <strong>de</strong>vido ao surgimento <strong>de</strong> novas funções ou<br />

exclusões <strong>de</strong> outras já existentes, alterações no quadro <strong>de</strong> salários do mercado,<br />

reajustes salariais coletivos, etc. (CARVALHO, 2000).<br />

2.2.4 Motivação<br />

É difícil <strong>de</strong>finir exatamente o conceito <strong>de</strong> motivação, uma vez que tem<br />

sido utilizado com diferentes sentidos. Para Chiavenato (2002), <strong>de</strong> modo geral,<br />

motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa agir <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada forma ou, pelo<br />

menos, que dá origem a uma propensão a um comportamento específico. Esse<br />

impulso à ação po<strong>de</strong> ser provocado por um estímulo externo (provindo do ambiente)<br />

e po<strong>de</strong> também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo.<br />

“Motivação é um processo responsável pela intensida<strong>de</strong>, direção e<br />

persistência dos esforços <strong>de</strong> uma pessoa para o alcance <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

meta.” (ROBBINS, 2002 p. 151).<br />

Vergara (2003), acrescenta que motivação não é um produto acabado,<br />

antes, um processo que se configura a cada momento, no fluxo permanente da vida,<br />

o que significa dizer, que sempre teremos à nossa frente algo a motivar-nos.<br />

A motivação do ser humano segundo Chiavenato (2002) acontece a partir<br />

da necessida<strong>de</strong> satisfeita. O estado <strong>de</strong> moral do indivíduo com a organização<br />

influencia diretamente no clima organizacional. Se os colaboradores sentem-se<br />

satisfeitos e motivados, a organização gera equilíbrio no clima. A partir disso, po<strong>de</strong>se<br />

afirmar que o moral encontra-se bom, amigável e agradável. Mas, se o moral<br />

estiver baixo o clima torna-se negativo e frio.<br />

De acordo com Silva e Rodrigues (2007, p. 8):


23<br />

a motivação <strong>de</strong> uma pessoa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da força <strong>de</strong> seus motivos, os motivos<br />

são <strong>de</strong>finidos como necessida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sejos ou impulsos no interior do<br />

indivíduo. Os motivos são dirigidos para objetivos; fundamentalmente, os<br />

motivos ou necessida<strong>de</strong>s, são molas <strong>de</strong> ação.<br />

Quando as pessoas realizam um trabalho, seja ele qual for, coloca nele<br />

seu raciocínio, sua emoção, sua capacida<strong>de</strong> motora, enfim, a pessoa coloca-se no<br />

trabalho. Produto e produtor não se separam, o trabalho pertence à pessoa que nele<br />

colocou seu esforço. (VERGARA, 2003).<br />

Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2004, p. 245) conceituam motivação:<br />

motivar os empregados é certamente uma difícil missão para os gestores<br />

em geral. O processo motivacional é <strong>de</strong>masiado complexo para ser<br />

explicado por uma única teoria. Além das conhecidas abordagens clássicas ,<br />

têm surgido outras que po<strong>de</strong>m ajudar a compreen<strong>de</strong>r melhor o tema.<br />

Certamente não há uma fórmula para se obter a motivação e o<br />

comprometimento.<br />

Para Faraco (2007), o fator responsável pela motivação humana é o<br />

impulso para agir dado por uma recompensa ou causa. Este impulso é gerado<br />

mentalmente do consciente, isto se chama auto-motivação.<br />

O autor ainda acrescenta que as pessoas agem <strong>de</strong> forma diferente a<br />

estímulos e <strong>de</strong>spertam vários sintomas motivacionais. Cada pessoa produz padrões<br />

diferentes <strong>de</strong> comportamentos, e maneiras diferentes para alcançar objetivos,<br />

po<strong>de</strong>ndo variar conforme as mudanças do tempo, a capacida<strong>de</strong> dos indivíduos e os<br />

valores sociais.<br />

2.3 Departamento <strong>de</strong> Pessoal<br />

Para aten<strong>de</strong>r melhor a empresa e os funcionários foi criado o<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, este <strong>de</strong>vendo está sempre atualizado com as legislações<br />

trabalhistas e previ<strong>de</strong>nciárias.<br />

Segundo Carvalho (2000, p. 85) o DP, como é conhecido o <strong><strong>de</strong>partamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> é o setor que:<br />

executa as tarefas prescritas pelas leis, regulamentos e normas brasileiras e<br />

previ<strong>de</strong>nciárias, notadamente o registro, anotação e contabilida<strong>de</strong> dos<br />

principais fatos da vida do empregado na empresa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua admissão<br />

até o seu <strong>de</strong>sligamento.


24<br />

Marras (2005, p. 190), cita suas funções mais importantes:<br />

a) Admissão <strong>de</strong> novos empregados;<br />

b) Demissões <strong>de</strong> empregados;<br />

c) Registros legais em controles diversos;<br />

d) Aplicação e manutenção das leis trabalhistas e previ<strong>de</strong>nciárias;<br />

e) Folha <strong>de</strong> pagamento (férias, 13º salário etc.);<br />

f) Normas disciplinares.<br />

Para Silva (2009), o <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> é um órgão da empresa,<br />

encarregado <strong>de</strong> tarefas e ativida<strong>de</strong>s específicas. Des<strong>de</strong> a sua contratação,<br />

pagamentos <strong>de</strong> salários, transportes, férias, licença médica, 13º salário, entre outras.<br />

2.3.1 Admissão<br />

Admissão é o ato pela qual se contrata uma pessoa física para exercer<br />

uma função <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma empresa. Neste sentido as partes, empregador e<br />

empregado, possuem obrigações que <strong>de</strong>vem ser cumpridas para que tal ato seja<br />

consi<strong>de</strong>rado completo e válido. (CRC, 2000).<br />

Após o candidato ser selecionado, para que se faça possível a admissão,<br />

conforme Rocha (2009, p.14), <strong>de</strong>ve-se apresentar ao <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> as<br />

seguintes documentações exigidas pelo Ministério do Trabalho:<br />

CTPS - Carteira do Trabalho e Previdência Social, ASO - Atestado Médico<br />

Ocupacional, foto 3x4, comprovante <strong>de</strong> residência, cópia do CPF, RG e<br />

Título Eleitoral, cartão ou número do PIS, certidão <strong>de</strong> nascimento dos filhos<br />

menores <strong>de</strong> 14 anos, cartão <strong>de</strong> vacinação dos menores <strong>de</strong> 7 anos e<br />

atestado <strong>de</strong> matrícula e freqüência escolar semestral dos maiores <strong>de</strong> 7<br />

anos, para fins <strong>de</strong> recebimento do salário-família, cópia do certificado <strong>de</strong><br />

reservista, quando maior <strong>de</strong> 18 anos e cópia da certidão <strong>de</strong> casamento.<br />

O Ministério do Trabalho e Emprego (2007, p.1) resolve no art.1º:<br />

proibir ao empregador que, na contratação ou na manutenção do emprego<br />

do trabalhador, faça a exigência <strong>de</strong> quaisquer documentos discriminatórios<br />

ou obstativos para a contratação, especialmente certidão negativa <strong>de</strong><br />

reclamatória trabalhista, teste, exame, perícia, laudo, atestado ou<br />

<strong>de</strong>claração relativos à esterilização ou a estado <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z.<br />

Gonçalves (2005) ressalta que em todas as ativida<strong>de</strong>s será obrigatório<br />

para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, po<strong>de</strong>ndo ser adotados<br />

livros, fichas ou sistema eletrônicos. Lembra ainda que, para registrar o empregado<br />

não há prazo <strong>de</strong> tolerância, ou seja, o registro <strong>de</strong>ve ser feito imediatamente.


25<br />

O empregador terá um prazo <strong>de</strong> 48 horas, contados a partir da data <strong>de</strong><br />

admissão, para <strong>de</strong>volver a carteira <strong>de</strong> trabalho e previdência social para o<br />

empregado. (MARINHO, 2007).<br />

2.3.2 Contrato <strong>de</strong> Trabalho<br />

Para Severo, Longoni e Dehnhardt (1992), contrato <strong>de</strong> trabalho é o<br />

acordo correspon<strong>de</strong>nte a relação <strong>de</strong> emprego pelo qual as partes (empregado e<br />

empregador) estabelecem as condições <strong>de</strong> trabalho, tais como: salário, forma <strong>de</strong><br />

pagamento, jornada <strong>de</strong> trabalho, repouso semanal remunerado, etc.<br />

“É o acordo tácito ou expresso que correspon<strong>de</strong> a relação <strong>de</strong> emprego.<br />

Quanto à natureza, os contratos divi<strong>de</strong>m-se em dois grupos: <strong>de</strong> prazo <strong>de</strong>terminado e<br />

<strong>de</strong> prazo in<strong>de</strong>terminado.” (BRONDI; BERNÚDEZ, 2007, p. 93).<br />

2.3.2.1 Contrato por Tempo In<strong>de</strong>terminado<br />

“O contrato <strong>de</strong> trabalho que se inicia em <strong>de</strong>terminada data, porém, não<br />

existe data para seu término, é o contrato por tempo in<strong>de</strong>terminado.” (GONÇALVES,<br />

2001, p. 51).<br />

Segundo Vianna (2008), trata-se <strong>de</strong> contratação, em que não se<br />

<strong>de</strong>termina, por ocasião da celebração do contrato, um prazo ou uma condição para<br />

sua cessação, <strong>de</strong> forma que o empregado é contratado para prestar serviços ao seu<br />

empregador por um período in<strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> tempo.<br />

Para Severo, Longoni e Dehnhardt (1993, p. 9) contrato <strong>de</strong> trabalho por<br />

tempo in<strong>de</strong>terminado é aquele que:<br />

as partes somente estabelecem o seu início, sendo que o termo final<br />

somente ocorrerá por iniciativa <strong>de</strong> uma das partes, espontaneamente (sem<br />

justa causa ou sem justo motivo) ou por provocação <strong>de</strong> uma das partes,<br />

que, praticando ato ou fato contrário ao disposto em norma legal, cause<br />

prejuízo a outra, possibilitando a rescisão contratual por justa causa ou<br />

indireta.


26<br />

“Contrato por prazo in<strong>de</strong>terminado é a regra geral em nosso direito<br />

trabalhista, como medida <strong>de</strong> inteira proteção ao próprio trabalhador.” (BRONDI;<br />

BERNÚDEZ, 2007, p. 93).<br />

2.3.2.2 Contrato por Tempo Determinado<br />

Trata-se do contrato <strong>de</strong> trabalho cuja vigência <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> termo<br />

prefixado, <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> serviços especificados ou ainda <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> certo<br />

acontecimento suscetível <strong>de</strong> previsão aproximada. Assim, o término do contrato já é<br />

<strong>de</strong>terminado. (VIANNA, 2008).<br />

Conforme Vianna (2008, p. 24) cita os arts. 445 e 451 da CLT:<br />

O prazo máximo <strong>de</strong> duração dos contratos por prazo <strong>de</strong>terminados (exceto<br />

experiência) não po<strong>de</strong>rá ultrapassar um período <strong>de</strong> dois anos, permitindo -se<br />

uma única prorrogação quando estipulado por período inferior. Havendo<br />

mais <strong>de</strong> uma prorrogação ou, se somadas às partes ultrapassar-se o<br />

período <strong>de</strong> dois anos, o contrato passará a vigorar sem <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong><br />

prazo, ou seja, passará a ser consi<strong>de</strong>rado “contrato por prazo<br />

in<strong>de</strong>terminado.”<br />

Gonçalves (2001), ainda ressalta que após o término <strong>de</strong> um contrato por<br />

tempo <strong>de</strong>terminado, somente po<strong>de</strong>rá ser firmado novo contrato da mesma<br />

modalida<strong>de</strong> com um mesmo empregado, <strong>de</strong>corrido um período mínimo <strong>de</strong> seis<br />

meses.<br />

2.3.2.3 Contrato <strong>de</strong> Experiência<br />

“É o contrato pelo qual as partes (empregador e empregado) analisarão o<br />

efetivo exercício da função ajustada, a adaptação ao local, a subordinação existente<br />

e a capacitação técnica e profissional exigida para o cargo.” (VIANNA, 2008 p.24).<br />

Segundo Brondi e Bernu<strong>de</strong>z (2007, p. 94):<br />

O prazo máximo do contrato <strong>de</strong> experiência é <strong>de</strong> 90 dias, ou seja, po<strong>de</strong> -se<br />

acordá-lo por qualquer prazo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não exceda à 90 dias. A contagem<br />

será feita em dias corridos, incluindo-se domingos e feriados. Somente<br />

po<strong>de</strong>rá ser prorrogado uma única vez.


27<br />

Oliveira (2005), ainda ressalta que noventa dias não são três meses, é a<br />

extensão-limite do contrato. E quando se tratar <strong>de</strong> menor <strong>de</strong> 18 anos recomenda-se<br />

assinatura do pai ou responsável.<br />

2.3.3 Salário e Remuneração<br />

“O vocabulário salário <strong>de</strong>riva do latim salarium e este <strong>de</strong> sal, salis porque<br />

era costume entre os romanos pagar os seus serviçais domésticos com quantida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> sal.” (CAMINO, 2004, p. 340).<br />

Gonçales (1994, p.151) <strong>de</strong>fine salário como “aquilo que o empregado<br />

recebe „diretamente‟ <strong>de</strong> seu empregador, como contraprestação dos serviços<br />

realizados.” Porém, o autor afirma que nem sempre o que o empregado recebe<br />

mensalmente é apenas salário, muitas vezes é pago, juntamente com o salário,<br />

comissões, percentagens, gratificações, gorjetas, etc.<br />

Segundo o inciso 1° do art. 457 da CLT:<br />

integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as<br />

comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e<br />

abonos pagos pelo empregador.<br />

Assim, Castilhos (2003), relata que o conceito <strong>de</strong> remuneração, portanto,<br />

é mais amplo e abrange não só o salário (e seus componentes), mas também as<br />

gorjetas, inclusive as pagas por terceiros, concordando assim, com o disposto no art.<br />

457 da CLT.<br />

Nesse caso, estes valores adicionais ao salário, são <strong>de</strong>nominados<br />

Remuneração, assim expõe Gonçales (1994).<br />

O conceito <strong>de</strong> Castilhos (2003, p.37) sobre remuneração é mais objetivo,<br />

<strong>de</strong>finindo como “todo provento legal e habitualmente auferido pelo empregado em<br />

virtu<strong>de</strong> do contrato <strong>de</strong> trabalho, seja pago pelo empregador, seja pago por terceiros.”<br />

Martins (2003, p.213) ainda reforça a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> remuneração:<br />

remuneração é o conjunto <strong>de</strong> prestações recebidas habitualmente pelo<br />

empregado pela prestação <strong>de</strong> serviços, seja em dinheiro ou em utilida<strong>de</strong>s,<br />

provenientes do empregador ou <strong>de</strong> terceiros, mas <strong>de</strong>correntes do contrato<br />

<strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> modo a satisfazer suas necessida<strong>de</strong>s básicas e <strong>de</strong> sua<br />

família.


28<br />

Com bases nesses conceitos sobre remuneração, Camino (2004),<br />

ressalta que remuneração nada mais é que a soma <strong>de</strong> todos os ganhos <strong>de</strong> natureza<br />

salarial do empregado, que expressam várias espécies <strong>de</strong> salários <strong>de</strong>vidos e pagos<br />

diretamente pelo empregador.<br />

2.3.4 Folha <strong>de</strong> Pagamento<br />

Oliveira (2002, p.17) <strong>de</strong>staca a obrigatorieda<strong>de</strong> da folha <strong>de</strong> pagamento:<br />

o uso da folha <strong>de</strong> pagamento é obrigatório para o empregador, conforme<br />

preceitua lei n. 8.212/91 art.32 inciso I, da Consolidação da Legislação<br />

Previ<strong>de</strong>nciária – CLP. Ela po<strong>de</strong> ser feita à mão (manuscrita) ou por meio <strong>de</strong><br />

processo mecânicos ou eletrônicos. Nelas são registrados mensalmente<br />

todos os proventos e <strong>de</strong>scontos dos empregados. Deve ficar a disposição<br />

da fiscalização, da auditoria interna e externa, estar sempre pronta para<br />

oferecer informações necessárias à continuida<strong>de</strong> da empresa.<br />

Brondi e Bernu<strong>de</strong>z (2007) salientam que a confecção da folha <strong>de</strong><br />

pagamento, além <strong>de</strong> um procedimento <strong>de</strong> caráter trabalhista, <strong>de</strong>corre <strong>de</strong><br />

obrigatorieda<strong>de</strong> prevista no art. 47 do ROCSS – Regulamento da Organização e<br />

Custeio da Segurida<strong>de</strong> Social, que afirma:<br />

A empresa é obrigada a:<br />

I – preparar a folha <strong>de</strong> pagamento da remuneração paga ou creditada a<br />

todos os seus funcionários;<br />

II – lançar mensalmente em títulos próprios <strong>de</strong> sua contabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

forma discriminada, os fatos geradores <strong>de</strong> todas as contribuições, o montante das<br />

quantias <strong>de</strong>scontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos.<br />

Conforme a lei n° 9.528/97 que acrescentou o parágrafo único do art.464<br />

e nova redação do art.465 da CLT, dispondo que o comprovante <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />

salários do empregado em conta bancária terá força <strong>de</strong> recibo.<br />

“Terá força <strong>de</strong> recibo o comprovante <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito em conta bancária,<br />

aberta para esse fim em nome <strong>de</strong> cada empregado, com o consentimento <strong>de</strong>ste, em<br />

estabelecimento <strong>de</strong> crédito próximo ao local <strong>de</strong> trabalho.” (Art. 464 da CLT).<br />

O art. 465 da CLT ressalta que:


29<br />

o pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong>ntro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento <strong>de</strong>ste,<br />

salvo quando efetuado por <strong>de</strong>pósito em conta bancária.<br />

Oliveira (2005) acrescenta que, para as empresas que fazem o<br />

pagamento <strong>de</strong> seus empregados no último dia do mês, é necessário fechar a folha<br />

<strong>de</strong> pagamento alguns dias antes, ganhando-se assim tempo necessário para cálculo<br />

dos <strong>de</strong>vidos proventos e <strong>de</strong>scontos.<br />

2.3.4.1 Proventos<br />

Ao elaborar a folha <strong>de</strong> pagamento, <strong>de</strong>vem-se <strong>de</strong>stacar as verbas pagas,<br />

discriminando-as uma - uma.<br />

a remuneração paga ao empregado <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>scriminar todas as verbas<br />

que compõe, ou seja, salário, horas extras, adicional noturno, adicional <strong>de</strong><br />

periculosida<strong>de</strong>, insalubrida<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando que a legislação trabalhista<br />

proíbe o chamado salário complessivo, isto é, aquele que engloba vários<br />

direitos legais ou contratuais do empregado. (BRONDI; BERNÚDEZ, 2007,<br />

p. 196).<br />

Conforme Gonçalves (2005), o contrato <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ve rezar <strong>de</strong> forma<br />

inequívoca sobre a retribuição que será <strong>de</strong>vida ao empregado pelos serviços<br />

prestados.<br />

pagamento:<br />

Oliveira (2005) <strong>de</strong>staca as verbas que engloba os proventos da folha <strong>de</strong><br />

- Salário;<br />

- Horas extras;<br />

- Adicional <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong>;<br />

- Adicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong>;<br />

- Adicional noturno;<br />

- Salários família;<br />

- Diárias <strong>de</strong> viagens;<br />

- Ajuda <strong>de</strong> custo.


30<br />

2.3.4.2 Descontos<br />

Segundo Brondi e Bernú<strong>de</strong>z (2007, p. 199):<br />

a legislação trabalhista permite que se efetuem <strong>de</strong>scontos <strong>de</strong> salários do<br />

empregado somente quando se tratar <strong>de</strong> adiantamentos (vales), <strong>de</strong><br />

dispositivos <strong>de</strong> lei ou <strong>de</strong> contrato coletivo. Os <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>scontos somente<br />

serão permitidos por meio <strong>de</strong> acordo entre empregado e empresa ou com<br />

expressa autorização do empregado.<br />

Gonçalves (2005) ressalta que a lei impõe vários <strong>de</strong>scontos que, se for o<br />

caso, serão efetuados no salário dos empregados, tais como: contribuição<br />

previ<strong>de</strong>nciária, imposto <strong>de</strong> renda, vale-transporte, faltas injustificadas, <strong>de</strong>sconto do<br />

DSR (<strong>de</strong>scanso semanal remunerado) e <strong>de</strong>scontos resultantes <strong>de</strong> “contrato<br />

coletivo”.<br />

pagamento:<br />

Oliveira (2005) <strong>de</strong>staca as verbas que englobam os <strong>de</strong>scontos da folha <strong>de</strong><br />

- Quota da previdência;<br />

- Imposto <strong>de</strong> renda;<br />

- Contribuição sindical;<br />

- Seguros;<br />

- Adiantamentos;<br />

- Faltas e atrasos;<br />

- Vale-transporte.<br />

2.3.5 Férias<br />

Para Castilhos (2003, p. 57), “férias é o período <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso a que tem<br />

direito o empregado após 12 meses <strong>de</strong> trabalho [...] é o período <strong>de</strong> 30 dias ou<br />

menos em que o empregado goza as férias, recebendo salário/remuneração.”<br />

Conforme art. 30 da CLT dispõe que:<br />

após período <strong>de</strong> 12 meses <strong>de</strong> vigência do contrato <strong>de</strong> trabalho, o<br />

empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:<br />

I – 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais <strong>de</strong> 5 vezes;<br />

II- 24 dias corridos, quando houver tido <strong>de</strong> 6 a 14 faltas;


31<br />

III - 18 dias corridos, quando houver tido <strong>de</strong> 15 a 23 faltas;<br />

IV - 12 dias corridos, quando houver tido <strong>de</strong> 24 a 32 faltas.<br />

§ 1º - É vedado <strong>de</strong>scontar, do período <strong>de</strong> férias, as faltas do empregado ao<br />

serviço.<br />

§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como<br />

tempo <strong>de</strong> serviço.<br />

Martins (2003) ressalta que as férias é o período do contrato <strong>de</strong> trabalho<br />

em que o empregado não presta serviços, mas aufere remuneração do empregador,<br />

após ter adquirido o direito do <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> 12 meses. Sendo assim, para o autor,<br />

visam, portanto, as férias a restauração do organismo após um período em que<br />

foram <strong>de</strong>spedidas energias no trabalho.<br />

Nascimento (2001, p.721), ainda expõe que, “as férias não são apenas <strong>de</strong><br />

direito, mas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver do empregado, proibindo nossa lei que trabalhe durante as<br />

férias, exceto quanto ao abono permitido.”<br />

As férias <strong>de</strong>verão ser pagas com base no salário da época em que foram<br />

concedidas, se eventualmente ocorrerem reajuste salariais na empresa, com início<br />

<strong>de</strong> vigência durante as férias do empregado, este fará jus ao complemento do valor<br />

por ocasião da concessão. (BRONDI; BERNUDEZ, 2007).<br />

Quando da concessão das férias, <strong>de</strong>ntro do período concessivo, <strong>de</strong>verá o<br />

empregador no período <strong>de</strong> até dois dias antes do início da mesma, remunerar o<br />

empregado. (LEITE, 1997).<br />

Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007), lembram que, com a promulgação da<br />

Constituição em 05\10\88, o gozo <strong>de</strong> férias anuais é remunerado com pelo menos<br />

um terço a mais do salário normal. Dessa forma a provisão <strong>de</strong>ve tomar como base o<br />

salário normal mais um terço <strong>de</strong>sse valor, adicionando outros encargos sociais.<br />

Conforme Oliveira (2005), a lei dá ao empregador o direito <strong>de</strong> marcar a<br />

época <strong>de</strong> concessão das férias aos seus empregados. O empregador tem o limite <strong>de</strong><br />

12 meses subseqüentes à aquisição do direito pelo empregado para marcar as<br />

férias; ultrapassando esse período, o empregador <strong>de</strong>verá pagá-las em dobro.<br />

Garcia (1999, p.122), ressalta que “[...] com antecedência mínima <strong>de</strong> 30<br />

dias, a concessão das férias será participada por escrito ao empregado, que <strong>de</strong>verá<br />

fornecer recibo <strong>de</strong>ssa comunicação.”<br />

Destaca ainda o autor, que antes <strong>de</strong> o empregado entrar em gozo <strong>de</strong><br />

férias, a concessão das mesmas <strong>de</strong>verá ser anotada na carteira <strong>de</strong> trabalho e no<br />

livro ou ficha <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> empregados.


32<br />

2.3.5.1 Abono Pecuniário<br />

Todo empregado po<strong>de</strong>rá converter 1/3 (um terço) do período <strong>de</strong> férias a<br />

que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração das férias, já<br />

acrescida <strong>de</strong> um terço (1/3), referido no citado artigo 7°, inciso XVII da constituição<br />

Fe<strong>de</strong>ral. Para isso é necessário que o empregado requeira tal abono até 15 dias<br />

antes do término do período aquisitivo. (OLIVEIRA, 2002).<br />

O período <strong>de</strong> férias é, via <strong>de</strong> regra, 30 dias. É, porém, facultado ao<br />

empregado “ven<strong>de</strong>r” 10 dias <strong>de</strong> suas férias (abono pecuniário), recebendo o<br />

equivalente a 1/3 da sua remuneração, sem prejuízo do adicional <strong>de</strong> 1/3<br />

constitucional. (LEITE, 1997, p. 204).<br />

Segundo Ferreira e Machado (2005), se o abono for requerido após o<br />

citado prazo, a concessão ou não do abono fica a critério exclusivo do empregador,<br />

salvo se houver previsão <strong>de</strong> condição mais benéfica em cláusula <strong>de</strong> documento<br />

coletivo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> respectiva categoria profissional.<br />

Os autores ainda ressaltam que, o pagamento do abono vincula-se à<br />

concessão das férias, ou seja, não há pagamento <strong>de</strong> abono sem o respectivo<br />

<strong>de</strong>scanso. Todavia, havendo opção pelo abono, o prazo <strong>de</strong> pagamento será <strong>de</strong> dois<br />

dias antes do início do gozo das férias. (FERREIRA; MACHADO, 2005).<br />

2.3.5.2 Perda do Direito das Férias<br />

No art. 133 incisos I a IV da CLT, <strong>de</strong>staca que não terá direito à férias o<br />

empregado que, no curso do período aquisitivo:<br />

I – <strong>de</strong>ixar o emprego e não for readmitido <strong>de</strong>ntro dos 60 dias subseqüentes<br />

a sua saída;<br />

II – permanecer em gozo <strong>de</strong> licença, com percepção <strong>de</strong> salários, por mais<br />

<strong>de</strong> 30 dias;<br />

III – <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> trabalhar, com percepção do salário, por mais <strong>de</strong> 30 dias em<br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;<br />

IV – tiver recebido da Previdência Social prestações <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho<br />

ou <strong>de</strong> auxílio doença por mais <strong>de</strong> 6 meses, embora <strong>de</strong>scontínuos.


33<br />

Quando o empregado faltar no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> seu período aquisitivo mais <strong>de</strong><br />

32 vezes sem justificativas, será extinto o seu direito <strong>de</strong> gozo <strong>de</strong> férias. (MARTINS,<br />

2003).<br />

2.3.6 Rescisão<br />

Martins (2003, p. 341), consi<strong>de</strong>ra como rescisão do contrato <strong>de</strong> trabalho<br />

“[...] a terminação do vínculo <strong>de</strong> empregado, com a extinção das obrigações para os<br />

contratantes.”<br />

Na dissolução do contrato individual <strong>de</strong> trabalho, qualquer que seja a sua<br />

causa, o instrumento <strong>de</strong> rescisão ou recibo <strong>de</strong> quitação, <strong>de</strong>verá especificar, <strong>de</strong> forma<br />

discriminada, a natureza <strong>de</strong> cada parcela paga, estando à valida<strong>de</strong> da quitação<br />

condicionada a esta condição. (BRONDI; BERNUDEZ, 2007).<br />

Qualquer compensação no pagamento (<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> vales, adiantamento,<br />

empréstimos, etc.) não po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r ao equivalente a um mês <strong>de</strong> remuneração<br />

do empregado. (OLIVEIRA, 2001).<br />

Segundo Oliveira (2005 p. 329), é vedada à dispensa sem justa causa<br />

para empregados com estabilida<strong>de</strong> provisória nas seguintes condições:<br />

1 – empregada gestante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a confirmação da gravi<strong>de</strong>z até o quinto mês<br />

após o parto;<br />

2 – empregado eleito para o cargo <strong>de</strong> direção da CIPA, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o registro <strong>de</strong><br />

sua candidatura até um ano após o final <strong>de</strong> seu mandato;<br />

3 – empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento <strong>de</strong> sua<br />

candidatura a cargo <strong>de</strong> direção ou representação da entida<strong>de</strong> sindical ou <strong>de</strong><br />

associação profissional, até 1 ano após o final do seu mandato, caso seja<br />

eleito, inclusive como suplente;<br />

4 – o segurado que sofreu aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho tem garantia, pelo prazo<br />

mínimo <strong>de</strong> 12 meses, a manutenção <strong>de</strong> seu contrato <strong>de</strong> trabalho na<br />

empresa, após cessação do auxilio doença aci<strong>de</strong>ntário, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong> percepção do auxílio aci<strong>de</strong>nte;<br />

5 – representantes dos empregados membros da Comissão <strong>de</strong> Conciliação<br />

Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se<br />

cometerem falta grave;<br />

6 – suspensão contratual. Não se <strong>de</strong>sliga o empregado quando seu contrato<br />

<strong>de</strong> trabalho estiver suspenso; e<br />

7 – <strong>de</strong>mais empregados com garantia <strong>de</strong> emprego por força <strong>de</strong> acordo,<br />

convenção coletiva, sentença normativa ou lei.<br />

O § 1º do art. 477 da CLT <strong>de</strong>staca a obrigatorieda<strong>de</strong> da assistência:<br />

o pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão ou o recibo <strong>de</strong> quitação do contrato <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong><br />

empregado com mais <strong>de</strong> 1 (um) ano <strong>de</strong> serviço somente é válido quando


34<br />

homologado pelo sindicato da categoria ou pela autorida<strong>de</strong> do Ministério do<br />

Trabalho e Emprego.<br />

Conforme Oliveira (2001, p. 281), “quando menor <strong>de</strong> 18 anos, a rescisão<br />

<strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho só terá valida<strong>de</strong> mediante a assistência do pai ou da mãe, ou<br />

do responsável legal.”<br />

contrato <strong>de</strong> trabalho.<br />

O autor ainda acrescenta sobre a forma <strong>de</strong> pagamento da rescisão do<br />

O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da<br />

homologação da rescisão <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho, em dinheiro ou cheque<br />

visado, ou mediante comprovação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito bancário em conta corrente<br />

do empregado, or<strong>de</strong>m bancária <strong>de</strong> pagamento ou or<strong>de</strong>m bancária <strong>de</strong><br />

crédito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o estabelecimento bancário estej a situado na mesma<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> local <strong>de</strong> trabalho, salvo se o empregado for analfabeto, quando o<br />

pagamento somente po<strong>de</strong>rá ser feito em dinheiro. (OLIVEIRA, 2001, p.281).<br />

O art. 7° da Constituição Fe<strong>de</strong>ral ressalta que ao tratar da prescrição do<br />

trabalhador urbano, dispõe:<br />

“XXIX – ação, quanto a créditos resultantes das relações <strong>de</strong> trabalho com<br />

prazo prescricional <strong>de</strong> cinco anos para trabalhadores urbanos e rurais, até o limite<br />

<strong>de</strong> dois anos após a extinção do contrato.”<br />

2.3.6.1 Tipos <strong>de</strong> Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Trabalho<br />

Inúmeras são as causas que levam ao <strong>de</strong>sligamento do empregado,<br />

sendo que o empregador <strong>de</strong>verá observá-las com muita atenção.<br />

Gonçalves (2000) cita alguns tipos <strong>de</strong> rescisão <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho,<br />

conforme abaixo:<br />

a- Extinção <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho (inclusive o contrato <strong>de</strong> experiência): é a<br />

forma pelo qual o contrato é dissolvido pela <strong>de</strong>corrência do tempo previamente<br />

estipulada pelas partes.<br />

b- Extinção do contrato por falecimento do empregado: um contrato <strong>de</strong> trabalho<br />

pressupõe a existência <strong>de</strong> um empregador e um empregado. A morte do empregado<br />

extingue a relação <strong>de</strong> emprego.<br />

c- Extinção do contrato por fechamento da empresa: é o empregador que<br />

assume o risco da ativida<strong>de</strong> econômica, portanto, cabe ao mesmo optar manter em


35<br />

funcionamento ou fechá-la. Quando a opção for pelo fechamento, é injusto que o<br />

empregado sofra qualquer prejuízo, por isso o mesmo terá os mesmos direitos<br />

<strong>de</strong>vidos numa rescisão sem justa causa.<br />

d- Rescisão sem justa causa pelo empregador: neste caso a rescisão existe a<br />

manifestação <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> por parte do empregador.<br />

e- Pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão sem justa causa: para este motivo, existe a manifestação,<br />

porém, a iniciativa <strong>de</strong> não dar continuida<strong>de</strong> a prestação <strong>de</strong> serviço é do empregado.<br />

f- Rescisão indireta: é aquela em que o empregador tem a intenção <strong>de</strong> excluir o<br />

empregado do seu quadro <strong>de</strong> trabalhadores, e, ao invés <strong>de</strong> fazê-lo, busca um modo<br />

para que o empregado abandone o emprego ou renuncie a ele, ou seja, para<br />

provocar o afastamento do empregado, o empregador muda as condições <strong>de</strong><br />

trabalho, ou <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> cumprir suas obrigações.<br />

g- Rescisão por culpa recíproca: a caracterização <strong>de</strong>sta falta requer uma justa<br />

causa do empregador e uma justa causa do empregado, e, ainda, uma<br />

proporcionalida<strong>de</strong> entre elas. Assim, po<strong>de</strong>-se falar em culpa recíproca a troca <strong>de</strong><br />

agressões físicas, troca <strong>de</strong> ofensas, etc.<br />

h- Rescisão antecipada <strong>de</strong> contrato: durante a vigência do contrato por prazo<br />

<strong>de</strong>terminado po<strong>de</strong> acontecer arrependimento das partes. Nestes casos, os arts. 479<br />

e 480 da CLT dispõem sobre uma in<strong>de</strong>nização que será <strong>de</strong>vida pela parte que<br />

tomou a iniciativa em favor da outra.<br />

Conforme art. 479 da CLT:<br />

nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa<br />

causa, <strong>de</strong>spedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título <strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>nização, e por meta<strong>de</strong>, a remuneração que teria direito até o termo do<br />

contrato.<br />

Parágrafo único: Para execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo<br />

da parte variável ou incerta dos salários será feita <strong>de</strong> acordo com o prescrito<br />

para o cálculo da in<strong>de</strong>nização referente à rescisão dos contratos por prazo<br />

in<strong>de</strong>terminado.<br />

O art. 480 da CLT ressalta:<br />

havendo termo estipulado, o empregado não po<strong>de</strong>rá se <strong>de</strong>sligar do contrato,<br />

sem justa causa, sob pena <strong>de</strong> ser obrigado a in<strong>de</strong>nizar o empregador dos<br />

prejuízos que <strong>de</strong>sse fato lhe resultarem.<br />

§ 1° - a in<strong>de</strong>nização, porém, não po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r aquela a que teria direito o<br />

empregado em idênticas condições.<br />

Nos artigos acima citados, obriga o empregador a pagar ao empregado<br />

uma in<strong>de</strong>nização correspon<strong>de</strong>nte à 50% dos dias restantes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong><br />

qualquer aspecto, no entanto, caso a rescisão antecipada fosse <strong>de</strong> iniciativa do


36<br />

empregado, a regra é diferente, pois o empregador somente po<strong>de</strong>ria cobrar do<br />

empregado o valor da in<strong>de</strong>nização se comprovar que o afastamento do empregado<br />

lhe trouxe prejuízo, o que na prática, é muito difícil <strong>de</strong> ocorrer. (GONÇALVES, 2000).<br />

Abaixo, segue a tabela <strong>de</strong> incidência para alguns motivos <strong>de</strong> rescisão,<br />

com mais <strong>de</strong> um ano e menos <strong>de</strong> um ano.<br />

Quadro <strong>de</strong> Incidência da Rescisão<br />

Motivo da Rescisão Menos <strong>de</strong> 1 Ano Mais <strong>de</strong> 1 Ano<br />

Dispensa Sem Justa Causa Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Dispensa Com Justa Causa Saldo <strong>de</strong> salário Saldo <strong>de</strong> salário<br />

Culpa Recíproca<br />

Pedido <strong>de</strong> Demissão<br />

Rescisão Indireta<br />

Rescisão Antecipada do<br />

Contrato a Prazo por Pedido<br />

Rescisão Antecipada do<br />

Contrato a Prazo Sem Justa<br />

Causa<br />

Extinção do Contrato Por<br />

Falecimento do Empregado<br />

Rescisão do Contrato a Prazo<br />

Sem Justa Causa<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

50% Aviso prévio<br />

50% Férias proporcionais + 1/3<br />

50% 13° Salário<br />

FGTS + 20% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

In<strong>de</strong>nização do art. 479 CLT<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

50% Aviso prévio<br />

50% Férias proporcionais +<br />

1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

50% 13° Salário<br />

FGTS + 20% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias Vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias Vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

In<strong>de</strong>nização do art. 479 CLT<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário


37<br />

Rescisão Antecipada do<br />

Contrato a Prazo Por Pedido<br />

Extinção do Contrato por<br />

Fechamento da Empresa<br />

Extinção do Contrato a Prazo<br />

(Inclusive contrato <strong>de</strong><br />

experiência)<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS<br />

Quadro 1: Quadro <strong>de</strong> Incidência da Rescisão<br />

Fonte: www.professortrabalhista.adv.br, adaptada (10/2010)<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Aviso prévio<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS + 40% + 10%<br />

Saldo <strong>de</strong> salários<br />

Férias proporcionais + 1/3<br />

Férias vencidas + 1/3<br />

13° Salário<br />

FGTS<br />

2.3.6.2 Justa Causa<br />

“Enten<strong>de</strong>-se por justa causa a dispensa que o empregado provoca ao<br />

cometer ato ilícito que viola sua obrigação legal ou contratual com o empregador,<br />

tornando-se impossível sua permanência na empresa.” (OLIVEIRA, 2001, p. 225).<br />

Segundo Ferreira e Santos (2006 p.143) são elementos que configuram a<br />

justa causa do empregado.<br />

- Gravida<strong>de</strong>: a aplicação da penalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser proporcional a falta<br />

cometida, <strong>de</strong> forma gradual. Assim o empregador po<strong>de</strong>rá, antes <strong>de</strong> aplicar a<br />

justa causa, dar advertência verbal ou escrita ou, ainda, suspensão.<br />

Entretanto, algumas faltas ensejam a rescisão imediata do contrato <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>de</strong> acordo com a sua gravida<strong>de</strong>;<br />

- Atualida<strong>de</strong>: a punição <strong>de</strong>ve ser aplicada logo em seguida a falta cometida<br />

pelo empregado ou a partir do momento em que o fato chegar ao<br />

conhecimento do empregador, sob pena <strong>de</strong> caracterizar-se o perdão tácito;<br />

- Imediatida<strong>de</strong>: <strong>de</strong>ve haver relação entre a falta e a punição aplicada.<br />

O contrato <strong>de</strong> trabalho po<strong>de</strong>rá ser rescindido por justa causa quando o<br />

empregado cometer umas das faltas relacionadas no art. 482 da CLT.


38<br />

2.3.6.2.1 Motivos da Justa Causa<br />

Conforme art. 482 da CLT existem 12 motivos para <strong>de</strong>mitir um funcionário<br />

por justa causa:<br />

a) Ato <strong>de</strong> improbida<strong>de</strong>: Procedimento do empregado contrário as regras<br />

morais ou jurídicas que disciplinam em socieda<strong>de</strong>.<br />

Exemplo: Marcar cartão ponto <strong>de</strong> empregado ausente, justificar faltas ao<br />

serviço com atestados médicos falsificados. (FERREIRA; SANTOS, 2006).<br />

b) Incontinência <strong>de</strong> conduta ou mau procedimento: Caracteriza-se por<br />

atitu<strong>de</strong>s incompatíveis com regras sociais, tornando possível ou dificultando a<br />

manutenção do vínculo empregatício, e que não se enquadrem na <strong>de</strong>finição das<br />

<strong>de</strong>mais justas causas.<br />

Exemplo: usar meios para dificultar e diminuir a produção, praticando atos<br />

<strong>de</strong> sabotagem. (FERREIRA; SANTOS, 2006).<br />

c) Negociação habitual: é aquela que ocorre com o empregado que<br />

comumente negocia em concorrência com a ativida<strong>de</strong> da empresa, sem autorização<br />

da mesma. (OLIVEIRA, 2001).<br />

d) Con<strong>de</strong>nação criminal: O empregado que foi con<strong>de</strong>nado<br />

criminalmente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que passada em julgado a sentença, e não teve suspensão da<br />

execução da pena. Não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que os fatos que constituíra m a justa<br />

causa sejam aqueles relacionados com o serviço. Qualquer con<strong>de</strong>nação criminal,<br />

relacionada ou não com o serviço, caracteriza-se à justa causa. (OLIVEIRA, 2001).<br />

e) Desídia: em geral, é a repetição <strong>de</strong> pequenas faltas leves que<br />

caracterizam a negligência e/ou imprudência do empregado na execução do serviço<br />

e vão se acumulando até terminar com a dispensa do empregado por justa causa.<br />

Exemplo: atrasos e faltas constantes do empregado. (FERREIRA;<br />

SANTOS, 2006).<br />

f) Embriaguez: caracteriza-se como embriaguez o fato <strong>de</strong> o empregado<br />

ingerir bebida alcoólica e comparecer bêbado ao estabelecimento <strong>de</strong> trabalho.<br />

Exemplo: um funcionário comparece embriagado ao trabalho. (OLIVEIRA,<br />

2001).


39<br />

g) Violação <strong>de</strong> segredo da empresa: Quando o empregado tem o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> sigilo, por ter em seu po<strong>de</strong>r dados técnicos, e o viola transmitindo informações a<br />

terceiro, po<strong>de</strong>-se caracterizar justa causa. (OLIVEIRA, 2001).<br />

Exemplo: o empregado entrega a fórmula do produto fabricado pelo<br />

empregador a uma empresa concorrente.<br />

h) Ato <strong>de</strong> indisciplina ou insubordinação: a indisciplina caracteriza-se<br />

pela violação <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> caráter geral, tomada pelo empregador. A insubordinação<br />

é a violação a uma or<strong>de</strong>m específica direta e <strong>pessoal</strong>mente ao empregado pelo<br />

empregador ou seu preposto.<br />

Exemplo: Indisciplina – Desrespeito a proibição <strong>de</strong> fumar, <strong>de</strong>srespeito a<br />

superior hierárquico.<br />

Insubordinação – não atendimento a or<strong>de</strong>m para execução <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminado serviço afeto as atribuições do empregado, como, por exemp lo, a<br />

empregada faxineira que se recusa a limpar as persianas das janelas da empresa.<br />

(FERREIRA; SANTOS, 2006).<br />

i) Abandono <strong>de</strong> emprego: caracterizado pela ausência continuada do<br />

empregado ao serviço <strong>de</strong> forma injustificada, <strong>de</strong>monstrando a intenção e o animo <strong>de</strong><br />

não mais voltar ao trabalho.<br />

O empregador para caracterizar a justa causa, <strong>de</strong>ve notificar o<br />

empregado solicitando o seu comparecimento à empresa para justificar as suas<br />

ausências, por meio <strong>de</strong> telegrama, carta registrada, cartório <strong>de</strong> títulos e registros ou,<br />

quando não souber o en<strong>de</strong>reço do empregado, por meio <strong>de</strong> publicação em jornal <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> circulação.<br />

Exemplo: empregado que falta ao serviço durante uma semana, procura<br />

colocação em outra empresa e, no horário em que normalmente <strong>de</strong>veria estar<br />

trabalhando para o primeiro empregador, trabalha para um segundo. (FERREIRA;<br />

SANTOS, 2006).<br />

j) Ato lesivo da honra ou da boa fama: essa justa causa é caracterizada<br />

quando o empregado comete calúnia, injúria, difamação contra qualquer pessoa no<br />

serviço, e ao empregador no serviço ou fora <strong>de</strong>le.<br />

Exemplo: proferir palavras <strong>de</strong> baixo calão ofensivas a honra e a boa fama<br />

<strong>de</strong> colegas, ocorrido no próprio local <strong>de</strong> trabalho, na presença dos <strong>de</strong>mais<br />

empregados. Luta corporal em hora e local <strong>de</strong> trabalho. (OLIVEIRA, 2001).


40<br />

k) Ofensa física: é caracterizada quando praticadas contra o empregador<br />

e superiores hierárquicos, salvo em caso <strong>de</strong> legítima <strong>de</strong>fesa, própria ou <strong>de</strong> outrem.<br />

Exemplo: o empregado que diz palavras ofensivas a seus superiores,<br />

<strong>de</strong>ntro ou fora do estabelecimento da empresa. (FERREIRA; SANTOS, 2006).<br />

l) Prática constante <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong> azar: Assim consi<strong>de</strong>rados os jogos em<br />

que ganho e a perda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m exclusiva ou principalmente da sorte, praticados <strong>de</strong><br />

forma habitual pelo empregado.<br />

Exemplo: o empregado que habitualmente e <strong>de</strong> forma comprovada joga<br />

no bicho, roleta, etc. (FERREIRA; SANTOS, 2006).<br />

Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa <strong>de</strong><br />

empregado a prática, <strong>de</strong>vidamente comprovada em inquérito administrativo, <strong>de</strong> atos<br />

atentatórios contra a segurança nacional. (Art. 482 da CLT).<br />

2.3.6.3 Aviso Prévio<br />

Segundo Oliveira (2005, p. 336), “qualquer das partes (empregado ou<br />

empregador) que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato <strong>de</strong>verá avisar a outra<br />

com antecedência mínima <strong>de</strong> 30 dias.”<br />

Ressalta ainda que a falta do aviso prévio por parte do empregador, dá ao<br />

empregado o direito aos salários correspon<strong>de</strong>ntes ao prazo do aviso, garantida<br />

sempre a integração <strong>de</strong>sse período no seu tempo <strong>de</strong> serviço, isso quer dizer que<br />

integra 1/12 avos a mais no 13° salário e nas férias e nos <strong>de</strong>mais casos em que o<br />

aviso integra o tempo <strong>de</strong> serviço. (OLIVEIRA, 2005).<br />

Oliveira (2005, p. 338) <strong>de</strong>staca que:<br />

a falta do aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontar os salários correspon<strong>de</strong>ntes ao prazo respectivo, a menos que<br />

o empregado ao fazer sua carta pedindo <strong>de</strong>missão peça dispensa do<br />

mesmo e o empregador <strong>de</strong> seu parecer favorável à sua solicitação.<br />

Conforme art. 487 da CLT, se a rescisão for promovida pelo empregado,<br />

o horário <strong>de</strong> trabalho não será alterado, mas se a rescisão tiver sido promovida pelo<br />

empregador será feita uma redução <strong>de</strong> duas horas diárias <strong>de</strong> seu horário normal <strong>de</strong><br />

trabalho. O empregado po<strong>de</strong>rá optar por sete dias corridos, sem prejuízo do salário<br />

integral.


41<br />

2.3.6.4 Documentos a Serem Apresentados<br />

Oliveira (2005) <strong>de</strong>staca os documentos a serem apresentados para a<br />

rescisão <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho:<br />

- Guias <strong>de</strong> Recolhimento do FGTS dos dois últimos meses, ou extrato<br />

bimestral atualizado da conta vinculada e o comprovante <strong>de</strong> recolhimento dos<br />

valores relativos ao mês da rescisão, imediatamente anterior se não houve<br />

recolhimento e o da multa rescisória (50%), no caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida sem justa causa<br />

ainda que indireta pelo empregador<br />

- Carta <strong>de</strong> Preposto;<br />

- Carteira <strong>de</strong> Trabalho e Previdência Social do empregado <strong>de</strong>vidamente<br />

assinada e atualizada;<br />

- Livro ou Ficha <strong>de</strong> “Registro <strong>de</strong> Empregados”;<br />

- Termo <strong>de</strong> Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Trabalho;<br />

- Comunicação <strong>de</strong> Dispensa – CD;<br />

- Cópia do acordo coletivo ou da convenção coletiva <strong>de</strong> trabalho ou<br />

sentença normativa, se houver;<br />

- Exame médico <strong>de</strong>missional;<br />

- Comprovante do aviso prévio ou do pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão;<br />

- Demonstrativo das parcelas variáveis consi<strong>de</strong>radas para fins <strong>de</strong> cálculo<br />

dos valores <strong>de</strong>vidos a rescisão contratual;<br />

- Prova bancária <strong>de</strong> quitação, se for o caso.


42<br />

3. ESTUDO DE CASO<br />

Para a realização <strong>de</strong>ste trabalho optou-se num primeiro momento, pela<br />

pesquisa bibliográfica para a construção <strong>de</strong> um referencial teórico. Num segundo<br />

momento tornou-se necessária uma confrontação entre o referencial teórico e a<br />

realida<strong>de</strong> da empresa pesquisada. Para tanto, foi realizada uma pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

em que foi utilizada como instrumento <strong>de</strong> análise a entrevista, no qual foram feitas<br />

perguntas abertas, para que as pessoas entrevistadas tivessem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se expressarem em suas respostas.<br />

No entanto, foi agendada uma entrevista com a responsável do setor <strong>de</strong><br />

Recursos Humanos e também com a responsável do setor <strong>de</strong> <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>pessoal</strong>, a fim <strong>de</strong> analisar as respostas e verificar o que as mesmas relatam a<br />

respeito das ativida<strong>de</strong>s realizadas pela empresa nestes setores e se esse dia-a-dia<br />

se aproxima das referências citadas no capítulo anterior <strong>de</strong>ste estudo.<br />

3.1 Agroindústria Pesquisada S/A<br />

A empresa fica localizada na região sul <strong>de</strong> Santa Catarina. Tem como<br />

objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda por produtos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e com mão <strong>de</strong> obra<br />

agregada para o Mercado Japonês e Europeu bem como parte <strong>de</strong> sua produção<br />

para o Mercado Interno.<br />

Foram investidos R$ 12 milhões <strong>de</strong> reais na empresa que está instalada<br />

em um terreno <strong>de</strong> 12 ha e possui 6.500 m² <strong>de</strong> área construída. Entrou em operação<br />

gerando 250 empregos diretos e hoje opera com 1400 empregos diretos e mais uma<br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> indiretos. O complexo é formado por: abatedouro, fábrica <strong>de</strong> rações e<br />

conjunto <strong>de</strong> integração constituído por 138 criadores integrados.<br />

A organização vem se <strong>de</strong>stacando no segmento <strong>de</strong> frangos, possuindo<br />

forte presença na linha <strong>de</strong> cortes <strong>de</strong> frango e <strong>de</strong>sossados, impulsionando a<br />

exportação que se sobressai em diversos mercados internacionais pelo<br />

reconhecimento da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos. Com a ampliação <strong>de</strong> seus negócios


43<br />

e investimentos na qualida<strong>de</strong> dos produtos, em pouco tempo a marca da empresa<br />

passou a ser sinônimo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> em carnes <strong>de</strong> aves "in natura" no mercado<br />

Japonês e Brasileiro.<br />

No início <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, o abate era <strong>de</strong> 3,5 mil aves/dia, após 3 anos<br />

está abatendo 40 mil aves/dia e com projeto <strong>de</strong> abater 120 mil aves/dia em poucos<br />

anos. Parte da produção (35%) abastece os mercados nacionais bem como indústria<br />

<strong>de</strong> embutidos dos estados <strong>de</strong> Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul. A outra parte (65%) da produção <strong>de</strong> cortes é <strong>de</strong>stinada ao mercado externo<br />

sendo: Japão, Hong-Kong, China, Dubai, Qatar, Bahrain, Iraque, Vietnã e em breve<br />

Comunida<strong>de</strong> Europeia.<br />

Apesar do pouco tempo <strong>de</strong> existência da empresa, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

aconteceu <strong>de</strong> forma surpreen<strong>de</strong>nte, pois conta com diretores que possuem gran<strong>de</strong><br />

experiência no mercado, fator este que reforça a marca e principalmente a qualida<strong>de</strong><br />

dos produtos. Qualida<strong>de</strong> esta que a diferencia e que reflete na gran<strong>de</strong> preocupação<br />

em fazer sempre o melhor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a qualida<strong>de</strong> dos pintinhos até o produto final.<br />

3.2 I<strong>de</strong>ntificar as principais ativida<strong>de</strong>s realizadas pelos setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong><br />

<strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> em uma agroindústria<br />

Por meio <strong>de</strong> entrevista com as responsáveis dos setores <strong>de</strong> <strong>recursos</strong><br />

<strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, foi possível i<strong>de</strong>ntificar as ativida<strong>de</strong>s realizadas<br />

pelo mesmo na empresa.<br />

Para enten<strong>de</strong>rmos melhor a organização, foi verificado que os<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong>s <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> exercem<br />

ativida<strong>de</strong>s diferenciadas, pois segundo as entrevistadas, é a melhor forma para<br />

aten<strong>de</strong>r os 1400 funcionários, assim, separando a parte <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas com<br />

o RH e a parte burocrática com o DP.<br />

O setor <strong>de</strong> RH é composto por dois funcionários, sendo que, quando<br />

questionada sobre as ativida<strong>de</strong>s que exerciam respon<strong>de</strong>u: recrutamento e seleção,<br />

motivação, treinamento, atendimento ao colaborador com a psicóloga, benefícios,<br />

eventos e também, estão implantando a ouvidoria. Sobre cargos e salários, a


44<br />

mesma respon<strong>de</strong>u que a empresa não tem projeto <strong>de</strong>finido, mas com previsões<br />

futuras.<br />

O setor <strong>de</strong> <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> já possui mais empregados, sendo<br />

composto por quatro pessoas e respon<strong>de</strong>u que as ativida<strong>de</strong>s que exercem são:<br />

admissão, cartão ponto, folha <strong>de</strong> pagamento, férias, rescisão, informativos fe<strong>de</strong>rais,<br />

afastamento <strong>de</strong> funcionário, ação trabalhista, e <strong>de</strong>mais ativida<strong>de</strong>s se forem<br />

necessárias.<br />

Conforme as entrevistadas, os dois setores são vistos pelos empregados<br />

como forma <strong>de</strong> apoio ao mesmo, possibilitando a eles bem-estar e confiança no<br />

trabalho. Mas quando questionadas sobre a maior dificulda<strong>de</strong> do setor, as duas<br />

foram unânimes, dizendo que era o atendimento aos funcionários e a rotativida<strong>de</strong>.<br />

Para melhor aten<strong>de</strong>r os empregados, o RH procura sempre realizar<br />

pesquisa <strong>de</strong> clima, conversas informais e também reunião com os colaboradores<br />

para saber o que lhe agradam. O DP <strong>de</strong>ve estar sempre atualizado, conforme a<br />

responsável relatou, pois os funcionários questionam muito sobre suas verbas e o<br />

setor <strong>de</strong>ve estar bem preparado para atendê-los. Portando, estão sempre<br />

participando <strong>de</strong> cursos, palestras, treinamentos e muita leitura.<br />

3.3 Comparar as principais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>pessoal</strong> com os conceitos pesquisados<br />

3.3.1 Recrutamento e Seleção<br />

Como rotina <strong>de</strong> admissão <strong>de</strong> empregados na empresa, o recrutamento e<br />

seleção está envolvido no setor <strong>de</strong> RH, sendo que na organização são duas<br />

pessoas responsáveis por esta tarefa. Por se tratar <strong>de</strong> uma empresa que tem a<br />

rotativida<strong>de</strong> elevada, a rotina <strong>de</strong> entrevistas e seleção é feita diariamente.<br />

O processo <strong>de</strong> recrutamento começa pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> para<br />

cada <strong><strong>de</strong>partamento</strong>. Cada encarregado preenche uma MP (Movimentação <strong>de</strong><br />

Pessoal) informando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários que está precisando para o seu


45<br />

setor. Preenchida a MP, logo é encaminhada para a Gerente <strong>de</strong> Produção, que<br />

autoriza a contratação <strong>de</strong>ssa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregados.<br />

O mesmo procedimento ocorre para o setor administrativo, o gerente do<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> preenche a MP informando da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> admissão e a mesma<br />

é encaminhada para o Diretor Administrativo, que autoriza a contratação dos<br />

empregados.<br />

Após os gerentes e diretores autorizarem as contratações, esta MP é<br />

encaminhada ao setor <strong>de</strong> RH, que é o setor responsável pelo recrutamento da<br />

empresa.<br />

A organização divulga suas vagas <strong>de</strong> emprego através <strong>de</strong> jornais, internet<br />

e mantém contato freqüente com as prefeituras da região. As vagas são divulgadas<br />

também, quando necessário, na própria empresa, assim atraindo os próprios<br />

funcionários para o cargo disponível e também para que os mesmos divulguem as<br />

vagas para terceiros.<br />

Os candidatos das vagas vão até a empresa e preenchem a “ficha <strong>de</strong><br />

solicitação <strong>de</strong> emprego”, que serão analisadas pelo setor do RH. Aprovada as<br />

“fichas” os candidatos são chamados para uma entrevista com a psicóloga da<br />

empresa. Feito a primeira entrevista com a psicóloga e aprovado, o candidato realiza<br />

a segunda entrevista com o gerente ou encarregado do setor.<br />

Após ter passado pelas duas entrevistas, o gerente e/ou encarregado<br />

juntamente com a psicóloga, selecionam os candidatos aprovados nas entrevistas. A<br />

<strong>de</strong>cisão final <strong>de</strong> aceitar ou não o candidato é dos gerentes responsáveis pelo setor<br />

ou em alguns casos, da diretoria. A empresa não realiza nenhuma prova ou teste<br />

com o candidato, somente entrevistas.<br />

O candidato aprovado nas duas entrevistas e selecionado para a vaga<br />

que está em aberto, é encaminhado para o exame médico admissional. Esses<br />

exames são analisados pelo médico da própria empresa, que está diariamente na<br />

organização para aten<strong>de</strong>r os empregados.<br />

Após ser aprovado nas entrevistas e no exame médico admissional, o<br />

candidato retorna ao RH para que seja orientado quanto a sua data <strong>de</strong> admissão,<br />

salário, horário <strong>de</strong> trabalho, entre outros. E <strong>de</strong>pois é encaminhado ao <strong><strong>de</strong>partamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> para ser entregue a documentação exigida pela empresa.


46<br />

3.3.2 Cargos e Salários<br />

A empresa ainda não possui uma estrutura certa <strong>de</strong> cargos e salários,<br />

pois como é nova no mercado, este projeto ainda está em andamento. Como base<br />

<strong>de</strong> salários e remuneração para alguns cargos como os <strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> produção, o<br />

salário é o convencionado pelo sindicato. Já para os cargos superiores e do setor<br />

administrativo, o sindicato não faz nenhuma restrição, então a base da empresa são<br />

salários em comparação com outras entida<strong>de</strong>s.<br />

Abaixo segue a estrutura <strong>de</strong> cargos atualmente da empresa. Segundo a<br />

entrevistada, a organização está em processo <strong>de</strong> ampliação com isso po<strong>de</strong>ndo<br />

alterar esta composição <strong>de</strong> cargos.


47<br />

Diretor<br />

Presi<strong>de</strong>nte<br />

Diretor<br />

ADM<br />

Diretor<br />

Comercial<br />

Gerente<br />

Financeiro<br />

Gerente<br />

Contábil<br />

Gerente<br />

Compras<br />

Gerente<br />

RH<br />

Gerente<br />

Pessoal<br />

SESMT<br />

Gerente<br />

Comercial<br />

Auxiliares<br />

Analista<br />

Fiscal<br />

Auxiliar Psicólogas Auxiliares<br />

Técnico<br />

Segurança<br />

Gerente<br />

PCP<br />

Auxiliar<br />

Ambulatório<br />

Auxiliares<br />

Fiscal<br />

Comercial<br />

Médico<br />

Enf ermeiras<br />

Fisioterapeuta<br />

Gerente<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

SIF<br />

Gerente<br />

Produção<br />

Médico<br />

v eterinário<br />

Auxiliares<br />

Fiscal<br />

Fe<strong>de</strong>ral<br />

Auxiliar<br />

Controle<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

Produção<br />

Ração<br />

Gerente<br />

Produção<br />

Supervisores<br />

Colaboradores<br />

Programador<br />

Colaboradores<br />

Veterinário<br />

Biólogos<br />

Auxiliar<br />

Figura 1: Organograma<br />

Fonte: Empresa Pesquisada


48<br />

3.3.3 Treinamento<br />

Ao iniciar suas ativida<strong>de</strong>s na empresa, o empregado recebe treinamento<br />

para realizar sua função, tanto para empregados da produção, como os empregados<br />

do setor administrativo.<br />

Para os empregados da produção o treinamento é mais intenso, pois<br />

trata-se do produto a ser vendido, a manipular máquinas e equipamentos e por ter<br />

um controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> bem rigoroso. Já para os empregados do setor<br />

administrativo, geralmente quando contratados os mesmos já possuem certa<br />

experiência sobre a ativida<strong>de</strong> que irá realizar. Então o treinamento é mais leve.<br />

Devido à concorrência muito gran<strong>de</strong> na região para este ramo <strong>de</strong><br />

agroindústria, a empresa procura sempre oferecer treinamento para os empregados<br />

que possuem alguma dificulda<strong>de</strong> em realizar seu trabalho, ou até mesmo para que<br />

possa realizar outras ativida<strong>de</strong>s e crescerem profissionalmente.<br />

Os gerentes observam os empregados que precisam <strong>de</strong>sta orientação, ou<br />

até mesmo os próprios empregados os procuram para solicitar algum treinamento<br />

específico.<br />

A empresa organiza esses cursos, palestras que, geralmente são<br />

realizados na própria se<strong>de</strong>, ou em casos mais específicos, paga para que seus<br />

funcionários realizem os mesmos fora da unida<strong>de</strong>.<br />

3.3.4 Motivação<br />

A empresa preocupa-se muito com o bem-estar do funcionário, <strong>de</strong>vido à<br />

mão <strong>de</strong> obra ser muito escassa e a rotativida<strong>de</strong> muito alta, a organização <strong>de</strong>ve estar<br />

atenta aos funcionários para mantê-los sempre estimulados ao serviço.<br />

Para que a produção alcance os resultados esperados e que o trabalho<br />

seja efetuado <strong>de</strong> forma eficiente, a empresa vem se preocupando com a satisfação<br />

do empregado, pois tendo um funcionário satisfeito com a empresa o mesmo terá<br />

mais motivação para exercer sua função.


49<br />

Conforme conversado com a gestora <strong>de</strong> RH, a empresa a cada 15<br />

(quinze) dias faz um café com alguns funcionários e o diretor presi<strong>de</strong>nte da<br />

empresa. São selecionados em média 10 funcionários para cada reunião e os<br />

mesmos se reúnem com o diretor presi<strong>de</strong>nte para discutirem sobre o que po<strong>de</strong><br />

melhorar na empresa.<br />

Nessa reunião são levantados pontos como, o tratamento do encarregado<br />

e gerente com os funcionários como também assuntos sobre benefícios, refeitório,<br />

enfermaria, treinamentos, eventos, o dia-a-dia no serviço, entre outros.<br />

Segundo a psicóloga, essas reuniões têm ajudado muito para o<br />

crescimento da empresa, sendo que neste momento o empregado tem a liberda<strong>de</strong><br />

para expor sua opinião, fazendo com que a diretoria se envolva mais com o setor<br />

produtivo e facilitando o acesso com os mesmos.<br />

A empresa possui um refeitório, sendo que todos os empregados<br />

almoçam ou jantam na entida<strong>de</strong>. Este refeitório é <strong>de</strong> uma empresa terceirizada,<br />

possui duas nutricionistas e uma equipe <strong>de</strong> cozinheiras e auxiliares para que o<br />

empregado tenha uma alimentação compatível com o serviço realizado.<br />

O refeitório possui um Buffet e a cada dia é feito um cardápio<br />

diferenciado, com direito a sobremesa. Em reuniões com a diretoria, muitas vezes<br />

são discutidos qual o cardápio que o colaborador gostaria que fosse implantado,<br />

sendo que alguns funcionários, já comentaram que na maioria das vezes se<br />

alimentam melhor na empresa do que em sua própria casa.<br />

Devido à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregados e a ativida<strong>de</strong> exercida, na<br />

organização possui uma enfermaria, composta por um médico que fica na empresa<br />

por 6 horas, um fisioterapeuta com a carga horária <strong>de</strong> 8 horas e duas enfermeiras<br />

sendo uma para cada turno.<br />

Sempre que algum funcionário se sentir mal, faltar ao serviço por motivo<br />

<strong>de</strong> doença, ou até mesmo uma pequena consulta médica, a empresa conta com<br />

estes funcionários capacitados para aten<strong>de</strong>r seus colaboradores.<br />

Visando a saú<strong>de</strong> do empregado, é realizada diariamente pelo o<br />

fisioterapeuta a ginástica laboral, para assim motivar e também para que o<br />

funcionário disperse um pouco da sua rotina <strong>de</strong> trabalho, tendo então um momento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scontração.


50<br />

O setor <strong>de</strong> RH está sempre envolvido com as <strong>de</strong>cisões que afetam os<br />

colaboradores da empresa. A psicóloga está sempre em contato com os<br />

funcionários, realizando pesquisa <strong>de</strong> clima, conversas informais, eventos,<br />

motivando-os para que o funcionário não <strong>de</strong>sanime e possa realizar seu trabalho<br />

com mais eficiência.<br />

Com o crescimento da empresa e o aumento do número <strong>de</strong> funcionários,<br />

o atendimento a eles também houve uma elevação, fazendo com que seja<br />

implantada a ouvidoria. Através da ouvidoria, o empregado terá mais uma<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato com a diretoria e mais liberda<strong>de</strong> para expor sua opinião.<br />

Até o momento da entrevista com a empresa, este projeto ainda não tinha<br />

sido implantado, mas com previsão <strong>de</strong> até 10/2010, quando é a data base do<br />

sindicato, já esteja aten<strong>de</strong>ndo os funcionários.<br />

3.3.5 Admissão<br />

Após o candidato passar por todos os processos <strong>de</strong> entrevistas e seleção,<br />

o mesmo é encaminhado para o <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, para que se faça<br />

possível a admissão. A empresa exige alguns documentos como:<br />

- CTPS - Carteira do Trabalho e Previdência Social;<br />

- ASO - Atestado Médico Ocupacional;<br />

- Foto 3x4;<br />

- Cópia do comprovante <strong>de</strong> residência;<br />

- Cópia do CPF, RG e Título Eleitoral;<br />

- Cópia do cartão do banco com o número da conta, para que faça o<br />

<strong>de</strong>pósito do pagamento;<br />

- Cartão ou número do PIS;<br />

- Cópia da certidão <strong>de</strong> nascimento dos filhos menores <strong>de</strong> 14 anos;<br />

- Cópia do cartão <strong>de</strong> vacinação dos menores <strong>de</strong> 7 anos;<br />

- Atestado <strong>de</strong> matrícula e frequência escolar semestral dos maiores <strong>de</strong> 7<br />

anos; - Cópia do certificado <strong>de</strong> reservista, quando maior <strong>de</strong> 18 anos;<br />

- Cópia da certidão <strong>de</strong> casamento.


51<br />

O <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> com a documentação do empregado realiza o<br />

cadastro no sistema, preenche a carteira profissional com o cargo, a data <strong>de</strong><br />

admissão, salário e carimbo da empresa, anotando também o período do contrato<br />

<strong>de</strong> experiência.<br />

Feito isso, é impresso a ficha <strong>de</strong> empregados, <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para o salário família, <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> vale transporte, autorização para<br />

<strong>de</strong>sconto em folha <strong>de</strong> pagamento e o contrato <strong>de</strong> experiência para que o mesmo<br />

possa assinar.<br />

Devido às contratações serem em gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s e diariamente, a<br />

empresa sente certa dificulda<strong>de</strong> para entregar as documentações no prazo<br />

estipulado pelo Ministério do Trabalho. Mas sempre procurando respeitar o máximo<br />

este prazo para evitar fiscalizações e/ou multas.<br />

3.3.6 Folha <strong>de</strong> Pagamento<br />

Na empresa, o pagamento é <strong>de</strong>positado todo 5° (quinto) dia útil <strong>de</strong> cada<br />

mês. Por se tratar <strong>de</strong> uma empresa com muitos funcionários, a folha é paga através<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito bancário. Quando existe alguma irregularida<strong>de</strong> na folha, é <strong>de</strong>positado<br />

até o dia 10 em folha complementar.<br />

No dia 25 <strong>de</strong> cada mês o cartão ponto é impresso para que os<br />

empregados possam conferir e anotar possíveis erros, tendo os empregados dois<br />

dias para realizar a conferência e anotações.<br />

Nesse período que os funcionários estão conferindo o cartão ponto, o<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> está realizando os lançamentos para a folha <strong>de</strong><br />

pagamento. Passados os dois dias, o cartão é <strong>de</strong>volvido para que o DP possa<br />

corrigir os erros, sendo impresso novamente e entregue aos empregados para nova<br />

conferência do mesmo.<br />

Agora, os empregados têm somente um dia para conferir o cartão ponto e<br />

entregar novamente para o DP. Feito a segunda conferência do ponto, o DP corrige<br />

novamente no sistema e calcula a folha <strong>de</strong> pagamento, sendo realizado geralmente<br />

este cálculo no dia 30.


52<br />

É impresso um extrato da folha para que possa conferir todos os<br />

proventos e <strong>de</strong>scontos dos empregados. Na folha é lançado como provento:<br />

adicional noturno, adicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong>, adicional <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong>, salário<br />

família, prêmio assiduida<strong>de</strong>, horas extras, entre outros. Como <strong>de</strong>sconto é lançado:<br />

INSS, IRRF, faltas e atrasos, <strong>de</strong>scontos sindicais, vale-transporte, empréstimo<br />

consignado, farmácia, pensão alimentícia, adiantamento salarial, entre outros.<br />

A folha <strong>de</strong> pagamento é impressa e entregue aos empregados no quinto<br />

dia útil do mês, é assinada ficando uma via para o funcionário e outra para empresa<br />

arquivar, ficando disponível para auditoria e/ou possíveis fiscalizações.<br />

3.3.7 Férias<br />

O <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> é quem faz o controle <strong>de</strong> férias dos<br />

empregados da empresa. Todo dia primeiro <strong>de</strong> cada mês é impresso uma relação<br />

<strong>de</strong> todos os funcionários que estão com férias vencidas e repassadas para seus<br />

encarregados.<br />

O responsável pelo setor recebe a “Programação <strong>de</strong> Férias” dos<br />

funcionários do seu <strong><strong>de</strong>partamento</strong>, para que possa organizar as férias <strong>de</strong> cada<br />

empregado. É o encarregado do setor que programa as férias <strong>de</strong> cada funcionário,<br />

repassando para a gerência ou diretoria aprovar.<br />

Quando aprovada esta programação, é encaminhado novamente para o<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> lançar no sistema. Com 40 dias <strong>de</strong> antecedência, o<br />

sistema emite um aviso comunicando que está chegando às férias do empregado<br />

programado. O <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> encaminha novamente essa Programação<br />

<strong>de</strong> Férias para o responsável do setor, e o mesmo <strong>de</strong>ve preencher a MP<br />

confirmando que o empregado entrará em gozo <strong>de</strong> férias. O DP somente fará o<br />

cálculo das férias se tiver em mãos a MP preenchida e assinada pelos responsáveis.<br />

Nesta MP é informado o nome do empregado, setor e os dias que terá<br />

direito <strong>de</strong> gozo, 20 dias com abono <strong>de</strong> 10 dias ou 30 dias direto. O encarregado<br />

assina e repassa para gerência autorizar essas férias. No caso do setor


53<br />

administrativo, é a diretoria que autoriza as férias dos empregados. Após assinada a<br />

MP, é encaminhado para o DP provi<strong>de</strong>nciar a documentação necessária.<br />

Com a MP em mãos e <strong>de</strong>vidamente assinada, o DP emite o aviso <strong>de</strong><br />

férias dos empregados com 30 dias <strong>de</strong> antecedência, logo o funcionário é<br />

encaminhado até DP para assinar o aviso <strong>de</strong> férias.<br />

Para o cálculo das férias, é verificado se o empregado possui alguma falta<br />

que ocasione a perda <strong>de</strong> alguns dias <strong>de</strong> direito ou até mesmo a perda total do direito<br />

às férias. Na empresa pesquisada, é bastante comum ocorrer esta situação, <strong>de</strong><br />

perda <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> férias, <strong>de</strong>vido aos funcionários terem muitas faltas injustificadas ao<br />

serviço.<br />

Após assinado o aviso <strong>de</strong> férias, com dois dias <strong>de</strong> antecedência ao gozo<br />

o empregado é encaminhado novamente para o DP para assim assinar o recibo <strong>de</strong><br />

férias. Neste recibo, é pago o valor <strong>de</strong> direito com o adicional <strong>de</strong> 1/3 <strong>de</strong>ste valor,<br />

sendo <strong>de</strong>scontados os encargos sociais <strong>de</strong>vidos.<br />

O pagamento das férias é feito através <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito bancário e com dois<br />

dias <strong>de</strong> antecedência, como prevê na lei.<br />

3.3.8 Rescisão<br />

Devido à rotativida<strong>de</strong> ser muito alta, na empresa a rescisão <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong><br />

trabalho acontece diariamente, fazendo com que tenha uma pessoa responsável<br />

somente para esta função.<br />

Na empresa pesquisada, os motivos mais comuns <strong>de</strong> rescisão são:<br />

→ Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência Antecipado pelo Empregado;<br />

→ Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência Antecipado pelo Empregador;<br />

→ Rescisão por Término <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência;<br />

→ Demitido Sem Justa Causa;<br />

→ Pedido <strong>de</strong> Demissão Sem Justa Causa;<br />

→ Demissão por Justa Causa;<br />

→ Abandono <strong>de</strong> Emprego.


54<br />

Motivo <strong>de</strong> Rescisão<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência Antecipado pelo Empregado 42<br />

Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência Antecipado pelo Empregador 7<br />

Rescisão por Término <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência 18<br />

Demitido Sem Justa Causa 3<br />

Pedido <strong>de</strong> Demissão Sem Justa Causa 21<br />

Demissão por Justa Causa 2<br />

Abandono <strong>de</strong> Emprego 9<br />

Total 102<br />

Quadro 2: Quantida<strong>de</strong> s <strong>de</strong> Rescisões<br />

Fonte: Empresa Pesquisada (09/2010)<br />

Como <strong>de</strong>monstrado acima, ocorre muitas rescisões na empresa. O<br />

período informado para a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rescisões relacionadas ocorreu em<br />

01/09/2010 a 30/09/2010, e segundo a empresa a média <strong>de</strong> rescisões em outros<br />

meses também é esta, com a tendência <strong>de</strong> aumentar os números <strong>de</strong>vido ao<br />

aumento do quadro <strong>de</strong> funcionários.<br />

Percebe-se que nos números mostrados, os motivos <strong>de</strong> rescisões <strong>de</strong><br />

contratos <strong>de</strong> trabalho que se <strong>de</strong>stacam são Rescisão <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência<br />

Antecipado pelo Empregado, Rescisão por Término <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Experiência e<br />

Pedido <strong>de</strong> Demissão Sem Justa Causa, visto que os contratos <strong>de</strong> trabalho na<br />

maioria das vezes não ultrapassam o período <strong>de</strong> experiência.<br />

Nota-se também um número elevado para o motivo <strong>de</strong> rescisão por<br />

abandono <strong>de</strong> emprego, que conforme a empresa informou, acontece rescisão todos<br />

os meses por este motivo.<br />

Em geral, os números <strong>de</strong>monstram que as rescisões que se <strong>de</strong>stacam<br />

são por iniciativa do empregado, sendo que por iniciativa da empresa a quantida<strong>de</strong> é<br />

menor.<br />

Como acontece na admissão e nas férias, a rescisão também é<br />

comunicada ao <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> através <strong>de</strong> MP.<br />

O empregado comunica o seu encarregado que está saindo da empresa,<br />

o mesmo preenche a MP e assina, após é entregue para a gerência assinar e<br />

encaminhada ao <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> junto com o funcionário.


55<br />

Para pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão, o sindicato da categoria permite o cumprimento<br />

do aviso prévio em apenas 10 dias. O empregado que cumprir os 10 dias <strong>de</strong> aviso é<br />

liberado, para os que não cumprirem este prazo, o mesmo é <strong>de</strong>scontado da<br />

rescisão.<br />

Este procedimento também ocorre quando a empresa <strong>de</strong>mite o<br />

empregado. O colaborador é comunicado sobre a <strong>de</strong>missão pelo gerente, é feito a<br />

MP e assinada pelo encarregado e gerência sendo entregue para o <strong><strong>de</strong>partamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>. Neste caso, ao aviso prévio sempre é in<strong>de</strong>nizado e o funcionário<br />

também é encaminhado ao <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>.<br />

O processo <strong>de</strong> rescisão por abandono <strong>de</strong> emprego é um pouco diferente.<br />

O <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> verifica os empregados que estão com mais <strong>de</strong> 30 dias<br />

com faltas e entra em contato com o mesmo via telefone. Após o fato, se o<br />

funcionário não comparecer na empresa no prazo informado, é enviado uma carta<br />

AR para o mesmo. Aguardado o período informado na carta e o empregado não<br />

comparecendo na empresa, é realizada a rescisão por abandono <strong>de</strong> emprego. Neste<br />

caso é o DP que emite a MP e entrega para o encarregado e gerente assinar.<br />

Com as Mps em mãos e <strong>de</strong>vidamente assinadas, o DP provi<strong>de</strong>ncia a<br />

documentação necessária para rescisão.<br />

Para todos os motivos <strong>de</strong> rescisões, o funcionário é encaminhado para o<br />

<strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>, para que o aviso prévio e o cartão ponto seja impresso na<br />

mesma hora e assinado pelo mesmo. Após assinado, o empregado é orientado para<br />

o dia em que <strong>de</strong>ve comparecer na empresa ou no sindicado, caso tenha mais <strong>de</strong> 3<br />

meses <strong>de</strong> empresa, para receber suas verbas rescisórias.<br />

Assinado o cartão ponto e aviso, o funcionário é encaminhado para o<br />

Exame Médico Demissional, entrega dos EPIs – Equipamentos <strong>de</strong> Proteção<br />

Individual e entrevista <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento com a psicóloga. Feito todos esses<br />

processos o empregado é liberado e retorna somente no dia marcado para receber a<br />

verbas <strong>de</strong>vidas.<br />

O sindicato da categoria da empresa prevê que todos os empregados<br />

com mais <strong>de</strong> 3 meses <strong>de</strong> serviço prestado, <strong>de</strong>vem homologar a rescisão na se<strong>de</strong> do<br />

sindicato on<strong>de</strong> receberá suas verbas rescisórias. Para os que possuem menos <strong>de</strong> 3<br />

meses, po<strong>de</strong>m receber as verbas e assinar a documentação na própria empresa.


56<br />

Para as rescisões <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho, as verbas são pagas via<br />

<strong>de</strong>pósito bancário no dia marcado para comparecimento no sindicato. Sendo assim,<br />

a empresa corre o risco <strong>de</strong> o funcionário não comparecer para homologar a<br />

rescisão. Quando acontece <strong>de</strong> o empregado não comparecer no sindicato para<br />

homologar a rescisão, o mesmo faz uma ressalva no verso do Termo <strong>de</strong> Rescisão<br />

do Contrato <strong>de</strong> Trabalho dizendo que o funcionário não compareceu para homologar<br />

e assinar a documentação <strong>de</strong>vida, mas que as verbas <strong>de</strong>vidas estão <strong>de</strong>positadas<br />

para o mesmo.<br />

Quando homologado a rescisão no sindicato, são exigidas as<br />

documentações abaixo:<br />

→ Aviso prévio (2 vias);<br />

→ Cartão Ponto (2 vias);<br />

→ Termo <strong>de</strong> Rescisão do Contrato <strong>de</strong> Trabalho (para pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão e<br />

<strong>de</strong>mitido com justa causa em 4 vias e para <strong>de</strong>mitido sem justa causa em 5 vias);<br />

→ Extrato do FGTS (para <strong>de</strong>mitido sem justa causa, 2 vias);<br />

→ Multa do FGTS (para <strong>de</strong>mitido sem justa causa, 2 vias);<br />

→ Demonstrativo da multa do FGTS (para <strong>de</strong>mitido sem justa causa, 2 vias);<br />

→ Comunicação à Caixa Econômica (para <strong>de</strong>mitido sem justa causa, 2 vias);<br />

→ Seguro Desemprego (para <strong>de</strong>mitido sem justa causa);<br />

→ PPP – Perfil Profissiográfico Profissional (2 vias);<br />

→ Exame Médico Demissional (2 vias);<br />

→ Comprovante do Depósito das verbas rescisórias (2 vias).<br />

Para os motivos <strong>de</strong> rescisão que são realizados os pagamentos das<br />

verbas na empresa, neste caso os motivos em contrato <strong>de</strong> experiência, tanto o<br />

empregado como a empresa que antecipar o contrato, é in<strong>de</strong>nizado em rescisão<br />

50% dos dias que faltam para terminar o contrato.<br />

3.4 Sugestões <strong>de</strong> Melhorias<br />

Com base nos resultados obtidos no estudo <strong>de</strong> caso, po<strong>de</strong>-se concluir<br />

que as rotinas <strong>de</strong> trabalho do setor <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong>


57<br />

da empresa estão <strong>de</strong> acordo com os conceitos teóricos pesquisados. Porém,<br />

percebeu-se que existem algumas divergências entre o prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução dos<br />

documentos aos funcionários e o prazo legal para tal procedimento, exce<strong>de</strong>ndo em<br />

alguns casos.<br />

Diante do exposto, verificou-se que é possível realizar melhorias no que<br />

se refere à questão da entrega <strong>de</strong> documentos <strong>de</strong> admissão, conforme prevê a<br />

legislação. A empresa po<strong>de</strong> realizar métodos que influenciem os empregados a<br />

retirarem suas carteiras <strong>de</strong> trabalho diante ao <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> ou contratar<br />

pessoas qualificadas para tal função.<br />

Verificou-se, também, que na empresa existe um projeto <strong>de</strong> implantação<br />

<strong>de</strong> cargos e salários. No entanto não foi dado prosseguimento ao mesmo. Sugere-se<br />

à continuida<strong>de</strong> do projeto já existente, pois se acredita que a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

visualização do crescimento <strong>de</strong> cada profissional na empresa e do seu ganho<br />

financeiro, resulte em uma expectativa positiva.


58<br />

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Os estudos feitos para a elaboração <strong>de</strong>ste trabalho permitiram reafirmar<br />

conhecimentos adquiridos no <strong>de</strong>correr do curso <strong>de</strong> ciências contábeis,<br />

oportunizando a busca <strong>de</strong> novos aprimoramentos que auxiliarão no dia-a-dia da<br />

profissão.<br />

O principal objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi relacionar os conceitos das principais<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Recursos Humanos e do <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> com o dia-a-dia da<br />

entida<strong>de</strong> pesquisada. Po<strong>de</strong>-se verificar que a empresa cumpre com as exigências<br />

legais e encontra-se ajustada em todos os setores.<br />

No <strong>de</strong>correr da pesquisa, foi possível verificar a importância dos setores<br />

<strong>de</strong> Recursos Humanos e <strong><strong>de</strong>partamento</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> na organização, contemplando<br />

as análises dos métodos <strong>de</strong> trabalhos praticados na empresa, os conceitos teóricos<br />

e alguns direitos trabalhistas apresentados.<br />

Para o bom <strong>de</strong>sempenho da pesquisa, foram realizadas diversas<br />

entrevistas com as responsáveis <strong>de</strong> cada seção, pô<strong>de</strong>-se perceber uma<br />

preocupação constante com a participação, bem como o bem estar e a qualificação<br />

<strong>de</strong> todos os colaboradores. Po<strong>de</strong>mos citar como exemplo o projeto <strong>de</strong> implantação<br />

<strong>de</strong> ouvidoria, disponibilizando um canal aberto entre a empresa e os funcionários,<br />

por meio <strong>de</strong> críticas e sugestões, viabilizando uma interferência positiva e<br />

conseqüentemente oportunizando melhorias em toda a organização.<br />

Vale ressaltar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um acompanhamento constante no<br />

âmbito das atualizações da legislação trabalhista e a reciclagem <strong>de</strong> métodos das<br />

rotinas <strong>de</strong> trabalho, procurando sempre a excelência nos assuntos que envolvem<br />

todos os funcionários da empresa.<br />

Assim, a empresa possui infra-estrutura a<strong>de</strong>quada para não incorrer em<br />

erros que possam <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar <strong>de</strong>spesas inesperadas. Para tanto é imprescindível<br />

a participação efetiva <strong>de</strong> todos os colaboradores da empresa respeitando e seguindo<br />

a normatização estabelecida. Resultado: setor <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> <strong>humanos</strong> e <strong><strong>de</strong>partamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>pessoal</strong> em estágio <strong>de</strong> excelência.<br />

Uma vez finalizado este estudo, e com o resultado das informações<br />

coletadas, conclui-se que todos os objetivos propostos foram alcançados. É


59<br />

relevante salientar sobre a importância <strong>de</strong> estudar, conhecer e construir o<br />

conhecimento. Porém, <strong>de</strong>ixando claro que o assunto exposto no presente trabalho<br />

possibilita novos estudos, não encerrando o tema neste momento.


60<br />

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