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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
| Directora: Sandra Ferreira CICC nº 28 | Ano: XX | N.º: 200 | Dezembro 2014 | Mensal | Distribuição gratuita |<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
O Centro Lusitano de Zurich<br />
deseja a todos<br />
<strong>Boas</strong><br />
<strong>Festas</strong>!<br />
Desejamos aos nossos leitores,<br />
assinantes, anunciantes<br />
e colaboradores um Feliz Natal<br />
e um óptimo Ano Novo<br />
Campanha<br />
Livros grátis. Saiba como<br />
ganhar um...<br />
- pág. 11<br />
Direito<br />
Alguém de de pagar...!”<br />
pág. 14<br />
Saúde<br />
Doença Celíaca<br />
- A intolerância ao glúten<br />
- pág. 15
2 – Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Dezembro 2014<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />
Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />
Tel. Geral: 044 200 30 40<br />
Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />
Serviços sociais: 044 261 33 32<br />
Abertura de segunda a sexta-feira das<br />
08:30 às 14:30 horas<br />
Edição anterior<br />
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />
Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
Direcção<br />
044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />
Futebol<br />
_________________________________<br />
InCentro<br />
incentro@cldz.ch<br />
Publicidade<br />
076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />
Rancho folclórico<br />
076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />
Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Embaixada de Portugal<br />
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />
Secção consular: 031 351 17 73<br />
Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
Serviços municipais de informação para<br />
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />
Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />
Horário de atendimento:<br />
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />
Esta publicação não adopta<br />
o (des)Acordo Ortográfico<br />
www.ilcao.cedilha.net
Dezembro 2014 Editorial<br />
Lusitano de Zurique– 3<br />
A todos, <strong>Boas</strong> <strong>Festas</strong>!<br />
Nas últimas semanas os Jornais<br />
helvéticos e internacionais estavam<br />
concentrados no referendo.<br />
A Suíça voltou às urnas para votar<br />
entre outros temas, a migração.<br />
A Suíça é o país Europeu com<br />
mais crescimento demográfico na<br />
Europa, tem 8 milhões de habitantes<br />
e um quarto da população<br />
é estrangeira. Relativamente ao<br />
crescimento da população estrangeira<br />
os defensores do ECOPOP<br />
entendem que o equilíbrio ecológico<br />
foi destruido há muito tempo,<br />
por isso querem limitar o crescimento<br />
demográfico, começando<br />
por limitar a emigração e a mão-<br />
-de-obra estrangeira. As opiniões<br />
dividem-se em vários aspectos.<br />
Por um lado a Suíça é um país pequeno<br />
e com limitações. Por outro<br />
lado, a mão-de-obra estrangeira é<br />
indispensável para o crescimento<br />
económico. Há ramos que neces-<br />
sitam de mão-de-obra estrangeira<br />
porque esta na Suíça não<br />
existe.<br />
O NÃO dos suíços às 3 iniciativas<br />
é do agrado dos diversos partidos<br />
suíços, principalmente o da<br />
limitação da imigração. A decisão<br />
do povo é favorável à política<br />
suíça em todos os aspectos<br />
e vem reforçar as “costas” do<br />
Conselho Federal em Bruxelas<br />
para as próximas negociações.<br />
Armindo Alves - sub-director<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das<br />
Comunidades nº 31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Controlar a emigração é uma<br />
questão que está na ordem do<br />
dia e um quebra-cabeças de todos<br />
os partidos. O Povo quer o<br />
contrato com a EU mas não quer<br />
um emigração à deriva. Eles<br />
acham que se houver um certo<br />
controlo na emigração os ordenados<br />
e os trabalhadores mais<br />
velhos serão protegidos. Neste<br />
momento existe ainda uma certa<br />
insegurança sobre o tema de<br />
livre circulação de pessoas.<br />
O ano está a terminar mas o tema<br />
sobre a emigração e livre circulação<br />
de pessoas irá acompanhar-<br />
-nos no novo ano.<br />
O Natal aproxima-se a alta velocidade,<br />
resta-me a desejar um<br />
Bom Natal e um Próspero Ano<br />
novo a todos os leitores, sócios e<br />
colaboradores.<br />
Ficha técnica<br />
Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
Email: info@cldz.ch<br />
Administração<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Directora<br />
4Sandra Ferreira - CICC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4Armindo Alves - CICC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Redacção e Colaboração<br />
4Cristina Fernandes Alves CICC nº32<br />
4Maria José Bernardo CICC nº29<br />
4Pedro Nabais CICC nº 30<br />
4Joana Araújo CICC nº27<br />
4Jorge Rodrigues CICC nº33<br />
4Daniel Bohren4Zuila Messmer<br />
4Domingos Pereira4Marta Pérez<br />
4Mónica Carvalhais4Emília Farinha<br />
4Mendes Serafim4Manuel Beja<br />
4Carlos Esperança4Carmindo de Carvalho<br />
4Pedro Barroso4Carlos Ademar<br />
4Amadeu Homem 4Carlos Paz4<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessariamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
Outras fontes:<br />
Publicidade:<br />
mribatejo@hotmail.com<br />
Tel.: 076 379 67 27<br />
Edição, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.pt<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Esta publicação não adopta<br />
o (des)Acordo Ortográfico<br />
www.ilcao.cedilha.net<br />
Publicidade
4 – Lusitano de Zurique Dezembro 2014<br />
Festa da “família” do Futebol<br />
O departamento<br />
de<br />
futebol organizou<br />
a<br />
tradicional<br />
festa do<br />
fim da primeira<br />
volta<br />
das equipas<br />
da 4ª<br />
Pedro Nabais.<br />
liga e dos<br />
seniores<br />
juntamente com as respectivas<br />
famílias como forma de agradecimento<br />
da sua entrega e empenho<br />
durante esta ronda que terminou.<br />
Como têm vindo sempre a acontecer<br />
esta noite não serve só de<br />
agradecimento, mas também<br />
para que o convívio entre os jogadores<br />
e familiares seja uma<br />
forma de conhecimento mutuo<br />
especialmente este ano em que<br />
as caras novas nos planteis são a<br />
maioria, mas mesmo assim este<br />
facto não impediu que a franca<br />
camaradagem e o convívio estivessem<br />
presentes.<br />
Desejamos a todos um Santo e<br />
Feliz Natal e que o ano de 2015<br />
seja a realização dos vossos sonhos.
Dezembro 2014 Lusitano de Zurique– 5<br />
Amigos Lusitanos<br />
David Padela<br />
Como vem sendo habitual, mais uma<br />
vez os Amigos Lusitanos voltaram a<br />
encontrar-se. Foi então no dia 25 de<br />
Outubro que cerca de 120 Amigos<br />
Lusitanos se encontraram para mais<br />
uma vez confraternizar e alimentar a<br />
amizade que se vem mantendo ao<br />
longo dos seus já 8 anos consecutivos.<br />
O evento organizado pelos irmãos<br />
Pedro e Carlos Ribeiro, desta vez<br />
aconteceu nas novas instalações do<br />
restaurante Fabiana, mas sobre este<br />
prefiro não tecer mais nenhum comentário.<br />
A noite foi de uma saudável cavaqueira<br />
onde houve também lugar para um<br />
pezinho de dança e em que todos os<br />
presentes manifestaram o desejo de<br />
para o próximo ano repetirem.<br />
Aos irmãos Ribeiro deixo aqui os<br />
meus parabéns pela organização.
6 – Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Dezembro 2014<br />
Dezembro<br />
mês de balanço, mês de festa<br />
O Rancho Centro Lusitano de Zurique,<br />
encerra assim mais um ano das suas<br />
actividades, foi um ano muito especial,<br />
cheio de emoções e actuações<br />
em festivais, festas a cantar e representar<br />
os nossos cantares e dançares,<br />
com o Vira, a Chula o Malhão etc.<br />
Mas 2014 foi um ano muito especial<br />
para este Grupo, ano de mudanças,<br />
de comemorações e recordações,<br />
com a celebração das Bodas de Prata<br />
do Rancho Folclórico Centro Lusitano<br />
de Zurique. Desde cedo esta foi a prioridade<br />
onde existia o sonho de gravar<br />
um DVD ao vivo para que esta data<br />
ficasse marcada na história e com a<br />
ajuda de todos a 13 de Setembro o<br />
sonho tornou-se realidade; aconteceu<br />
a festa pela qual tanto se esperava.<br />
Como não podia deixar de ser caminhamos<br />
para o Natal e fim de Ano, altura<br />
de festa e agradecimentos e fazer<br />
um balanço do ano, na qual fazemos<br />
um balanço positivo para podermos<br />
agradecer em especial ao Centro Lusitano<br />
de Zurique por todo o apoio<br />
que nos tem dado,ao nossos patrocinadores<br />
pela grande ajuda que nos<br />
deram para que este sonho se tornasse<br />
realidade, a todos aqueles que nos<br />
ajudaram que estão presentes sempre<br />
que este rancho precisa, a todos<br />
os membros e direcção que dedicam<br />
um pouco de si mas que é muito para<br />
que se mantenham vivas as nossas<br />
tradições,as nossas raizes para que<br />
não caiam no esquecimento.<br />
O Rancho Centro Lusitano de Zurique<br />
deseja a todos um Mês cheio de Paz e<br />
alegria junto daqueles que amamos e<br />
para aqueles que vão ao encontro da<br />
sua família viajem com cuidado.<br />
Que todos os sonhos se realizem, que<br />
a Paz reine nas vossas vidas. O Rancho<br />
Lusitano de Zurique, tem orgulho<br />
e muita paixão e é para vocês que<br />
cantamos e dançamos, com muita<br />
alegria, amor e dedicação.<br />
Um Feliz e Santo Natal e um Próspero<br />
Ano Novo.
Dezembro 2014 Comunidades<br />
Lusitano de Zurique– 7<br />
Jantar de Natal<br />
do Rancho Centro Lusitano de Zurique<br />
Rui Alves<br />
Mais um fim de ano se aproxima e<br />
como já é tradição o Rancho C.L.Z<br />
realizou o seu jantar de Natal, onde<br />
tudo foi pensado ao pormenor para<br />
que se sentisse a alegria e harmonia<br />
da quadra natalícia, onde se pode<br />
também fazer um balanço positivo de<br />
mais um ano de actividade, cheio de<br />
emoções, algumas mudanças, muitas<br />
actuações e a comemoração do seu<br />
25° aniversário, com a gravação ao<br />
vivo do seu primeiro DVD .<br />
Como não podia deixar de ser este<br />
jantar contou com a presença da direcção<br />
do Centro Lusitano de Zurique,<br />
e também de todas as pessoas<br />
que nos ajudam ao longo do ano.<br />
Aqui deixamos o nosso muito obrigado<br />
à Direcção do C.L.Z, pelo apoio<br />
que nos tem dado ao longo destes 25<br />
anos, mas também às pessoas que<br />
nos ajudam nas horas em que nós<br />
precisamos e que estão sempre prontas<br />
para ajuda. Também agradecemos<br />
aos nossos patrocinadores que<br />
nos ajudam a concretizar os nossos<br />
objectivos.<br />
Sendo este ano um ano em grande,<br />
era mais que merecido fecharmos<br />
também em grande, fomos presenteados<br />
com uma demonstração de<br />
outras actividades, danças de salão,<br />
artes marciais, e a demonstração que<br />
já é a imagem de marca deste grupo, a<br />
alegria e a boa disposição. Depois de<br />
um ano em actividade chega a hora<br />
do merecido descanso, encerrando<br />
assim a actividade, para ganharmos<br />
forças para mais um ano que se aproxima,<br />
despedindo-nos assim com<br />
alegria e desejando um Santo e Feliz<br />
Natal, se possível na companhia daqueles<br />
que vos são mais queridos.<br />
Um agradecimento especial para os<br />
membros do Rancho C.L.Z obrigado<br />
por tudo o que tenham feito por este<br />
Rancho.<br />
Um Santo e Feliz Natal para todos<br />
Aos nossos colaboradores,<br />
leitores, assinantes<br />
e anunciantes desejamos<br />
um Feliz Natal e um<br />
óptimo Ano Novo.<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Festas</strong>!<br />
SEGUROS<br />
Doença ( krakenkasse )<br />
196.65 Chf ( adultos / +25 anos )<br />
194.05 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />
47.05 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />
VIDA<br />
VIAGEM<br />
AUTOMÓVEL<br />
PERDA DE SALÁRIO, etc...<br />
CRÉDITOS DESDE 8,9%<br />
“permissos” L, B, C
8 – Lusitano de Zurique Dezembro 2014
Dezembro 2014 Comunidade<br />
Lusitano de Zurique– 9<br />
Estar bem com deus e com o diabo<br />
Gente que por conveniência usa as mãos para afagar-o-pêlo, vão dando sorrisos e abraços a<br />
quem se impõe e a quem se opõe com o objectivo de obter dividendos.<br />
Domingos Pereria<br />
Frequentemente acontece-me tropeçar em<br />
situações, em que nada favorecem a minha<br />
compreensão sobre o ser cidadão, o saber estar em<br />
paz-social e ética de organização-social. Esta<br />
topetada é gerada por pessoas “próximas”, colegas<br />
de trabalho e camaradas do associativismo com<br />
aptidão para o narcisismo. Porque estes, gostam de<br />
viver segundo a frase, “estar bem com Deus e com<br />
o Diabo” a fim de afeitar a sua imagem e lixar a de<br />
outrem.<br />
Desde sempre, vozes sábias dos mais<br />
velhos me diziam: “não confiar em quem vive de<br />
mãos dadas com deus e o diabo. Porque o deus<br />
deles é bom, mas castiga, e o diabo também não é<br />
mau”.<br />
Confesso que tinham razão. Às vezes sinto<br />
vontade de fugir deles como o “diabo foge da cruz”.<br />
Não fujo, mas afasto-me – como são Jonas - e<br />
disfruto vê-los andar-à-nora no seu purgatório como<br />
almas depenadas blocados na doutrina narcisista.<br />
Troca-tintas<br />
Uma vez mais foi discutido na Assembleia<br />
da República o Ensino do Português no Estrangeiro.<br />
Onde o Partido Comunista (PCP) apresentou o seu<br />
projecto de lei que se destinava a revogar a propina<br />
(120 Euros para a frequência de cursos de língua e<br />
cultura portuguesas, actualmente em vigor na suíça,<br />
Alemanha, Reino Unido e parte do Luxemburgo), e,<br />
igualmente em debate esteve uma petição assinada<br />
por 4513 cidadãos onde se proclamava o fim da<br />
mesma. O governo chumbou. Alegando que a dita<br />
propina “ é a forma de garantir a qualidade dos<br />
cursos leccionados.”<br />
O resultado do debate não me surpreende.<br />
O que me surpreende é a atitude de cidadãos<br />
portugueses que não subscreveram a petição, em<br />
especial, corpos-gerentes de comissões de pais,<br />
associações, docentes e encarregados de<br />
educação, a residir nestes países acima<br />
mencionados. Demostram que não passam de uns<br />
troca-tintas, que não sabem o que são nem o que<br />
lhe compete!<br />
É já vulgar que parte desta gente seja muda.<br />
Mas veem e ouvem e, por conveniência, usam as<br />
mãos para comunicar pelo método afagar-o-pêlo.<br />
Vão dando sorrisos e abraços a uns e a outros (a<br />
quem impõe e a quem se opõe) com o objectivo de<br />
obter “dividendos”. Pois é, são estes os pintores do<br />
nosso quadro cultural na diáspora?!<br />
Por o ovo aqui e cantar acolá<br />
Fraca é a galinha que assim o faz,… diz o<br />
povo. É assim que muitos trabalhadores da<br />
construção-civil na Suíça se comportam.”Cantaram<br />
muito” quando os sindicatos fizeram cessões de<br />
sensibilização e mobilização para as negociações de<br />
aumento salarial e para a concentração em Berna<br />
para o dito fim. Pouquíssimos estiveram lá.<br />
Pouquíssimos se “mostraram” e disseram, estamos<br />
aqui.<br />
A voz têm-na valente, levantam-na<br />
constantemente contra os que lhe cuidam do bemestar<br />
social e paz-laboral. Mas a força física e<br />
mental, de dar-um-passo, erguer um dedo e imporse<br />
ou seu subordinador. Essa ficou na barriga da<br />
mãe que os pariu.<br />
Cada um faz as suas escolhas. Do lado de<br />
quem estar. Como diz Miguel Saramago, “um<br />
homem que escolhe a mulher pelo tamanho da<br />
bunda, não pode reclamar se tiver um<br />
relacionamento de merda”!
10 – Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Dezembro 2014<br />
Vinte e nove anos ao serviço da<br />
Comunidade Portuguesa em Lenzburg<br />
O Grupo Desportivo e Cultural<br />
Português com sede em Lenzburg,<br />
festejou no passado dia 25<br />
Outubro, mais um aniversário.<br />
Com sede para cerca de 300 pessoas<br />
e um serviço de cozinha a cargo<br />
de Manuel Carneiro, estava pronta<br />
para receber convidados, curiosos,<br />
sócios, não-sócios e amigos.<br />
Estavam todos convidados para um<br />
convívio festivo, que cada ano é fiel à<br />
data de nascimento.<br />
O grupo musical e responsável do<br />
som JAF PT, fizeram um percorrido<br />
pela musica popular portuguesa,<br />
animando a noite que vestida de gala<br />
cantava os parabéns a uma Associação<br />
que já viveu todos os momentos<br />
possíveis e imaginários.<br />
Saliento que foi bom ver alguns dos<br />
fundadores, presentes neste aniversário.<br />
Conviveu-se, conheceram-se pessoas,<br />
trocaram-se ideias e pensamentos,<br />
mas o tema da noite foi sem<br />
duvida o futuro do movimento Associativo<br />
e como conserva-lo a longo<br />
prazo.<br />
José Palma, presidente da Associação,<br />
fez um discurso, breve, sincero<br />
e carregado de respeito, para com<br />
os presentes. Deixou no ar, que é<br />
de facto necessário estar atento e<br />
o apoio dos sócios continua a ser<br />
o bem, mais necessário dentro das<br />
quatro paredes.<br />
Assisti a reencontros, a sorrisos e a<br />
breves trocas de palavras, entre conhecidos<br />
e amigos, que com os afazeres<br />
de uma sociedade moderna,<br />
deixam pouco tempo para o convívio<br />
Entre eles estava Paulo Correia, que<br />
dedica o seu tempo à escrita. Não<br />
vende, nem pensa viver do que transporta<br />
para o papel. Oferece os seus<br />
livros de uma leitura sentida, que<br />
quem ele considera respeitoso pelo<br />
manual “A Semente do Sacrifício”<br />
Depois de um jantar bem substancioso<br />
e regado com um bom tinto<br />
da região, preparou-se o palco para<br />
a chegada do artista da noite. Zé Do<br />
Pipo e as suas 4 bailarinas.<br />
Será que podemos considerar este<br />
grupo, rei da musica pimba? Claro<br />
que sim!<br />
Homens, mulheres, crianças, divertiram-se,<br />
cantaram e inclusive dançaram<br />
com o Zé Do Pipo, que não,<br />
pensou duas vezes antes de descer<br />
do palco e dançar no meio dos convidados<br />
presentes.<br />
Houve quem chorasse de tanto rir…é<br />
bom sim senhora…esquecer o dia-a-<br />
-dia e os problemas de uma sociedade<br />
em constante degradação política,<br />
pondo os valores da ética moral<br />
cada vez mais em duvida.<br />
A noite decorria em perfeita diversão<br />
esperando cada um de nós pelo momento<br />
do bolo e das velas.<br />
Cantou-se os parabéns com muita<br />
convicção de que o barco, continuara<br />
a remar para o 30 aniversário…<br />
depois se verá, pois projectos a longo<br />
prazo são, impensáveis.<br />
Os corpos gerentes agradecem o<br />
apoio dos seus patrocinadores e colaboradores.<br />
De salientar o apoio extraordinário de<br />
Manuel Carneiro, que deu um novo<br />
respirar a esta Associação do grupo<br />
Cultural Português de Lenzburg.
Dezembro 2014 Comunidade<br />
Lusitano de Zurique– 11<br />
Neste Natal oferecemos Livros<br />
Para comemorar o Natal e o mos um livro. Mas se já é assinante<br />
pode igualmente obter<br />
vigésimo ano de publicação, o<br />
Lusitano de Zurique em colaboração<br />
com o Diário do Minho, Natal ofereer uma assinatura<br />
um livro, basta para isso, neste<br />
oferece livros aos seus leitores. a um amigo ou conhecido. Você<br />
A cada novo assinante oferece-<br />
receberá um livro e ele outro.<br />
Mais informações: 076 379 67 27<br />
(*)<br />
* devem ser levantados no CLZ
12 – Lusitano de Zurique Opinião<br />
Dezembro 2014<br />
VI Festival do Rancho Folclórico Amigos de<br />
Locarno com a entrada na F.P.F.E.S<br />
06h00 de uma manhã, em que o<br />
céu límpido, prometia um belo dia<br />
de Outono.<br />
Fechei a porta, fui buscar a fotografa<br />
de serviço, Rosa Fangueiro, e conduzi<br />
ainda de olhos inchados rumo a<br />
Wetzikon.<br />
O autocarro já ali se encontrava e os<br />
presentes em pleno parque de estacionamento,<br />
degustavam um original<br />
peque no almoço.<br />
Afinal, todos os lugares são perfeitos,<br />
quando a vontade não falta.<br />
Carregaram-se os pertences, incluindo<br />
uma deliciosa feijoada, feita até<br />
altas horas da madrugada, um presunto,<br />
e variados bolos. Estava assegurado<br />
o convívio, que o presidente<br />
do rancho de Wetzikon, Paulo Barros<br />
preparou e organizou com os seus<br />
elementos.<br />
Seguimos viagens rumo ao Ticino,<br />
com muita boa disposição e preparados<br />
para um festival especial.<br />
Durante a viagem e aproveitando a<br />
modernidade tecnológica, foram-se<br />
fazendo fotos, postando no Fabebook<br />
e comentando.<br />
Após a travessia do famoso Gotthard<br />
com os seus 16.9 quilómetros, fizemos<br />
uma paragem. Bebeu-se o café<br />
e claro brincou-se com a neve.<br />
Todos nós aproveitamos, para desfrutar<br />
da bela paisagem que este<br />
trajecto oferece. Belas montanhas,<br />
lagos, pontes, casas, e campos, uns<br />
verdejantes, outros revestidos com<br />
o seu manto branco. Era o caso no<br />
cume das montanhas.<br />
Chegamos finalmente ao Sul da Suíça.<br />
Os Amigos de Locarno, já estavam<br />
à nossa espera, com uma com<br />
uma alegria contagiante. O convívio<br />
foi fantástico, ou estes dois ranchos,<br />
não cultivasse os eternos laços da<br />
amizade.<br />
A sala escolar de Lavertezzo, vestia<br />
para uma noite única, e os elementos<br />
do rancho através de Filipa Pestana,<br />
levou-nos até ao centro do Locarno,<br />
para uma visita guiada. O nosso sincero<br />
obrigado.<br />
Regressamos à base “Folclórica”. Às<br />
19h 30 já todos os ranchos presentes<br />
tinham jantado e apuravam-se os últimos<br />
preparativos para o começo do<br />
VI festival.<br />
Na decoração da sala, podíamos ver<br />
a sensibilidade deste rancho….sentia-se<br />
o cheiros das rosas e a musica<br />
ambiente. Estava tudo perfeito.<br />
Pelas 20h15 iniciava-se o desfile. Começava<br />
assim um verdadeiro espectáculo,<br />
cheio de musica, dança, cor,<br />
alegria e um património riquíssimo<br />
em termos de trajes.<br />
Todos os ranchos presentes fazem<br />
parte da F.P.F.E.S. Por isso o festival<br />
estava inundado de muita expectativa.<br />
O primeiro a dançar foram os anfitriões,<br />
Amigos de Locarno, sob o<br />
olhar atento dos 5 elementos dos<br />
Federação, faltaram ao ponto de encontro,<br />
apenas Luís Martins e Luís<br />
Mata. Este grupo mostrou que têm<br />
capacidade cultural para aderirem<br />
para ao projecto que é a Federação.<br />
Todo o grupo de folclore Amigos de<br />
Locarno, deram o seu melhor, no<br />
percorrido que fizeram das danças e<br />
cantares do alto e baixo Minho.<br />
Sentiu-se nos seus elementos, que<br />
não se tratava de, apenas um festival.<br />
Estavam a dançar para aderirem<br />
à Federação, num dia como o<br />
22.11.2014<br />
Luís Martins de Sierre deixou uma<br />
mensagem comovente enaltecendo<br />
este gesto dos Amigos de Locarno.<br />
O rancho de Genebra, mostrou em<br />
palco que o ritmo das danças, são as<br />
dançarinas e dançadores que escolhem.<br />
Contagiaram a sala, com a sua<br />
alegria e cumplicidade.<br />
O rancho vindo de Sierre, destacou-
Dezembro 2014 Actualidade<br />
Lusitano de Zurique– 13<br />
-se pela subtileza e encanto e<br />
imprimem em cada dança. Certinhos<br />
e com postura invejável,<br />
este rancho atravessa um período<br />
menos bom, mas estou<br />
consciente que a Daniela, será<br />
mulher, para por o barco em<br />
alto mar. Têm a ancora folclórica<br />
bem segura.<br />
O rancho de Wetziokn por serem<br />
os padrinhos do rancho dos<br />
Amigos de Locarno, estavam<br />
radiantes e com brilho próprio.<br />
Mostraram o folclore e a Etnografia,<br />
com a marotice que lhes<br />
é característica… ou não fosse<br />
aos danças e cantares, um bom<br />
tema para o “engate”.<br />
A entrega das fitas e troféus foi<br />
toda uma cerimónia inédita e<br />
digna deste festival.<br />
Com o palco em pleno, padrinhos,<br />
afilhados, ranchos presentes<br />
e os membros da Federação,<br />
procedeu-se a cerimónia da entrada<br />
dos Amigos de Locarno<br />
na F.P.F.E.S. Florêncio Carneiro<br />
imortalizou este momento.<br />
Estávamos prestes a terminar<br />
um festival que desbordou<br />
de alegria, humor e sobretudo<br />
emoção. Foram momentos marcantes<br />
vividos neste serão e que<br />
tardarão em ser esquecidos.<br />
Sentimos o Folcloristas como<br />
sendo irmãos, estamos no bom<br />
caminho, que nos conduz a uma<br />
quimera.<br />
Muitos elementos jovens que<br />
crescem sorrindo e se irão tornar<br />
dançarinos em flor, brilhando<br />
em cada actuação.<br />
Regressávamos a casa já de<br />
madrugada, com os corações<br />
felizes. Deixávamos Locarno<br />
com pena…vimos uma cidade<br />
destruída pelas inundações, que<br />
muito tem a fazer para reconstruir<br />
a sua beleza<br />
A Comunidade portuguesa no<br />
Ticinio está de parabéns.<br />
Obrigada a todos os patrocinadores<br />
e a todos os que na retaguarda,<br />
fizeram deste festival e<br />
verdadeiro dia de festa e romaria.
14 – Lusitano de Zurique Direito<br />
Dezembro 2014<br />
Alguém<br />
tem de pagar… !<br />
Não é tão raro como isso, que<br />
pessoas me venham pedir conselho,<br />
porque já não podem por<br />
razões de saúde fazer o trabalho<br />
que faziam até aqui e os seguros<br />
não querem dar uma pensão<br />
de invalidez. Trata-se sobretudo<br />
de pessoas, que durante muitos<br />
anos na Suíça fizeram um trabalho<br />
fisicamente duro, como, por<br />
exemplo, na construção civil, na<br />
limpeza ou plantação de produtos<br />
hortícolas. Com idade já<br />
avançada, não se encontram em<br />
condições de continuar tal trabalho<br />
devido a hérnias discais<br />
ou outras alterações degenerativas.<br />
As pessoas vêm ter comigo<br />
com a exigência: - Alguém<br />
tem de pagar …!. Mas é de facto<br />
assim?<br />
Todo o empregado na Suíça tem por<br />
lei um seguro contra invalidez, a saber<br />
tanto no Seguro contra acidentes<br />
(UVG), como também no Seguro<br />
confederado contra invalidez (IV) e<br />
na Caixa de pensões (Pensionskasse).<br />
Mas: No direito suíço é atribuído<br />
um grande peso – talvez às vezes<br />
excessivamente grande – à responsabilidade<br />
própria. Não se é por isso<br />
necessariamente inválido, quando,<br />
por razões de saúde, não se pode<br />
mais desempenhar a sua atividade,<br />
desempenhada até aqui. Inválido só<br />
é, quem não pode ganhar o mesmo<br />
salário, como anteriormente, como<br />
pessoa saudável. O grau de invalidez<br />
não é por isso o mesmo que o<br />
grau de incapacidade para o trabalho,<br />
mas sim a percentagem correspondente<br />
à redução de rendimentos<br />
por razões de saúde. Quem por<br />
exemplo tem o grau de invalidez de<br />
40%, ganha 40% menos do seu salário<br />
anterior assim como quem tem<br />
o grau de invalidez de 20%, recebe<br />
20% menos do seu salário anterior.<br />
Em contrapartida a incapacidade<br />
para o trabalho não se pronuncia sobre<br />
o ordenado duma pessoa mas<br />
sim sobre a capacidade de desempenho<br />
específico, p.ex. quanto peso<br />
se pode ainda levantar ou se ainda<br />
se pode efetuar trabalho de joelhos<br />
etc. Um ladrilhador p.ex. é 100% incapacitado<br />
de trabalhar na sua profissão,<br />
se já não pode trabalhar de<br />
joelhos mas numa outra profissão,<br />
onde nunca precise de trabalhar de<br />
joelhos, tem uma capacidade para<br />
trabalhar a 100%.<br />
Para aquele que após uma lesão de<br />
saúde tenha encontrado um trabalho<br />
novo, o grau de invalidez é calculado<br />
a partir da comparação do seu salário<br />
novo com o seu salário antigo.<br />
A diferença de salário corresponde<br />
ao grau de invalidez. Mas com frequência<br />
os atingidos não encontram<br />
depois da doença nenhum trabalho<br />
novo. Nestes casos a comparação<br />
é efectuada entre o salário antigo e<br />
o salário determinado pela estatística.<br />
Um exemplo: no ano de 2012 o<br />
salário médio anual para trabalhos<br />
simples e repetitivos, para os quais<br />
não é necessária uma formação profissional,<br />
era de Fr. 60’000 para homens<br />
e Fr. 50’000 para mulheres. Se<br />
a diferença entre o salário anterior e<br />
o salário estatístico for pelo menos<br />
de 40% então o seguro de invalidez<br />
tem de prestar uma pensão. Para<br />
uma invalidez de menos de 40% só<br />
há pensões da parte do seguro de<br />
acidentes, quando as queixas de<br />
saúde são uma consequência de um<br />
acidente.<br />
Pessoas, que com saúde não ganharam<br />
nitidamente mais do que o salário<br />
estatístico, raramente têm direito<br />
a uma pensão de invalidez, se por<br />
motivos de saúde apenas se encontram<br />
incapacitadas de trabalhar na<br />
profissão que exerceram até aqui,<br />
mas podendo exercer outros trabalhos<br />
(p.ex. físicamente leves) a 100%.<br />
Isso é uma consequência da comparação<br />
do ordenado antigo (baixo)<br />
com o ordenado da estatística que<br />
é relativamente alto. Se conseguem<br />
ou não encontrar tal trabalho novo é<br />
irrelevante.<br />
Que trabalhos alguém com um dano<br />
de saúde ainda pode exercer, é determinado<br />
por critérios objetivos,<br />
quer dizer, não pelas queixas, que<br />
a pessoa apresenta, mas sim pelas<br />
queixas que, de acordo com a experiência<br />
médica com base no estado<br />
de saúde objetivo (radiografias, imagens<br />
de ressonância magnética, testes<br />
de sangue, etc…), é são comuns<br />
aparecerem. Tal leva com frequência<br />
a que as avaliações da capacidade<br />
de trabalho do médico de família e<br />
do perito dos seguros não coincidam,<br />
porque os médicos de família<br />
dão grande peso nas queixas subjetivas<br />
na avaliação da capacidade<br />
de trabalho, enquanto os peritos dos<br />
seguros nos resultados médicos objetivos.<br />
Isso tem por consequência<br />
que existem doenças que de fato<br />
não são seguradas. São doenças,<br />
cujas causas não são conhecidas e<br />
que não têm consequências que podem<br />
ser medidas ou que sejam visíveis,<br />
como, por exemplo, a fibromialgia<br />
ou o traumatismo cervical (Schleudertrauma<br />
– efeito de chicote).<br />
Como não se pode comprovar o que<br />
não é visível ou não se pode medir e<br />
uma vez que é o segurado que tem<br />
de comprovar a sua incapacidade<br />
de trabalho não se pode ganhar um<br />
processo para receber uma pensão<br />
de invalidez nestes casos. Ter dores<br />
– também se são plausíveis - não é<br />
uma prova.<br />
Quem trabalha duro fisicamente,<br />
corre um risco elevado de não poder<br />
dar sequência ao seu trabalho até à<br />
reforma por motivos de saúde e mesmo<br />
assim não receber uma pensão<br />
de invalidez. Como nos podemos<br />
proteger deste risco? Quem tem um<br />
seguro de proteção jurídica pode<br />
eventualmente receber deste seguro<br />
o dinheiro para pagar um perito da<br />
sua confiança, caso existam dúvidas<br />
relativas ao perito solicitado pelo o<br />
seguro de invalidez. Para além disso:<br />
quem domina a língua que é aqui<br />
falada e frequenta pós-formações,<br />
tem mais hipóteses, de encontrar um<br />
novo trabalho, quando tal é necessário.<br />
De resto, deve-se considerar no<br />
planeamento de vida (fazer dívidas<br />
etc…) de que eventualmente não se<br />
pode trabalhar até à reforma.<br />
Tem perguntas que digam respeito<br />
ao direito?<br />
Envie a sua pergunta com a indicação<br />
“Lusitano” a: Bohren Rechtsanwalt,<br />
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Dezembro 2014 Saúde<br />
Lusitano de Zurique– 15<br />
Doença Celíaca<br />
Conheça mais sobre essa intolerância ao glúten<br />
Zuila Messmer<br />
A doença Celíaca é conhecida<br />
popularmente como a<br />
doença das pessoas que<br />
não podem “comer glúten”.<br />
Não é uma alergia alimentar,<br />
é uma doença crönica<br />
que atinge tanto aos homens<br />
como as mulheres.<br />
O Glüten é uma proteína<br />
encontrada no trigo, centeio,<br />
cevada, aveia, malte.<br />
Os cereais fazem parte da<br />
historia da humanidade há<br />
mais de seis mil anos. Os<br />
produtos feitos ä partir deles,<br />
como o pão, massas,<br />
pizzas, bolos, biscoitos,<br />
alguns doces e outros são<br />
fundamentais na alimentação,<br />
mas podem trazer<br />
problemas.<br />
O intestino de uma pessoa<br />
comum é revestido<br />
por muitas vilosidades que<br />
deixam o intestino “enrugado”.<br />
Essas vilosidades faz<br />
com que haja um aumento<br />
na área de contato dos<br />
alimentos com o intestino,<br />
favorecendo o processo<br />
digestivo e à absorção dos<br />
alimentos.<br />
Os indivíduos celíaco (pessoa<br />
que apresenta intolerãncia<br />
ao glúten), não<br />
possuem vilosidades, as<br />
paredes do intestino são lisas,<br />
e ao ingerir o alimento,<br />
o glúten age como se fosse<br />
uma cola, aderindo à parede<br />
intestinal. Com o passar<br />
do tempo, as paredes do<br />
intestino vão inflamando e<br />
atrofiando, perdendo a capacidade<br />
de absorver nutrientes,<br />
como - vitaminas,<br />
cálcio, ferro, sais minerais<br />
e água.<br />
Sintomas:<br />
Um indivíduo pode conviver<br />
muitos anos com a<br />
doença sem que ela se<br />
manifeste.<br />
Principais sintomas da<br />
doença celíaca são:<br />
Diarréia com perda de<br />
gordura nas fezes, vômito,<br />
perda de peso, inchaço<br />
nas pernas, anemias, alterações<br />
na pele, fraqueza<br />
das unhas, queda de pelos,<br />
diminuição da fertilidade,<br />
alterações do ciclo menstrual<br />
e sinais de desnutrição.<br />
Nas crianças deve-se observar:<br />
- Até 5 anos: presença de<br />
diarréia, emagrecimento e<br />
barriga inchada.<br />
- De 6 a 10 anos: dor de<br />
barriga e anemia.<br />
- Jovens e adolescentes:<br />
anemia, dor abdominal e<br />
dispepsia (digestão lenta e<br />
dificil).<br />
Diagnóstico<br />
A doença só pode ser<br />
diagnosticada através dos<br />
exames de sangue ou da<br />
biópsia do intestino. A confirmação<br />
vem após a constatação<br />
de mudanças das<br />
vilosidades que revestem<br />
a parede do intestino delgado.<br />
Normalmente a doença<br />
se manifesta nas crianças<br />
quando elas começam a<br />
ingerir alimentos que contenham<br />
glúten ou seus<br />
derivados. Em alguns casos,<br />
só aparecem na idade<br />
adulta, pois depende<br />
do grau de intolerância da<br />
pessoa à substância.<br />
A demora no diagnóstico<br />
leva a deficiências no desenvolvimento<br />
da criança.<br />
Caso não seja tratada, a<br />
doença pode provocar o<br />
aparecimento de osteoporose,<br />
esterilidade e até câncer<br />
de intestino.<br />
Tratamento<br />
A doença celíaca não tem<br />
cura.<br />
O tratamento indicado é a<br />
dieta com total ausência de<br />
glúten que deve ser seguida<br />
pelo resto da vida.<br />
Quando a proteína é excluída<br />
da alimentação, os<br />
sintomas desaparecem. A<br />
maior dificuldade para os<br />
pacientes é conviver com<br />
as restrições impostas pelos<br />
novos hábitos alimentares.<br />
Os celíacos não devem<br />
consumir cerveja, uísque,<br />
vodka, gin, bebidas contendo<br />
malte, cafés misturados<br />
com cevada.<br />
Devem colocar na sua dieta,<br />
em substituição aos<br />
alimentos com glúten, o<br />
arroz, batata, milho, mandioca<br />
e derivados. Tomando<br />
esses cuidados evitará<br />
complicações, internações<br />
hospitalares e até o óbito.
16 – Lusitano de Zurique Actualidade<br />
Dezembro 2014<br />
Estará a “guerra fria”<br />
a aquecer?<br />
Carlos Ademar<br />
O século XX ficou marcado<br />
pelas guerras mais mortíferas<br />
que jamais o Homem<br />
conheceu, mas também<br />
pela confrontação entre a<br />
Rússia comunista, depois<br />
transformada em União<br />
Soviética, e o Ocidente<br />
capitalista, liderado pelos<br />
EUA. Esta confrontação só<br />
teve interregno, ainda assim<br />
com muitos olhares de<br />
soslaio mútuos, aquando<br />
da II Guerra Mundial, porque<br />
ambas as partes se<br />
aliaram no combate à Alemanha<br />
de Hitler.<br />
Ainda as armas impunham<br />
as regras, embora já se<br />
adivinhasse o desfecho do<br />
conflito, e os EUA e a União<br />
Soviética regateavam já as<br />
zonas de influência para<br />
cada um dos blocos. E<br />
esta tensão recrudesceu e<br />
muito, após a rendição alemã,<br />
mantendo-se até ao<br />
desmoronamento do bloco<br />
de Leste e da União Soviética,<br />
o que sucedeu em<br />
catadupa após a queda do<br />
Muro de Berlim, 1989.<br />
Esta confrontação estendeu-se<br />
a todo o globo e foi<br />
responsável por inúmeras<br />
guerras fratricidas e revoluções<br />
sangrentas em<br />
todos os continentes. Porém,<br />
os líderes de cada um<br />
dos blocos nunca se digladiaram<br />
directamente. Era a<br />
“guerra fria”.<br />
Com o desmembramento<br />
da União Soviética, seria<br />
legítimo que se pensasse<br />
que a “guerra fria” e a política<br />
de costas voltadas,<br />
mas sempre de olhos bem<br />
abertos, que pautou esses<br />
tempos, era coisa do<br />
passado, fruto de visões<br />
políticas antagónicas já<br />
sem sentido por falência<br />
de uma delas. A última década<br />
do século XX foi dura<br />
para a Rússia, por se ver<br />
mergulhada numa crise<br />
profunda, em que a causa<br />
principal talvez fosse<br />
a compreensível falta de<br />
confiança, de amor-próprio.<br />
Metade da população<br />
sumira-se nas muitas repúblicas<br />
que então se tornaram<br />
países independentes;<br />
a influência da Rússia<br />
no mundo, que marcara as<br />
últimas gerações do país,<br />
desaparecera subitamente,<br />
o que para o orgulho do<br />
povo russo, não foi coisa<br />
de somenos importância; a<br />
sociedade perfeita que estava<br />
em construção há décadas,<br />
desabara como um<br />
baralho de cartas sobre a<br />
cabeça do homem novo,<br />
que os pais da pátria não<br />
se cansavam de apregoar.<br />
Entretanto, o novo século<br />
trouxe um outro inimigo<br />
para o Ocidente: o fundamentalismo<br />
islâmico, cuja<br />
pressão tem aumentado.<br />
Tudo o que o Ocidente fez<br />
para o combater também<br />
não foi de molde a resolver<br />
o problema de forma saudável.<br />
A violência contra<br />
a violência, em circunstâncias<br />
em que uma das<br />
partes está obstinada pelo<br />
fanatismo e consegue infiltrar<br />
os seus com relativa<br />
facilidade nos grandes<br />
centros urbanos do inimigo<br />
com intuitos maléficos,<br />
DR<br />
O Secretário Geral da União Soviética, Mikhail Gorbachev, e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, assinam o Tratado de Forças<br />
Nucleares de Alcance Intermediário na Casa Branca, em 1987.
Dezembro 2014 Actualidade<br />
Lusitano de Zurique– 17<br />
leva a concluir que talvez<br />
a política de combate do<br />
Ocidente não se tenha<br />
pautado por índices elevados<br />
de inteligência. Reagiu<br />
da forma tradicional contra<br />
um inimigo que dispunha<br />
de armas diferentes das<br />
tradicionais.<br />
Enquanto o Ocidente se foi<br />
preocupando com o fundamentalismo<br />
islâmico, a<br />
Rússia renascia dos destroços<br />
em que ficara no início<br />
da década de noventa;<br />
ganhava parte do músculo<br />
que perdera. A Nato, que<br />
foi criada para combater<br />
as ameaças que podiam<br />
nascer no bloco de Leste,<br />
aproveitou o desnorte da<br />
Rússia para ir conquistando<br />
adeptos e simpatias<br />
junto dos antigos países<br />
satélites dos soviéticos e<br />
até em alguns que haviam<br />
pertencido à União Soviética.<br />
À medida que a Nato<br />
se ia aproximando da Rússia,<br />
esta ia dando sinais do<br />
seu desconforto com a situação,<br />
com uma tão arrogante<br />
como irresponsável<br />
negligência por parte dos<br />
ocidentais.<br />
O desmoronamento da<br />
União das Repúblicas Socialistas<br />
Soviéticas, que<br />
aconteceu vai para um<br />
quarto de século, está<br />
muito longe de ser resolvido.<br />
A questão apenas esteve<br />
adormecida enquanto<br />
a Rússia arrumava a casa.<br />
Após alguns arrufos que<br />
foram desvalorizados, a<br />
gota de água que devia<br />
fazer soar os alarmes do<br />
Ocidente foi a crise na<br />
Ucrânia. Parte do território<br />
deste país integra o que foi<br />
o berço da Rússia. O Principado<br />
de Kiev esteve na<br />
origem da Rússia. A Ucrânia<br />
é um país dividido, com<br />
uma significativa percentagem<br />
da sua população<br />
composta por russos ou<br />
deles descendentes, particularmente<br />
nas regiões<br />
mais a Leste, que há largos<br />
meses se encontram<br />
em estado de guerra. E<br />
tudo porque a pressão<br />
ocidental fez-se sentir na<br />
Ucrânia. Ainda que os dirigentes<br />
no poder tivessem<br />
sido eleitos, os não russos<br />
ucranianos cederam à tentação<br />
e também quiseram<br />
a sua “primavera”, e as<br />
manifestações de rua foram<br />
de molde a fazer cair o<br />
presidente, pró-russo, tomando<br />
o seu lugar outros<br />
mais dados ao Ocidente,<br />
alguns dos quais, dizem as<br />
notícias, com preferências<br />
políticas bem próximas do<br />
nazismo.<br />
Para a Rússia, a Crimeia<br />
foi um teste que correu<br />
bem e que terá alimentado<br />
o desejo, que já existia,<br />
de abocanhar meia<br />
Ucrânia. Aqui, o Ocidente<br />
empertigou-se e declarou<br />
guerra comercial à Rússia,<br />
esquecendo-se que esta<br />
tem na mão a torneira que<br />
controla o fornecimento de<br />
gás a meia Europa, desde<br />
logo à Ucrânia e à Alemanha.<br />
Putin é um mistério,<br />
embora já se tenha percebido<br />
como trata quem lhe<br />
pode fazer sombra política.<br />
Já se percebeu também<br />
que estratégia urdiu<br />
para se perpetuar no poder<br />
em conluio com Medvedev,<br />
que faz um mandato<br />
quando Putin, face à lei,<br />
não pode continuar a concorrer<br />
à presidência. Feita<br />
a pausa, pode regressar à<br />
cadeira presidencial para<br />
dois mandatos enquanto o<br />
outro regressa ao lugar de<br />
primeiro-ministro, que fora<br />
ocupado por Putin quando<br />
não pôde ser presidente.<br />
Confuso? Assim vai a<br />
democracia. As últimas<br />
notícias que li sobre Putin<br />
atribuíam-lhe uma fortuna<br />
colossal, cujas origens<br />
se desconhecem. Enfim,<br />
como perfil da primeira<br />
figura do maior país do<br />
mundo, não está mal. Não<br />
se pode deixar de anotar<br />
os sistemáticos excessos,<br />
certamente estratégicos,<br />
que Putin e a Rússia têm<br />
vindo a cometer junto de<br />
países vizinhos, alguns<br />
membros da Nato; autenticas<br />
demonstrações de<br />
força, que não podem deixar<br />
de ser considerados<br />
provocatórios e por isso<br />
perigosos. Notícias mais<br />
recentes dão conta que<br />
os seus aviões militares já<br />
atravessaram toda a Europa<br />
e chegaram ao espaço<br />
aéreo português. Segundo<br />
as mesmas notícias, são<br />
voos clandestinos face ao<br />
estipulado internacionalmente,<br />
porque os respectivos<br />
pilotos não forneceram<br />
os planos do voo,<br />
pondo assim em perigo as<br />
carreiras comerciais, nem<br />
responderam às comunicações<br />
que receberam de<br />
terra ou de outras aeronaves<br />
encarregadas de os<br />
acompanhar.<br />
O que faz correr Putin?<br />
Que aconteceria se algum<br />
avião da Nato sobrevoasse<br />
espaço aéreo russo? Que<br />
acontecerá se nas intercepções<br />
efectuadas um<br />
piloto se precipitar e carregar<br />
no botão errado? Se<br />
na “guerra fria” este tipo de<br />
investidas eram raríssimas,<br />
porque acontecem com<br />
tanta frequência por estes<br />
dias? São muitas perguntas<br />
que não têm resposta<br />
fácil. Mesmo sem respostas,<br />
estamos em crer que<br />
se vai brincando com o<br />
fogo. Desejando ardentemente<br />
que ninguém se<br />
queime, uma conclusão se<br />
pode tirar: a “guerra fria”<br />
está a aquecer.<br />
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Dezembro 2014 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 19<br />
Abre o teu coração.<br />
Mendes Serafim<br />
Gostar, ajudar, compreender,<br />
aceitar, perdoar as<br />
pessoas que amamos,<br />
que nos são chegadas<br />
é fácil. Mas tudo isto a<br />
pessoa (estranha), que<br />
nos atende mal disposta<br />
no supermercado, na farmácia,<br />
pelo telefone, que<br />
ocupa um lugar, na qual<br />
o tens por teu direito, que<br />
passa ao teu lado e não<br />
respeita o teu espaço na<br />
rua, que chega e ocupa<br />
o parque após tu estares<br />
cinco minutos á espera<br />
de ele estar livre. Não é<br />
fácil! E sabes porquê?<br />
Porque não são da nossa<br />
família, não as conhecemos?<br />
Não nada disso!<br />
Deve-se apenas ao nosso<br />
fraco desempenho a<br />
nível de sentimentos pelo<br />
outro. Nada mais.<br />
Acrescentar a isto, fica com<br />
esta história real:<br />
„ Numa noite tempestuosa,<br />
há muitos anos atrás, um<br />
senhor idoso e sua esposa<br />
entraram num pequeno<br />
hotel em Filadélfia. Todos<br />
os grandes hotéis da cidade<br />
estão cheios. Por favor,<br />
vocês teriam um lugar para<br />
nós? Perguntou o senhor.<br />
O funcionário explicou que,<br />
como se realizavam três<br />
grandes eventos na cidade,<br />
não havia nenhum quarto<br />
disponível. Nem muito menos<br />
em outros hotéis. Todos<br />
os nossos quartos também<br />
estão cheios - disse ele.<br />
Todavia, não posso deixar<br />
um casal simpático como<br />
vocês sair na chuva à uma<br />
da manhã. Estariam dispostos<br />
a dormir no meu quarto?<br />
O homem replicou que não<br />
gostaria de privá-lo de seu<br />
quarto, mas o rececionista<br />
insistiu: Não se preocupe,<br />
eu cá me arranjo. Na manhã<br />
seguinte, ao pagar a<br />
conta, o velho disse ao rapaz:<br />
Você é o tipo de pessoa<br />
que deveria gerenciar o<br />
melhor hotel do país. Talvez<br />
um dia eu construa um para<br />
você. O rapaz olhou para o<br />
casal e sorriu. Os três acabaram<br />
rindo e muito. A seguir<br />
ele os ajudou a levar as<br />
malas até a rua. Dois anos<br />
se passaram, e o recepcionista<br />
já se tinha esquecido<br />
do acontecimento, quando<br />
recebeu uma carta daquele<br />
senhor. Nela ele relembrava<br />
a noite de tempestade e incluía<br />
uma passagem de ida<br />
e volta a Nova Iorque. Quando<br />
o moço chegou a Nova<br />
Iorque, o homem levou-o à<br />
esquina da Quinta Avenida<br />
com a rua Trinta e Quatro<br />
e apontou para um enorme<br />
prédio, um verdadeiro<br />
palácio de pedras avermelhadas<br />
com torres e vigias,<br />
como um castelo de fadas<br />
elevando-se até o céu. Esse<br />
- disse o homem - é o hotel<br />
que acabei de construir<br />
para você tomar conta. O<br />
senhor deve estar brincando,<br />
falou o jovem, sem saber<br />
se devia ou não acreditar<br />
nas palavras do outro.<br />
Não estou brincando não,<br />
respondeu o outro com um<br />
sorriso travesso. Afinal de<br />
contas, quem é o senhor?<br />
Meu nome é William Waldorf<br />
Astor. Estamos dando<br />
ao hotel o nome de Waldorf<br />
Astoria e você vai ser seu<br />
primeiro gerente. O nome<br />
do rapaz era George C.<br />
Boldt, e essa é a história de<br />
como ele saiu de um pequeno<br />
hotel em Filadélfia<br />
para tornar-se gerente do<br />
que era então um dos hotéis<br />
mais finos do mundo.<br />
Astor sabia que a bondade<br />
demonstrada por Boldt fora<br />
espontânea, sem pensar<br />
em tirar qualquer proveito<br />
dela, e por isso teve início<br />
uma amizade que superou<br />
todas as barreiras do status<br />
social e financeiro. O recepcionista,<br />
que certamente<br />
recebia apenas um modesto<br />
ordenado, decidiu ajudar<br />
um estranho por perceber a<br />
sua real necessidade. Mal<br />
sabia ele que estava cedendo<br />
seu quarto a um dos<br />
homens mais ricos daquele<br />
país. Ele poderia muito bem<br />
ser apenas mais um homem<br />
de negócios, à procura de<br />
um quarto naquela noite<br />
tempestuosa e fria. Por outro<br />
lado, aquela semente de<br />
amizade, uma vez plantada,<br />
germinou para o rececionista<br />
na forma de um cargo<br />
muito superior e de maior<br />
prosperidade financeira. Citei<br />
esta história real aqui por<br />
uma única razão. Devemos<br />
sempre tratar as pessoas<br />
com o melhor de nosso<br />
coração. Quer aqueles a<br />
quem ajudemos sejam pobres,<br />
ricos, de classe média,<br />
negros, brancos, tudo<br />
o que se espera de nós é<br />
que lhes estendamos uma<br />
palavra, um gesto de amizade.<br />
Se o fizermos com a<br />
finalidade de obter só lucro,<br />
já teremos recebido a nossa<br />
recompensa e tudo termina<br />
aí. Mas, se nos mostrarmos<br />
generosamente solidários<br />
e compadecidos daqueles<br />
que nos rodeiam, seremos<br />
abençoados para sempre.<br />
Jamais tenhas medo, receio<br />
das barreiras suspeitas<br />
inventadas pela sociedade.<br />
Abre o teu coração confiante<br />
e faz a diferença.<br />
Acompanha a minha escrita<br />
em : www.parte-oposta.<br />
blogspot.com
20 – Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Dezembro 2014<br />
Desejamos aos nossos leitores, assinantes, anunciantes e colaboradores<br />
um Feliz Natal e um óptimo Ano Novo, agradecendo a preciosa<br />
colaboração com o Lusitano de Zurique.<br />
A Direcção<br />
Maria José Bernardo, Cristina Fernandes Alves, Joana Araújo, Pedro Nabais, Jorge<br />
Rodrigues, Daniel Bohren, Zuila Messmer, Domingos Pereira, Marta Pérez, Mónica<br />
Carvalhais, Maria dos Santos, Emília Farinha, Mendes Serafim, Manuel Beja, Marília<br />
Mendes, Carmindo de Carvalho, Carlos Ademar, Amadeu Homem, António Dias, Carlos<br />
Paz, entre tantos outros, a todos os nossos agradecimentos e desejos de <strong>Boas</strong> <strong>Festas</strong>.
Dezembro 2014 Tradições<br />
Lusitano de Zurique– 21<br />
Tel. +351-914 728 938
22 – Lusitano de Zurique Beleza<br />
Dezembro 2014<br />
São Martinho do<br />
Grupo Copofónico de Zurique<br />
Pedro Nabais<br />
Como vem sendo tradição os sócios do Grupo Copofónico<br />
de Zurique juntamente com as suas famílias e amigos<br />
reuniram se em Novembro para a celebrar o São Martinho.<br />
Pela parte da manha aos poucos os sócios foram se juntando<br />
na sala. No meio de um petisco e um copito lá se<br />
foi organizando a sala para o grande almoço que se aproximava.<br />
Chegada a hora do almoço todos os participantes começaram<br />
a ocupar os seus lugares nas mesas, onde os esperava<br />
umas belas entradas, sendo servida a seguir uma<br />
bela e apetitosa paelha confeccionada pelo mestre Paulo.<br />
No fim do repasto estava à espera uma mesa de deliciosas<br />
e diversificadas sobremesas que tinham sido confeccionas<br />
pelas esposas dos sócios. Depois de ser servido<br />
o café houve uma pequena pausa e jogou-se durante a<br />
tarde o bingo ao porco, onde o convívio e animação nunca<br />
faltaram. A meio do bingo ao porco, como não podia<br />
deixar de faltar foi apresentada a todos a castanha assada.<br />
O convívio terminou por volta das 19 horas depois<br />
da sala estar toda arrumada e esperando que para o ano<br />
haja mais.
Dezembro 2014 Lusitano de Zurique– 23<br />
Sócrates e a Pedofilia na Casa Pia<br />
Carlos Tomás<br />
(jornalista)<br />
O que terá o ex-primeiro-<br />
-ministro José Sócrates a<br />
ver com o processo da suposta<br />
rede de pedofilia da<br />
Casa Pia de Lisboa – uma<br />
rede que se reduziu, no final,<br />
a cinco pessoas e que<br />
teria como cabecilha um<br />
motorista cujo coeficiente<br />
de inteligência não deve ultrapassar<br />
o de uma mosca,<br />
com todo o respeito que o<br />
insecto me merece?<br />
Aparentemente nada. Sócrates<br />
nunca esteve envolvido<br />
naquele mediático<br />
processo que veio a público<br />
através de uma denúncia<br />
feita no jornal Expresso<br />
e acompanhada pelo canal<br />
de televisão SIC com enorme<br />
protagonismo da jornalista<br />
Felícia Cabrita.<br />
Retenha-se que os dois<br />
órgãos de Comunicação<br />
Social pertencem a Pinto<br />
Balsemão, fundador do<br />
PSD e que tinha um ódio<br />
de morte a Carlos Cruz,<br />
devido ao facto de o apresentador,<br />
durante um festival<br />
da canção realizado<br />
na Beira Interior, ter fugido<br />
para os Estados Unidos<br />
com a mulher do referido<br />
empresário.<br />
O processo Casa Pia rebentou<br />
em finais de 2002 e<br />
teve o seu grande esplendor<br />
em 2003. Quais eram<br />
os processos judiciais<br />
mediáticos que estavam<br />
em curso na altura? Caso<br />
Moderna e Submarinos.<br />
Ambos com o actual vice-<br />
-primeiro-ministro, Paulo<br />
Portas, ao barulho, este<br />
sim referenciado por diversas<br />
vezes no âmbito<br />
do processo de pedofilia e<br />
que nem arguido foi constituído.<br />
Com o rebentar do<br />
escândalo Casa Pia, toda<br />
a gente se esqueceu da<br />
Moderna e dos submarinos,<br />
bem como do caso<br />
Portucale. Curiosamente,<br />
ninguém foi condenado a<br />
penas efetivas de prisão<br />
em qualquer destes processos.<br />
Mas conseguiu-se envolver<br />
Ferro Rodrigues e Paulo<br />
Pedroso, decapitando-se<br />
a então liderança do PS e<br />
permitindo-se a ascensão<br />
de José Sócrates no partido.<br />
Sócrates chegou a<br />
primeiro-ministro, o PSD<br />
e o CDS governaram mais<br />
algum tempo e os escândalos<br />
Moderna, submarinos<br />
e Portucale passaram<br />
para plano secundário na<br />
memória coletiva.<br />
Agora, José Sócrates foi<br />
detido e continua a ser interrogado<br />
pelo nosso Baltasar<br />
Garzón, o juiz do Tribunal<br />
Central de Instrução<br />
Criminal, Carlos Alexandre,<br />
que quer fazer jus ao<br />
nome e ser “grande” num<br />
país pequenino. Mas, a<br />
verdade, é que os processos<br />
que ele tem conduzido<br />
terminam, depois, nas<br />
instâncias mais elevadas,<br />
em zero.<br />
Estamos em 2014. O Governo<br />
PSD está a ser<br />
fustigado pelo escândalo<br />
dos vistos “Gold”. Há<br />
figuras de renome na política<br />
e até nas polícias<br />
e outros órgãos estatais<br />
supostamente envolvidas<br />
no esquema milionário e<br />
que acontece? Prende-<br />
-se José Sócrates, todas<br />
as atenções se viram para<br />
o Partido Socialista e já<br />
ninguém fala nos vistos<br />
“Gold” que, por coincidência,<br />
até foram criados<br />
pelo suspeito do costume<br />
e que tem sempre passado<br />
pelos pingos da chuva:<br />
Paulo Portas.<br />
E outra coincidência,<br />
quem a jornalista que tem<br />
estado a dar a cara neste<br />
caso: Felícia Cabrita, a<br />
mesma que esteve envolvida<br />
no escândalo Casa Pia,<br />
cuja montanha pariu um<br />
rato e inventou um novo<br />
estripador de Lisboa. Outra<br />
coincidência: também<br />
é a mesma jornalista que<br />
fez a biografia do primeiro-<br />
-ministro Passos Coelho,<br />
em termos como “desde<br />
pequenino que se via que<br />
ele tinha nascido para ser<br />
político”.<br />
Como se constata, temos<br />
vários denominadores comuns:<br />
Paulo Portas, PSD,<br />
PS, Pinto Balsemão (através<br />
dos órgãos de comunicação<br />
social de que é<br />
proprietário) escândalos<br />
a serem atirados para segundo<br />
plano por via de um<br />
escândalo ainda maior e a<br />
mesma protagonista a dar<br />
a cara nesses casos, Felícia<br />
Cabrita.<br />
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Jane Santos foi formada pela Escola Maria Schweizer onde<br />
adquiriu o Diploma de Estética e o CIDESCO Internacional.<br />
São, na minha modesta<br />
opinião, demasiadas coincidências.<br />
Há sempre que<br />
encontrar “bodes expiatórios”<br />
para desviar as atenções<br />
daquilo que realmente<br />
interessa: a corrupção<br />
endémica de quem nos<br />
julga e governa.<br />
Mas pode ser que desta<br />
vez o tiro saia pela culatra a<br />
todos. É que os portugueses<br />
começam, finalmente,<br />
a perceber que, nos últimos<br />
40 anos, quer na Justiça,<br />
quer na Assembleia<br />
da República e tanto na<br />
Presidência da República<br />
como no Governo, apenas<br />
têm mudado as moscas.<br />
Mas urge também escrutinar<br />
o tipo de jornalismo feito<br />
por muitas pessoas e ao<br />
serviço de que interesses<br />
também estão. É que, infelizmente,<br />
a corrupção não<br />
está só na política...<br />
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24 – Lusitano de Zurique Publicidade<br />
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Dezembro 2014 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 25<br />
A Justiça e o caso Sócrates<br />
Carlos Esperança<br />
Dou por mim a pensar no<br />
circo mediático que, de<br />
forma obsessiva, tem lugar<br />
na praça pública e fico a<br />
desejar, para bem do que<br />
resta das instituições e da<br />
sua degradação, que se<br />
provem as acusações que,<br />
na sequência de um crime<br />
de grosseira violação do<br />
segredo de justiça, são do<br />
conhecimento público.<br />
Não tenho qualquer estado<br />
de alma e, à partida, penso<br />
que nenhum procurador ou<br />
juiz seria capaz de deter um<br />
ex-primeiro-ministro sem<br />
indícios tão sólidos que<br />
pudessem arruinar a respeito<br />
devido aos Tribunais.<br />
A satisfação de ódios de<br />
estimação não entram na<br />
equação.<br />
Não esqueço o alvoroço<br />
provocado com o ex-deputado<br />
Paulo Pedroso que<br />
deixou que o prendessem,<br />
renunciando e exigindo o<br />
levantamento da imunidade<br />
parlamentar, para depois<br />
não ser sequer acusado, no<br />
caso Casa Pia. Foi linchado<br />
em público, com câmaras<br />
de televisão que tinham<br />
«acidentalmente» acompanhado<br />
o juiz que o foi prender.<br />
Apesar da coincidência infeliz<br />
de se estar na véspera<br />
do congresso do PS e de<br />
a TV se encontrar no aeroporto,<br />
à hora da chegada<br />
do cidadão que chefiou<br />
dois Governos, e não ocupa<br />
agora qualquer cargo<br />
político, só a violação do<br />
segredo de justiça merece<br />
reparo.<br />
Abstraindo do drama pessoal<br />
de Sócrates, desejo<br />
que os motivos que conduziram<br />
ao seu linchamento<br />
público sejam cabalmente<br />
provados.<br />
Os Tribunais são o único<br />
órgão da soberania em que<br />
ainda devemos acreditar.<br />
Não é um cidadão que está<br />
em causa, é a Justiça que<br />
fica sob escrutínio. Se vier<br />
a falhar, resta-nos pensar<br />
que temos a maioria, o Governo<br />
e o PR que merecemos.<br />
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ENTREGAS AO DOMICÍLIO
26 – Lusitano de Zurique Comunidade - França<br />
Dezembro 2014<br />
Nessa tarde ousei por Abril e<br />
pela Liberdade!<br />
António Dias<br />
Jornalista, fotógrafo ,<br />
cinegrafista e radialista<br />
Recentemente tive<br />
uma conversa com<br />
um amigo a propósito<br />
da actual crise<br />
económica política e<br />
social que se está a<br />
viver no Continente<br />
europeu.<br />
Acabamos por concordar<br />
que esta problemática<br />
económica<br />
não é uma ciência<br />
exacta mas uma ciência<br />
aleatória.<br />
Por vezes discriminante,<br />
e em todo o<br />
caso essa só pode<br />
ser em parte resolvida,<br />
se houver da<br />
parte do cidadão um<br />
clima de confiança<br />
nos governos e nos<br />
agentes políticos.<br />
Somente essa confiança<br />
nos governos<br />
e nos agentes políticos<br />
depois dum certo<br />
tempo acabou por<br />
desaparecer.<br />
A partir desse momento,<br />
sobem os<br />
descontentamentos<br />
das populações, da<br />
sua oposição à gente<br />
política e a partidos<br />
que depois dezenas<br />
de anos se sucedem<br />
no poder e refazem<br />
as mesmas asneiras<br />
e os mesmos erros,<br />
daí a desconfiança do<br />
cidadão comum!<br />
Mas se analisamos<br />
concretamente a dimensão<br />
da consciencialização<br />
política do<br />
cidadão<br />
Embora ele hoje tenha<br />
“todas” as ferramentas<br />
que podem<br />
ser adequadas. É<br />
concreto se colocar a<br />
questão se a informação<br />
é conforme aos<br />
interesses das populações<br />
e da necessária<br />
evolução das<br />
consciências e da democracidade<br />
dos países<br />
na sua dimensão<br />
humana!<br />
Ora em certos aspectos,<br />
a informação veiculada<br />
aparece como<br />
inadaptada às suas<br />
necessidades de cidadania<br />
e da sua evolução<br />
como cidadão.<br />
Parece então que de<br />
um ponto de vista<br />
estrito e jornalístico<br />
que essas ferramentas<br />
aparecem como<br />
travões à necessária<br />
evolução coletiva da<br />
consciência humana<br />
e do trabalhador na<br />
sua dimensão social<br />
e política.<br />
Em outras épocas, a<br />
falta de informação<br />
ou de informação que<br />
levava horas, por vezes<br />
semanas e meses<br />
a chegar foi ultrapassada.<br />
Nos nossos<br />
tempos modernos<br />
com a Internet, essa<br />
pode ser obtida em<br />
alguns segundos.<br />
Somente o cidadão<br />
diante do seu ecrã, é<br />
uma pessoa sozinha<br />
e sem poder senão<br />
aquele de pensar<br />
que tem nas mãos o<br />
poder e que está a<br />
ser informado concretamente<br />
e não virtualmente.<br />
Em claro, hoje o cidadão<br />
moderno e a<br />
juventude cultiva-se<br />
e comunica “muito”<br />
com as novas ferramentas,<br />
mas a sua<br />
comunicação não<br />
deixa de ser virtual e<br />
sem consequências<br />
económicas e nem<br />
sequer sociais, senão<br />
alguns sobressaltos<br />
aqui e ali de revoltas<br />
que desaparecem<br />
como elas nasceram.<br />
No passado a não<br />
existência destas<br />
novas ferramentas<br />
“obrigava” o cidadão<br />
a procurar a informação.<br />
Dialogava com os<br />
seus vizinhos, amigos,<br />
relações de trabalho<br />
ou mesmo familiar.<br />
Lia um livro.<br />
Por vezes ia até uma<br />
sala de cinema. Mas<br />
em todo o caso havia<br />
esse contacto humano<br />
e esse diálogo necessário<br />
à evolução<br />
do cidadão, das sociedades<br />
para serem<br />
ultrapassadas as crises<br />
de confiança que<br />
se perpetuam nas<br />
nossas sociedades<br />
de consumismo.<br />
Fora destes aspectos<br />
actual da sociedade<br />
lembramos, certos<br />
acontecimentos relativos<br />
à presença da<br />
comunidade portuguesa<br />
em França e<br />
em particular em Orleães,<br />
e ele recordou<br />
um passo de armas<br />
entre eu mesmo e um<br />
Ministro da Economia<br />
do António Oliveira<br />
Salazar, na universidade<br />
de Orleães onde<br />
este fora convidado<br />
a fazer uma palestra<br />
sobre a economia Salazarista.<br />
O ministro em questão<br />
reivindicou nessa<br />
altura a « boa saúde<br />
da economia portuguesa,<br />
em ignorando<br />
os seus aspectos negativos<br />
: em termos<br />
de guerra colonial,<br />
dum povo analfabeto<br />
e em mantendo esse<br />
num profundo analfabetismo<br />
(mais de<br />
80% da população<br />
portuguesa), os mortos<br />
e feridos dessas<br />
guerras coloniais e a<br />
profunda miséria que<br />
reinava nessa altura<br />
no seio da população<br />
e a ausência manifesta<br />
de privação das liberdades<br />
fundamentais<br />
dos cidadãos.<br />
Recordamos então a<br />
intervenção que eu fiz<br />
“ao acusar ao reitor<br />
da Universidade, que<br />
em convidando um<br />
fascista que por muito<br />
mérito que tivesse<br />
em tanto que economista,<br />
o seu lugar não<br />
era admitido nos bancos<br />
da universidade,<br />
e num país onde a<br />
democracidade existia.<br />
Foquei nessa altura
Dezembro 2014 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 27<br />
os aspectos negativos da política portuguesa<br />
, da falta de liberdade. E se os cofres<br />
do Estado estavam ainda cheios foi à custa<br />
dos sacrifícios impostos por uma Estado<br />
fascista e não da livre vontade dos seus cidadãos.<br />
O que é certo é, que ao fim de alguns minutos,<br />
em razão desta contestação e de<br />
alguns presentes se terem associado ao<br />
protesto”, o reitor da Universidade acabou<br />
por pôr um termo imediato a esta palestra!<br />
Tanto é que em tanto que jornalista não me<br />
privei de anunciar de alertar os estudantes<br />
universitários e recorrer aos jornais locais<br />
em particular para denunciar este reitor e<br />
o seu convidado como sendo os lacaios<br />
duma economia de colonialismo, de morte,<br />
de fome e de privação do povo português.<br />
Mais tarde a policia francesa, começou a<br />
se interessar perto demais às minhas intervenções,<br />
escritos em tanto que radialista e<br />
jornalista de imprensa portuguesa.<br />
Esta intervenção era devida nessa altura<br />
a todos os capitães de Abril que ousaram<br />
como eu ousei denunciar e “destruir” nessa<br />
tarde os aspectos insidiosos do fascismo<br />
contra a liberdade do comum dos cidadãos.<br />
Em resumindo ! A confiança do cidadão,<br />
não se define em termos de crise somente<br />
nos seus aspectos financeiros, mas na sua<br />
dimensão humana e social.<br />
Em tempos passados sem ou pouca informação<br />
o trabalhador ousava sem medo<br />
provocar o debate e se necessário lutar<br />
contra o obscurantismo, e pela obtenção<br />
de novos direitos do cidadão, que os governos<br />
pretendiam então destruir.<br />
Hoje ele está diante do seu computador …<br />
faz a sua revolução … mas ninguém o ouve<br />
porque a sociedade tornou-se virtual em lugar<br />
de ser humana.<br />
Na sua dimensão política, económica e social,<br />
Abril era necessário, como era necessária<br />
a evolução da sociedade portuguesa.<br />
Mas os homens que a dirigem são gente do<br />
passado que trabalham no virtual, e meteram<br />
para o lixo o humano e o dever de um<br />
Estado de ser protetor e eficiente nas suas<br />
políticas sociais. Ele próprio construiu os<br />
alicerces e a crise, que todos suportamos<br />
independentemente das nossas crenças<br />
sociais e políticas!<br />
Novembro de 2014<br />
VIVA A VIDA!<br />
Contem comigo<br />
Pedro Barroso<br />
Muito a serio - não pensei chegar<br />
aqui. Depois de conhecer o<br />
coma prolongado, o desespero,<br />
o mutismo, as varias experiências<br />
de quase morte, enfim,<br />
tudo o que vivi, celebro hoje<br />
uma data que me fugiu demais<br />
e considero o marco mais notável<br />
de efeméride de todas as<br />
minhas celebrações e aniversários<br />
possíveis.<br />
Estou vivo e pensante. Agradeço<br />
a todos os amigos pela enorme<br />
força que me têm dado todo<br />
este difícil percurso. Melhorando<br />
como estou sentindo, dia a<br />
dia, talvez tenham que aturar<br />
mais música minha dentro de<br />
um ano ou isso...<br />
Vivam a vida com a glória de<br />
sentir que, mesmo num dia de<br />
chuva, há sempre que celebrar<br />
este processo extraordinário<br />
de prosseguirmos e ir pensando,<br />
sentindo, acreditando. Dando<br />
abraços. Ouvindo música.<br />
Abraçando amigos. Sentindo<br />
na nossa mão a outra mão de<br />
quem amamos. Viva a vida! Chiça!<br />
VIVA A VIDA!<br />
Contem comigo. A raiva de viver<br />
rasgou a má sorte. Hei-de voltar.<br />
Tenho a certeza.
28 – Lusitano de Zurique Opinião<br />
Dezembro 2014<br />
Não se pode mesmo ser... sei lá...Suíço?<br />
Norueguês? Talvez até... turco?<br />
Amadeu Homem<br />
Sou insuspeito, creio. Nunca amei<br />
Passos Coelho e considero tudo o<br />
que este governo representa um insulto<br />
e roubo permanente, perigoso,<br />
despudorado e progressivo aos funcionários<br />
públicos, aos reformados<br />
aos mais desfavorecidos.<br />
Mas este episódio da detenção de<br />
Sócrates levanta lebres de todas as<br />
já previsíveis tocas. E espanta outras<br />
na mais disparada correria - procurando<br />
novos mimetismos. Que pândega.<br />
Até “dor e consternação” como<br />
dizem Lacão e Vieira (sic)!!! Oh meu<br />
muito pequenino Deus! Senti isso<br />
quando morreu o Zeca, a Amália, o<br />
Solnado, o Salgueiro Maia. Isso sim.<br />
Dor e consternação?! Serão coisas<br />
que esta gente sente? não. São coisas<br />
que esta gente diz. Ou tem de dizer,<br />
pois “obeissance oblige”.<br />
Sócrates foi dos mais desejados primeiros-ministros.<br />
Por defeito.<br />
De facto, Santana Lopes, - o playboy<br />
que quer ser, ao que parece, presidente,<br />
nem que seja no mais recôndito<br />
secreto de si mesmo...- caíra por<br />
colapso de birras, indigência mental<br />
e uma espécie de governação de vídeo-game<br />
barato, adolescente, leia-<br />
-se mesmo, humorística.<br />
Fora breve o consulado. Não houve<br />
paciência para tanta barraca seguida<br />
e saiu por uma porta muito pequena,<br />
bem adequada à envergadura anã de<br />
tão estranho mandato.<br />
Sócrates apareceu então, quase<br />
como o “desejado”. O salvador possível<br />
dos anéis, talvez já só dos dedos.<br />
Mas breve o circulo de mesmismo se<br />
instalou. Breve se percebeu que ali<br />
havia rato, - pois nem gato ousaria<br />
dizer. O estilo, a crispação, a vaidade<br />
pessoal, as decisões, a mentira<br />
da licenciatura,<br />
o nebuloso<br />
passado como<br />
“assinador barato”<br />
de projectos<br />
dos outros,<br />
as luvas quase<br />
obvias mas<br />
nunca provadas<br />
dos freeports e<br />
quejandas epopeias.<br />
O afundamento<br />
geral<br />
das finanças do<br />
país.<br />
E ele a dizer que não a tudo. E nós a<br />
vermos que sim. E o país a afundar<br />
dia a dia. Enfim.<br />
Nunca odiei tanto um PM como tal<br />
putativo “salvador”; já então exangue<br />
e autista, culminando no ódio que já<br />
em mim fervia no seu 2º mandato. A<br />
contracorrente da Cultura, da Lógica,<br />
da correcção, dos bons costumes do<br />
bom senso, do equilíbrio, da responsabilidade<br />
governativa. Só portanto<br />
por cega obediência seguidista hoje<br />
alguém pode alimentar tamanha dor.<br />
Politico - perdoe-me discordar, senhor<br />
PM actual dos tais anéis que<br />
foram...- é mais coisa menos coisa,<br />
isto mesmo. O que hoje é, amanhã<br />
não sabemos. E, de logro em logro,<br />
de má gestão em descalabro maior,<br />
lá definhou o povo, desde Manuel o<br />
venturoso. E desde Abril 74 que queimamos<br />
lenha já ardida trinta vezes no<br />
lume de uma esperança que morreu.<br />
E o património de homens públicos<br />
que possuímos para mostrar ao mundo<br />
é o que está à vista nos últimos<br />
dias:<br />
- Directores do SIS que ajudam ao<br />
que parece, a limpar escutas a pedido<br />
de amigalhaços?! Directores<br />
do SEF, afinal mais interessados em<br />
montar negócio de imobiliário em negócios<br />
de nos por os olhos em bico?!<br />
Presidentes dos próprios registos e<br />
notariados que se venderão (ou não,<br />
até prova em contrário claro... mas...)<br />
fabricando tolerâncias suspeitas, ostentando<br />
lucros, comissões, usando<br />
influências para enriquecer despudoradamente?!<br />
O país afinal é governado assim? E<br />
não se mexe também, já agora, com<br />
aqueles que souberam de antemão<br />
o descalabro do BES e venderam<br />
as suas acções rapidamente, as tais<br />
que, dias depois, nada valeriam?<br />
Que curtimenta vestem, de que tecido<br />
são feitos, afinal, os salgados donos<br />
disto tudo? Que imagem exportamos<br />
de um país que deu mundos<br />
ao Mundo? Peço desculpa mas... não<br />
se pode mesmo ser... sei lá...Suíço?<br />
Norueguês? Talvez até...turco?
Dezembro 2014 Cultura<br />
Lusitano de Zurique– 29<br />
Telenovela<br />
Portuguesa<br />
Carlos Paz<br />
Os amigos do Aníbal roubaram<br />
no BPN,<br />
Os amigos do Paulo roubaram<br />
nos submarinos,<br />
Os amigos do José roubaram<br />
na Falagueira.<br />
Os do Pedro roubaram nos<br />
sobreiros,<br />
Os do outro José no Freeport,<br />
E os do outro Pedro na Tecnoforma.<br />
O outro Pedro casou com o<br />
Paulo,<br />
O Aníbal foi padrinho,<br />
E o José foi madrinha.<br />
O Pedro foi tratar dos pobrezinhos,<br />
O outro José virou ator de TV.<br />
E, no fim da novela,<br />
Quem PAGOU foi o Português,<br />
Que não tinha nada a ver com<br />
esta história!<br />
CRÉDITOS JFA<br />
Provavelmente o mais rápido da suíça<br />
Apenas falando português não se resolvem as coisas...<br />
É necessário perceber e a JFA percebe<br />
O contacto directo é muito importante.<br />
0900 25 04 74 (86Rp./min)<br />
Badenerstrasse 406<br />
8004 Zürich<br />
071 222 44 72<br />
Kornhausstrasse 3<br />
9000 St. Gallen<br />
061 363 06 85<br />
Dornacherstrasse 119<br />
4053 Basel
30 – Lusitano de Zurique Dezembro 2014<br />
Tecnologia<br />
Joana Araújo<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Festas</strong><br />
Cuidado com o seu computador<br />
malware sobe para níveis recorde<br />
Entre Julho e Setembro surgiu<br />
em todo o mundo um<br />
número recorde de 20 milhões<br />
de novos exemplares<br />
de malware, numa média de<br />
mais de 227.000 amostras<br />
por dia, nas contas da Panda<br />
Security. Segundo a empresa<br />
de segurança, no seu<br />
relatório trimestral, o rácio<br />
de infecções foi de 37,93%,<br />
face a 36,87% aos três meses<br />
anteriores.<br />
uma ligeira descida face<br />
aos resultados do relatório<br />
anterior. Segue-se o<br />
Perú (42,38%) e a Bolívia<br />
(42,12%).<br />
A Europa é a região com<br />
índices de infecção mais<br />
baixos, com nove países<br />
entre os 10 mais seguros do<br />
mundo, numa tabela liderada<br />
pela Noruega (23,07%).<br />
Portugal também entra no<br />
Top dos países com menos<br />
computadores infectados,<br />
precisamente fechando a<br />
lista (27,83%).<br />
Os trojans continuam a ser<br />
o tipo de malware mais comum<br />
(78,08%), com a sua<br />
criação a aumentar 58,20%<br />
face ao segundo trimestre<br />
do ano. Em segundo lugar<br />
em termos de crescimento,<br />
embora a larga distância,<br />
estão os vírus (8,89%) e os<br />
worms (3,92%).<br />
A China continua a ser o<br />
país com maior índice de<br />
computadores infectados<br />
(49,83%), embora com<br />
Aplicações iOS “hackeadas” sobe para perto dos 90%<br />
Oitenta e sete por cento das 100 aplicações pagas<br />
mais populares para iOS já foram hackeadas (pirateadas)<br />
e estão disponíveis para download a partir<br />
de lojas de apps não autorizadas.<br />
De salientar que o download deste tipo de aplicações<br />
para dispositivos iOS implica o “jailbrake”(*) dos mesmos.<br />
Já relativamente à plataforma Android, os valores de clonagem<br />
estão nos 97%, em linha com os números que<br />
têm sido registado nos últimos anos.<br />
Os valores não são muito diferentes se a análise recair<br />
sobre as aplicações gratuitas, com os dados do relatório<br />
a indicarem que neste caso as percentagens de clones<br />
disponíveis estão nos 80% para Android e nos 75% para<br />
iOS.<br />
(*) JAILBREAK é a quebra de segurança, podendo depois instalar<br />
programas não-oficiais da Apple.<br />
in TEK<br />
Coordenação: Joana Araújo/agências
Dezembro 2014 Turismo<br />
Lusitano de Zurique– 31<br />
Lanzarote<br />
Emília Farinha<br />
A ilha de Lanzarote está situada no oceano Atlântico, a cerca de 140km da<br />
costa africana e é a mais oriental das ilhas Canárias. A sua paisagem agreste,<br />
formada por vulcões adormecidos, enormes crateras (mais de 300) e vales de<br />
lava solidificados, contrasta com as pequenas aldeias caiadas de branco e o<br />
azul brilhante do oceano.<br />
As temperaturas amenas durante todo o ano atraem visitantes de toda a Europa,<br />
sobretudo durante os meses de Inverno. Em 1993 foi declarada Reserva<br />
da Biosfera pela UNESCO.<br />
Arrecife - é a capital da ilha e onde se encontra<br />
mais de metade da população residente de Lanzarote.<br />
Aqui encontra um grande número de lojas,<br />
bares e restaurantes de qualidade. No centro<br />
da cidade, poderá ainda visitar El Charco de San<br />
Gines, uma lagoa de água salgada cercada pelas<br />
casas dos pescadores e pequenos restaurantes.<br />
Jardim dos Cactos - é uma das últimas obras de<br />
César Manrique, personalidade importante no desenvolvimento<br />
sustentável e na defesa dos valores<br />
ambientais da ilha. Criado numa antiga pedreira,<br />
este jardim acolhe um grande número de cactos<br />
de diversas espécies, todos cultivados sobre uma<br />
extracção de pedra vulcânica que os agricultores<br />
utilizam para os seus plantios.<br />
Costa Teguise, Puerto del Carmen e Playa Blanca<br />
- são os principais pontos turísticos da ilha, com<br />
um grande número de hotéis de qualidade, restaurantes,<br />
bares e discotecas. Existem praias de areia<br />
escura e areia dourada e um número infinito de actividades<br />
aquáticas como mergulho, surf, windsurf,<br />
vela, jet ski, etc.<br />
Parque Nacional de Timanfaya - situado no sudoeste<br />
da ilha, o Parque Nacional de Timanfaya é<br />
uma das melhores mostras do habitat vulcânico<br />
das Canárias, com uma paisagem de aspecto lunar<br />
que ocupa uma área protegida de cerca 52 km2.<br />
É possível percorrer a encosta sul em excursões<br />
de dromedário ou fazer a viagem de autocarro ao<br />
longo dos vulcões e extensos campos de lava que<br />
configuram o parque. Os vulcões mais conhecidos<br />
são o Montaña de Fuego, o Caldera del Corazoncillo<br />
e o Montaña Rajada.<br />
Poderá ainda visitar El Lago Verde, uma magnifica<br />
lagoa de cor verde esmeralda e coberta de algas<br />
e as Cuevas de Los Verdes formadas há mais de<br />
3000 anos pela actividade vulcânica.<br />
Onde dormir: Hotel Arrecife****; Seaside Hotel Los<br />
Jameos Playa****; Hotel Lanzarote Village****; Hotel<br />
Iberostar Lanzarote Park***
32 – Lusitano de Zurique C ulinária<br />
Dezembro 2014<br />
Culinária<br />
Sonhos de Natal<br />
do Chefe Silva<br />
Chefe António Silva<br />
Ingredientes:<br />
— 300gr de farinha<br />
— 6 ovos<br />
— 80gr de margarina<br />
— 1 pitada de sal<br />
— 1/2 litro de água<br />
— 2 colheres de sopa de açúcar<br />
— Casca de 1 laranja<br />
— Açúcar em pó e canela para<br />
polvilhar<br />
Preparação:<br />
Leve ao lume um tacho com a<br />
água, o sal, a margarina, o açúcar<br />
e a casca da laranja, deixe<br />
ferver.<br />
Retire a casca da laranja com<br />
a ajuda de um garfo.<br />
Junte a farinha de uma só vez<br />
e mexa bem sem tirar do lume,<br />
até ficar uma massa macia.<br />
Retire então do lume, deite<br />
para uma tigela, deixe arrefecer<br />
um pouco e junte os ovos<br />
um a um, mexendo bem após<br />
cada adição.<br />
Leve ao lume um tacho com<br />
óleo e deixe-o aquecer.<br />
Deite no óleo colheradas da<br />
massa e deixe fritar lentamente,<br />
picando os sonhos com um<br />
garfo de vez em quando, até<br />
triplicarem o volume e ficarem<br />
duros e douradinhos.<br />
Retire-os, escorra-os, polvilhe<br />
com açúcar e canela.<br />
Se gostar faça uma calda para<br />
os acompanhar, pode também<br />
regá-los com esta, depois de<br />
fria.<br />
Ingredientes para a calda:<br />
— 200gr de açúcar<br />
— 1 casca de laranja ou limão<br />
— 1 pau de canela<br />
— 150Ml de água<br />
Nota: Se pretender fazer a<br />
calda deve começar por aqui:<br />
Como fazer a calda:<br />
Leve ao lume a água com o<br />
açúcar, a canela e a casca da<br />
laranja, deixe ferver durante 10<br />
minutos. Retire do lume e deixe<br />
arrefecer. Acompanhe quando<br />
servir os sonhos.<br />
Coordenação: Joana Araújo
Dezembro 2014 Comunidade Júnior<br />
Lusitano de Zurique– 33<br />
BOAS<br />
FESTAS<br />
O VELHO MAGO<br />
António Torrado escreveu<br />
Era uma vez um velho Mago, muito famoso.<br />
Mago equivale a feiticeiro. Feiticeiro equivale a<br />
bruxo. No entanto, este não era dos maus, daqueles<br />
quetransformam príncipes em sapos ou coisas<br />
assim. Durante toda a vida, dera-lhe mais para<br />
transformar sapos em príncipes ou coisas parecidas.<br />
Era um Mago bom. Mas andava muito<br />
esquecido. Ia para praticar uma magia, através de<br />
uma fórmula mágica e, a meio, tinha uma falha<br />
de memória:– Galapim, topelim, balemeque... Ou<br />
será bumelaque? O caso podia ser grave, porque<br />
qualquer pequena alteração das palavras mágicas<br />
transtornaria o resultado. Em vez de fazer<br />
aparecer um príncipe, onde estava um sapo, fazia<br />
aparecer uma galinha.<br />
Depois, a transformação da galinha em príncipe<br />
é que era um caso sério. Um processo muito<br />
mais complicado. Quase impossível. À conta dos<br />
seus enganos, o velho Mago tinha a capoeiracheia.–<br />
Esta minha cabeça já não funciona<br />
como dantes funcionava – queixava-se ele. Ainda<br />
foi a um médico, que lhe receitou uns comprimidos<br />
para a desmemória, mas o Mago também<br />
se esquecia de tomar os comprimidos e tudo continuava<br />
namesma. E a capoeira cada vez mais<br />
cheia... Um amigo, que foi visitá-lo, aconselhou-<br />
-o:– Larga o ofício de Mago e transforma-te em<br />
criador de aves. Tens aqui um rico aviário. Pois<br />
tinha. Tanto que uma raposa descarada começou<br />
arondar-lhe a capoeira. Numa noite de luar, o<br />
mago pressentiu-a e, armado de umas palavras<br />
mágicas, que tiram o apetite às raposas, atirou-<br />
-lhe ao focinho:– Belico, sapetec, arlepic, pic, pic.<br />
Sofial! Jeropigue! Cavanica. Obstrúnfio. A raposa<br />
fugiu, alarmada, e as galinhas agitaram-se na<br />
capoeira, numa desusada excitação. Sucedeu o<br />
que parecia quase impossível. A capoeira ficou<br />
cheia, a abarrotar de príncipes, todos muito indignados<br />
por se encontrarem em lugar tão fora de<br />
propósito para tais Altezas. Saíram os príncipes<br />
para os seus respectivos palácios, se é que os<br />
tinham, e o velho Mago, muito envergonhado,<br />
ficou a remoer mais este engano. Não acertava<br />
nem numa única fórmula. Que enervância! E<br />
o mais grave é que também se tinha esquecido<br />
das palavras mágicas que, infalivelmente, transformam<br />
os sapos em galinhas. Sem gemada<br />
para o lanche nem omeleta para o jantar, o<br />
Mago decidiu seguir o conselho do amigo. Comprou<br />
várias dúzias de pintainhos, meteu-os na<br />
capoeira vazia e esperou que crescessem. Dá-lhes<br />
de comida migas de pão duro e sêmola. Não é<br />
nenhuma fórmula mágica, mas engorda.<br />
Coordenação: Joana Araújo
34 – Lusitano de Zurique Dezembro 2014<br />
Humor/Passatempo<br />
Carta ao Pai Natal<br />
Curtas...<br />
Um rapazinho de 8 anos queria 100 euros e,<br />
para os obter, rezou durante duas semanas<br />
ao Pai Natal. Como nada acontecia, resolveu<br />
então mandar uma carta ao Pai Natal com o<br />
pedido. Os CTT (correios) receberam uma<br />
carta dirigida ao “Pai Natal - Portugal”, e<br />
decidiram enviá-la para o Primeiro-Ministro.<br />
Pedro Passos Coelho que ficou muito<br />
comovido com o pedido e resolveu mandar<br />
uma nota de 10 euros ao rapazinho, pois<br />
achou que 100 euros, era muito dinheiro<br />
para uma criança daquela idade…<br />
O menino recebeu os 10 euros e,<br />
imediatamente, escreveu uma outra carta a<br />
agradecer:<br />
“Querido Pai Natal: Muito obrigado por me<br />
mandar o dinheiro que lhe pedi. No entanto,<br />
reparei que o mandou através do Primeiro-<br />
Ministro Pedro Passos Coelho, e como<br />
sempre, o filho da @ta ficou com 90% do<br />
que era meu!!!”<br />
—Todos os dias é a mesma coisa:<br />
filho faz isto, filho faz aquilo,<br />
tens que trabalhar...<br />
Assim não pode ser. Não vejo a<br />
hora de fazer 40 anos para sair<br />
daqui de casa.<br />
—Quase morri envenenado,<br />
pensei que aquela garrafa com<br />
um rótulo com uma caveira fosse<br />
bebida de pirata.<br />
—Ainda bem que inventaram o<br />
Facebook, senão eu teria que<br />
ligar para 500 pessoas para dizer<br />
que vou dormir.<br />
—O Joãozinho apanhou uma<br />
tareia da vizinha, a mãe furiosa<br />
foi tirar satisfações: Porque<br />
é que a senhora bateu no meu<br />
filho? Ele foi mal-educado, chamou-me<br />
gorda.<br />
E a senhora pensa que vai<br />
emagrecer a bater nele?<br />
—Entre casados: Querido, o<br />
que é que preferes? Uma mulher<br />
bonita ou uma mulher inteligente?<br />
Nem uma, nem outra.<br />
Tu sabes que eu só gosto de ti.<br />
TRADUÇÃO:<br />
— Abdullah: Allah ama-nos, Rabia! Allah<br />
é grande!<br />
— Rabia: Abdullah, meu amor eterno,<br />
Allah ama-nos e protege-nos! O meu<br />
marido acabou agora de passar aqui à<br />
nossa frente e nem me reconheceu!!!<br />
Fröhliche Weihnachten<br />
Feliz Natal<br />
Sheng Tan Kuai Loh<br />
Merry Christmas<br />
Efemérides<br />
- Lei da Liberdade<br />
de Imprensa<br />
A 22 de Dezembro de<br />
1834, durante o reinado de<br />
D. Maria II, é aprovada a Lei<br />
da Liberdade de Imprensa<br />
em Portugal.<br />
A 29 de Dezembro de 1911, nasce, em Vila<br />
Franca de Xira, o escritor português Alves<br />
Redol. Foi uma figura central do Neo-Realismo<br />
português, sendo autor de uma vasta<br />
obra ficcional, que inclui o teatro e o conto.<br />
De entre a sua obra destacam-se Gaibéus<br />
(1939), Fanga<br />
(1943), a<br />
trilogia do Ciclo<br />
Port-Wine<br />
(1949-1953) e<br />
Barranco de<br />
Cegos (1962),<br />
porventura o<br />
seu romance<br />
mais conseguido.<br />
No último dia do ano de 1943, o<br />
Diário de Lisboa escreve: «O mundo<br />
acaba de suportar o quarto ano<br />
completo de guerra. Iniciada a 1<br />
de Setembro de 1939 na Europa, a<br />
luta militar transformou-se, durante<br />
esse período, numa conflagração<br />
mundial».
Dezembro 2014 Horóscopo<br />
Lusitano de Zurique– 35<br />
Carneiro<br />
Novo empreendimento ou<br />
nova posição profissional<br />
aumentará o seu poder e as<br />
responsabilidades. Do dia<br />
10 ao 30, Mercúrio retrógrado<br />
na sua área da carreira<br />
atrasará resultados,<br />
mas garantirá planos que<br />
proporcionarão uma grande<br />
conquista profissional a<br />
médio prazo. Na segunda<br />
quinzena, contactos com<br />
pessoas de fora reforçarão<br />
seu optimismo. Apesar do<br />
cansaço, o fim de ano promete<br />
grandes motivos para<br />
comemorar. Aposte numa<br />
programação íntima, temperada<br />
com muita sedução,<br />
carinho e cumplicidade. Vénus<br />
intensificará a vida sexual.<br />
Touro<br />
Durante todo o mês, a presença<br />
de Vénus na sua<br />
área afectiva criará um clima<br />
romântico e sensual na<br />
vida íntima. Tudo aberto<br />
para saborear momentos<br />
intensos de aventura e prazer,<br />
em óptima companhia.<br />
Novo ambiente social será<br />
excitante e surpreendente.<br />
Os encontros do mês<br />
provocarão mudanças nas<br />
suas crenças e filosofias.<br />
Aproveite o stelium (agrupamento)<br />
de Mercúrio, Plutão<br />
e Marte, em harmonia com<br />
seu signo, para enriquecer<br />
a bagagem cultural. Comemore<br />
a passagem de ano<br />
com um voto de confiança<br />
no amor.<br />
Gémeos<br />
A Lua Nova na sua área<br />
afectiva inaugurará uma<br />
fase de mais confiança e<br />
carinho, numa relação já estabelecida<br />
ou trará novo romance,<br />
se o coração estiver<br />
disponível. Desejos íntimos<br />
e planos de mudança no<br />
estilo de vida ficarão mais<br />
fortes, com o agrupamento<br />
de Mercúrio, Plutão e Marte<br />
na metade do mês. Inseguranças<br />
e frustrações virão à<br />
tona no 29, mas não devem<br />
abalar o seu humor. A passagem<br />
do ano, com a Lua<br />
na sua área afectiva, garantirá<br />
alto astral, carinho e<br />
prazer dobrado. Comemore<br />
com alegria e fé!<br />
Caranguejo<br />
Novo amor virá junto com<br />
reflexões e mudanças pessoais<br />
profundas. Stelium<br />
(agrupamento) de Marte,<br />
Mercúrio e Plutão na sua<br />
área afectiva, transformará<br />
antigos padrões de comportamento,<br />
abrindo espaço<br />
para mais prazer na vida<br />
íntima.<br />
Sagitário<br />
Contará com o apoio de<br />
um antigo amor em assuntos<br />
familiares delicados. O<br />
Sol em harmonia com seu<br />
signo, até o 21, promete poder<br />
pessoal, brilho e amor à<br />
vida.<br />
Estará encantadora, com a<br />
força de Vénus a seu favor,<br />
durante todo o mês. Só ficará<br />
sozinha se essa for sua<br />
opção. Na passagem de<br />
ano, planos ousados para o<br />
futuro e muito optimismo. A<br />
sorte estará do seu lado!<br />
Leão<br />
Quotidiano agitado, mais<br />
trabalho e necessidade de<br />
maior organização darão o<br />
tom deste mês, repleto de<br />
compromissos e de novos<br />
desafios. Entre os dias 10<br />
e 30, Mercúrio retrógrado<br />
poderá causar atrasos ou<br />
dificuldades nas comunicações<br />
profissionais. Mas<br />
esse período será positivo<br />
para revisar contratos e alterar<br />
rotinas. Capriche no<br />
ritual de passagem de ano:<br />
seus pedidos serão atendidos!<br />
Virgem<br />
Stelium (agrupamento) poderoso<br />
de Marte, Mercúrio<br />
e Plutão, em harmonia com<br />
seu signo, promete conquistas<br />
importantes e investimentos<br />
no seu prazer.<br />
Encare os assuntos mais<br />
delicados e aprofunde o<br />
tom das conversas. Novo<br />
romance poderá começar<br />
com clima de mistério, que<br />
aguçará sua curiosidade.<br />
Na passagem de ano, concentre-se<br />
nos seus sonhos:<br />
o universo conspirará a seu<br />
favor!<br />
Balança<br />
Construirá bases sólidas<br />
para sua vida. Saturno em<br />
seu signo cobrará seriedade<br />
e determinação para alcançar<br />
os objectivos. Aproveite<br />
a primeira quinzena para<br />
fortalecer vínculos afectivos<br />
e se comprometer com<br />
planos familiares. Conversas<br />
com a família também<br />
serão complicadas. Reveja<br />
antigos conceitos e livre-se<br />
dos traumas do passado.<br />
Stelium (agrupamento) poderoso<br />
de Marte, Mercúrio<br />
e Plutão, no dia 14, porá fim<br />
às velhas angústias. A passagem<br />
de ano com encontros<br />
animados inaugurará<br />
uma nova era em sua vida.<br />
Escorpião<br />
Planos criativos trarão perspectivas<br />
financeiras positivas.<br />
Não faltarão chances<br />
para o amor, com Vénus no<br />
seu signo, mas não será<br />
qualquer um que passará<br />
por seu exigente controlo<br />
de qualidade. Atrasos<br />
nas comunicações e nas<br />
respostas comerciais, entre<br />
os dias 10 e 30. Terminará<br />
o ano com mais clareza sobre<br />
o que terá de mudar e<br />
o que deverá preservar em<br />
sua vida. Sonhos audaciosos<br />
inspirarão metas para o<br />
futuro.<br />
Capricórnio<br />
Vida social movimentada<br />
trará oportunidade para o<br />
amor na primeira quinzena.<br />
Um encontro, no dia 8,<br />
provocará paixão intensa.<br />
Prepare-se para transformações<br />
e conquistas em<br />
sua vida. A partir do 21, o<br />
Sol em seu signo iluminará<br />
seus caminhos. Com<br />
maior poder de persuasão<br />
e alianças importantes, terminará<br />
o ano com óptimas<br />
perspectivas para o futuro<br />
e certeza de suas novas escolhas.<br />
Aquário<br />
A imaginação estará à solta.<br />
Aproveite a inspiração<br />
para enriquecer os relacionamentos,<br />
surpreendendo<br />
com sua originalidade. Stelium<br />
(agrupamento) de Marte,<br />
Mercúrio e Plutão provocará<br />
mudanças internas<br />
significativas. A vida prática<br />
parecerá menos complicada.<br />
Na passagem de ano,<br />
sintonize-se com seus melhores<br />
sentimentos e some<br />
forças com amigos: seus<br />
desejos secretos serão realizados!<br />
Peixes<br />
Novas amizades virão para<br />
ficar e para provocar grandes<br />
mudanças na sua vida.<br />
Stelium (agrupamento) de<br />
Marte, Mercúrio e Plutão<br />
trará encontros com pessoas<br />
poderosas e maior<br />
projecção social. O Sol na<br />
sua área da carreira, até o<br />
dia 21, promete sucesso<br />
dos empreendimentos e<br />
expansão profissional. Hospede<br />
amigos em casa e crie<br />
um clima alegre à sua volta.<br />
A passagem de ano trará<br />
novas esperanças e a certeza<br />
de um futuro melhor.<br />
Visualize os seus sonhos<br />
realizados e siga em frente!
36 – Lusitano de Zurique Literatura<br />
Dezembro 2014<br />
Os homens também choram<br />
Carmindo<br />
de Carvalho<br />
Os homens também choram. Quem disser<br />
que não, mente.<br />
Eu sou homem e também já chorei.<br />
Chorei de alegria por ter. Chorei de tristeza<br />
por querer ter e não ter.<br />
Chorei pela perda. Chorei pela dúvida na<br />
incerteza.<br />
E chorei de riso, de contentamento em<br />
alguns momentos de felicidade.<br />
Mas chorei sempre sem querer chorar.<br />
Chorei porque sentia que me apetecia<br />
chorar.<br />
Apenas porque o verdadeiro chorar é um<br />
acto espontâneo.<br />
Mas há chorares e chorares...<br />
Chora verdadeiramente quem sente. E<br />
chora teatralmente quem derrama lágrimas<br />
de crocodilo com as quais enrola,<br />
ou pretende enrolar a gente...<br />
Não sou de ferro nem de madeira, ou<br />
qualquer outra matéria insensível e inerte.<br />
Coisa de fracos _ dirão alguns.<br />
Não _ digo eu.<br />
Fracos é serem arrogantes, convencidos,<br />
ditatoriais e com isso disfarçarem<br />
os seus próprios medos, na violência<br />
que infligem aos outros.<br />
Outubro de 2014<br />
Última hora<br />
( Aviso à navegação. )<br />
Portugal assolado<br />
Por nortada<br />
Destravada<br />
Descontrolada!<br />
Tempo conturbado<br />
Mar encrespado.<br />
Selva marada!<br />
Fauna louca!<br />
Flora mal cheirosa!<br />
Bicharada zangada!<br />
Burros zurram.<br />
Cães ladram.<br />
Gatos assanhados<br />
De unhas afiadas.<br />
Gansos manhosos<br />
Patos alvoraçados<br />
Perseguem patas<br />
E gansas<br />
Que assustadas<br />
Esvoaçam aluadas!<br />
Tubarões nervosos!<br />
Leões irritados!<br />
Velhos dinossauros<br />
Exibem seus dentes arreganhados.<br />
Vampiros medonhos<br />
De sangue famintos.<br />
Fantasmas horrorosos<br />
Ávidos cercam<br />
Ansiosos rondam<br />
E assustam!<br />
Cherne gorduroso<br />
Arrota de odre<br />
Cheio de cheiro<br />
A podre!<br />
Pescadinha<br />
De rabo ao léu e cabeça desvairada!<br />
Carapau de rabo<br />
Entalado!...<br />
Todos aos uis - uis e ais - ais.<br />
Com o cu a arder<br />
Com o que lhes está a acontecer!<br />
25 de Novembro de 2014<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Festas</strong>
Dezembro 2014 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 37<br />
O fascismo islâmico e a violência da fé<br />
Carlos Esperança<br />
Deixaram de ser notícia a violência<br />
e os crimes da fé. As pessoas<br />
abrandam a vigilância e fecham-<br />
-se às más notícias. Esquecem a<br />
infâmia e dormem tranquilas com<br />
o tribalismo e a demência.<br />
Recentemente, as milícias Al-Shabaad<br />
executaram 28 passageiros, 19<br />
homens e 9 mulheres, no Quénia, em<br />
ação de vingança por uma operação<br />
policial contra mesquitas de Mombaça.<br />
No início da semana as forças de<br />
segurança encerraram quatro mesquitas,<br />
acusadas de ligações aos radicais<br />
islâmicos da Somália, função<br />
que as mesquitas assumem cada vez<br />
mais, entre as orações e a pregação,<br />
contra os infiéis. Os terroristas de<br />
Deus escolheram, entre as dezenas<br />
de passageiros, os que não eram da<br />
sua fé e, à falta de judeus, mataram<br />
28 cristãos, poupando apenas os<br />
muçulmanos.<br />
Diariamente somos confrontados<br />
com cristãos dizimados por muçulmanos<br />
numa orgia de terror para que<br />
não há perdão. A inversa também<br />
tem acontecido. As crenças não me<br />
merecem respeito, mas os crentes,<br />
sejam de que religião forem, não merecem<br />
apenas respeito, exigem-me<br />
a solidariedade que deve envolver<br />
todos os homens e mulheres, por<br />
mais envenenados que as crenças<br />
os mantenham.<br />
Se não levarmos o laicismo aos manicómios<br />
da fé arriscamo-nos a que<br />
a fé das maiorias, ou das minorias fanatizadas,<br />
nos seja imposta.<br />
Se as mesquitas se tornam locais<br />
de treino terrorista e de instigação à<br />
violência, deixam de ser templos e<br />
passam a ser quartéis de um exército<br />
que urge combater. Em nome da paz<br />
urge fechar os antros da violência,<br />
em defesa da liberdade combatem-<br />
-se os apelos à verdade única e em<br />
nome da civilização, devemos erradicar<br />
os campos de treino da barbárie,<br />
sejam mesquitas, igrejas, sinagogas,<br />
templos de qualquer fé ou de nenhuma.<br />
As guerras religiosas precisam, tal<br />
como as guerras convencionais, que<br />
lhes destruam os campos de treino e<br />
os instrutores. Estou farto de saber<br />
assassinados os que acreditam na fé<br />
que lhes ensinaram.<br />
Momentos... Por Maria dos Santos<br />
Dois grandes nomes do Folclore em terras Helvéticas. Dois<br />
grandes vultos que dedicam o seu tempo à Cultura Popular<br />
Portuguesa.Espero vê-los nesta trajectória, muito mais tempo.<br />
O Folclore precisa de vós. Se o Cante Alentejano já é Património<br />
da Humanidade… temos de conseguir que o Folclore seja<br />
também reconhecido. Obrigada pelo vosso contributo. <strong>Festas</strong><br />
Felizes e um ano 2015 cheio de bons e memoráveis momentos.<br />
Ao Presidente do Centro Lusitano de Zurich, Armindo Alves<br />
desejo as maiores felicidades como Presidente desta colectividade.<br />
Parabéns pelo teu trabalho e espero que 2015 seja mais um<br />
ano de sucesso pessoal, profissional e Associativo.<br />
Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
38 – Lusitano de Zurique Diversos<br />
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Fumadores têm filhos mais<br />
agressivos<br />
Além de todos os males que o<br />
cigarro causa, pesquisadores<br />
agora descobriram que filhos<br />
de mães que fumam podem<br />
ser mais agressivos que outras<br />
crianças. O estudo, conduzido<br />
por cientistas da Universidade<br />
de Montreal, no Canadá, constatou<br />
que aquelas que fumam<br />
mais de 10 cigarros por dia têm<br />
67% de possibilidades de ter<br />
um filho violento.
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