Monografia - UFF
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2.2 Algoritmos de Adaptação Automática de Taxa 19<br />
Embora os procedimentos de aumento e redução de taxa sejam bem semelhantes,<br />
existe uma diferença entre eles. Quando a taxa é aumentada, o primeiro quadro transmitido<br />
(muitas vezes referenciado como quadro de probe) é usado como um teste. Se a sua<br />
transmissão falhar, o ARF retorna à taxa anterior.<br />
O algoritmo faz uso também de um temporizador. Toda vez que um nó tenta transmitir<br />
um quadro, este temporizador é reiniciado. Se, por outro lado, durante um período de<br />
tempo relativamente longo, nenhum quadro é transmitido, o temporizador eventualmente<br />
chega a zero, disparando o processo de incremento da taxa (i.e., a taxa é incrementada e<br />
os contadores são zerados).<br />
Um dos problemas do algoritmo ARF é o fato de que os sucessos necessários para que<br />
se eleve a taxa de transmissão precisam ser consecutivos. Isso faz com que o algoritmo<br />
seja “pessimista”, especialmente com enlaces nos quais a taxa de perda de quadros é bem<br />
distribuída no tempo. Por outro lado, quando um nó fica ocioso por algum tempo, as<br />
taxas de seus enlaces são gradativamente incrementadas, podendo chegar à taxa mais<br />
alta (por causa da expiração do temporizador). Isto é problemático, pois quando um<br />
novo quadro precisa ser enviado, a taxa selecionada pode estar alta demais, levando a um<br />
grande número de quadros perdidos até que a taxa volte a um patamar viável.<br />
Um problema um pouco mais sutil desta abordagem é a suposição de que taxas mais<br />
altas sempre são mais suscetíveis a perdas de quadro. Quando o ARF foi proposto, seus<br />
autores tinham como objetivo realizar adaptação automática de taxa em interfaces de rede<br />
WaveLAN-II [36]. Estas interfaces eram capazes de operar a duas taxas de transmissão:<br />
1 e 2 Mbps. Neste caso específico, a suposição de que a taxa mais baixa é mais robusta<br />
se verifica.<br />
No entanto, nos padrões atuais do IEEE 802.11 existem muitas outras taxas disponíveis<br />
e nem todas utilizam a mesma modulação. Com isso, em alguns pares de<br />
taxas adjacentes não se verifica a propriedade da maior robustez da taxa mais baixa.<br />
A Figura 2.2 exemplifica esta característica nas taxas de 9 e 12 Mbps, consecutivas no<br />
IEEE 802.11g. O gráfico mostra a curva da probabilidade de perda de quadros de 1024 bytes<br />
em função do SNR no receptor. Os dados são baseados em resultados do simulador<br />
de canais OFDM apresentado em [64]. Em praticamente todos os pontos do gráfico, a<br />
probabilidade de perda de quadros na taxa de 12 Mbps é menor que na taxa de 9 Mbps.<br />
Desta forma, quando o ARF reduz a taxa utilizada objetivando reduzir a taxa de perda<br />
de quadros, o efeito pode ser o oposto.