4.1.2 A GESTÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICASFoto: Fernan<strong>do</strong> GambarineA gestão <strong>de</strong> bacias exerce papel fundamental nagestão territorial. Para ser eficiente, faz-se necessáriaa constituição <strong>do</strong>s Comitês <strong>de</strong> Bacias Hidrográficas(CBH), que são instâncias participativas e órgãos colegia<strong>do</strong>sinstituí<strong>do</strong>s por Lei, no âmbito <strong>do</strong> SistemaNacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos (SINGREH), em níveisfe<strong>de</strong>ral e estadual.Previstos na Política Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos(Lei nº 9.433/97), os planos <strong>de</strong> recursos hídricos,o enquadramento <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> água em classes, aoutorga <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> recursos hídricos, a cobrançapelo uso da água e o sistema <strong>de</strong> informaçõessobre recursos hídricos são importantes instrumentosna gestão <strong>das</strong> bacias hidrográficas.O planejamento <strong>do</strong> uso <strong>das</strong> bacias hidrográficascolabora <strong>para</strong> a prevenção e o controle <strong>do</strong>s <strong>de</strong>smatamentospor meio <strong>do</strong>s seus planos <strong>de</strong> recursos hídricos.Entretanto, cabe ressaltar que é necessárioque os seus planos <strong>de</strong> gestão consi<strong>de</strong>rem, além <strong>do</strong>srecursos hídricos, o tipo <strong>de</strong> ocupação da bacia e o esta<strong>do</strong><strong>de</strong> sua vegetação remanescente. Os planos têmo potencial <strong>de</strong> apontar programas e diretrizes <strong>para</strong>diversos temas, tais como a mobilização social e educaçãoambiental, proteção, recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>grada<strong>das</strong>,capacitação, fortalecimento institucionale áreas protegi<strong>das</strong>, incluin<strong>do</strong> o arranjo institucional<strong>para</strong> sua gestão.As bacias hidrográficas <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio fe<strong>de</strong>ral localiza<strong>das</strong>no bioma Cerra<strong>do</strong> são a <strong>do</strong> Tocantins/Araguaia,São Francisco, Ver<strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Paranaíba. As quepossuem comitês instala<strong>do</strong>s são as <strong>do</strong> rio Paranaíba,São Francisco e a sua sub-bacia <strong>do</strong> rio Ver<strong>de</strong> Gran<strong>de</strong>.79
Foto: Fernan<strong>do</strong> Gambarine- Bacia Hidrográfica Tocantins/Araguaia- Ocupa uma área <strong>de</strong> 918.822 km² (11% <strong>do</strong> País) eabrange os esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Pará, Tocantins, Goiás, MatoGrosso e Maranhão e o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, totalizan<strong>do</strong>409 municípios. Dessa área, aproximadamente64% encontram-se no bioma Cerra<strong>do</strong>. Possui <strong>Plano</strong>Estratégico <strong>de</strong> Recursos Hídricos (2009-2025), aprova<strong>do</strong>pelo Conselho Nacional <strong>do</strong>s Recursos Hídricos(CNRH), mas não possui Comitê instala<strong>do</strong>.- Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> São Francisco – O rioSão Francisco tem uma extensão <strong>de</strong> 2.863 km, enquantoa área <strong>de</strong> drenagem da Bacia correspon<strong>de</strong>a 636.920 km² (8% <strong>do</strong> território nacional). Abrange503 municípios e sete Unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração (Bahia,Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás eDistrito Fe<strong>de</strong>ral). Em relação à cobertura vegetal, aBacia contempla fragmentos <strong>de</strong> diversos biomas, salientan<strong>do</strong>-sea Floresta Atlântica em suas cabeceiras,o Cerra<strong>do</strong> (Alto e Médio São Francisco) e a Caatinga(Médio e Submédio São Francisco). Essa bacia possui<strong>Plano</strong> Decenal (2004-2013) e o Comitê foi constituí<strong>do</strong>em 2001.- Sub-Bacia Hidrográfica Rio Ver<strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> - Abacia drena uma área aproximada <strong>de</strong> 30.420 km², <strong>de</strong>saguan<strong>do</strong>no médio São Francisco, sen<strong>do</strong> que <strong>de</strong>ssetotal 87% pertencem ao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais e orestante, 13%, ao Esta<strong>do</strong> da Bahia, quase 100% nobioma Cerra<strong>do</strong>. O <strong>Plano</strong> da bacia está em processo<strong>de</strong> elaboração com programas <strong>de</strong> investimento até oano 2025 e o Comitê foi constituí<strong>do</strong> em 2003.- Bacia Hidrográfica Rio Paranaíba – localiza<strong>do</strong>na Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraná, possui umaárea <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> 222.767 km², abrangen<strong>do</strong> parte<strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Goiás (65%), Minas Gerais (30%),Distrito Fe<strong>de</strong>ral (3%) e <strong>do</strong> Mato Grosso <strong>do</strong> Sul (2%).Ocupa pre<strong>do</strong>minantemente o bioma Cerra<strong>do</strong>. O Comitêfoi constituí<strong>do</strong> em 2002 e instala<strong>do</strong> em 2008.Além <strong>de</strong>ssas bacias fe<strong>de</strong>rais, é importante lembrarque no Cerra<strong>do</strong> estão localiza<strong>das</strong> ainda as bacias<strong>do</strong>s rios Parnaíba e Paraguai, <strong>de</strong> alta relevância <strong>para</strong>o Nor<strong>de</strong>ste e Pantanal, respectivamente. A região hidrográfica<strong>do</strong> Parnaíba ocupa uma área <strong>de</strong> 344.112km², equivalente a 3,9% <strong>do</strong> território nacional e drenaquase a totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Piauí (99%) e parte<strong>do</strong> Maranhão (19%) e Ceará (10%). Os principaisafluentes <strong>do</strong> Parnaíba são os rios Balsas (MA), Poti ePortinho (cujas nascentes localizam-se no Ceará) eCanindé, Piauí, Uruçui-Preto, Gurguéia e Longa, to<strong>do</strong>sno Piauí. Na Região Hidrográfica <strong>do</strong> Paraguai, aexpansão da pecuária e da soja em áreas <strong>do</strong> Planaltotem aumenta<strong>do</strong> o <strong>de</strong>smatamento e a erosão na regiãoe a <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong>s rios, como o Taquari e o SãoLourenço.A situação atual <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>das</strong> bacias hidrográficas<strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong>, <strong>de</strong>manda um direcionamento<strong>do</strong>s instrumentos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> recursos hídricos<strong>para</strong> promover a redução <strong>do</strong> <strong>de</strong>smatamento e a recuperação<strong>das</strong> áreas <strong>de</strong> Preservação Permanente(APP). Pela importância <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong> <strong>para</strong> os recursoshídricos <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o País, a temática da revitalizaçãoe da conservação <strong>do</strong>s recursos hídricos é central naproposição <strong>de</strong> ações <strong>para</strong> o PPCerra<strong>do</strong>.80
- Page 2 and 3:
Plano de Ação paraPrevenção e C
- Page 4:
Foto: Rui Faquini
- Page 7 and 8:
6Foto: Rui Faquini
- Page 9 and 10:
Durante a 15ª Conferência das Par
- Page 11 and 12:
COMPONENTES1. Controle e Monitorame
- Page 13 and 14:
Principais ações- Disponibilizaç
- Page 15 and 16:
Políticas de ocupação e o desenv
- Page 17 and 18:
No seu primeiro momento de execuç
- Page 19 and 20:
18Figura 1 - Distribuição do biom
- Page 21 and 22:
2.1 ASPECTOS BIÓTICOSno sul de Lá
- Page 23 and 24:
Segundo o Sistema Brasileiro de Cla
- Page 25 and 26:
2.2 ASPECTOS FÍSICOSO Cerrado apre
- Page 27 and 28:
Foto: Palê Zuppani26
- Page 29 and 30: 2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOSE CULT
- Page 31 and 32: Foto: Rui FaquiniA modernização a
- Page 33 and 34: 3. DIAGNÓSTICO DOPROBLEMANo Brasil
- Page 35 and 36: características de ocorrências de
- Page 37 and 38: O “Projeto de Monitoramento do De
- Page 39 and 40: A partir da análise do desmatament
- Page 41 and 42: Os dados do monitoramento revelaram
- Page 43 and 44: As Áreas de Proteção Ambiental (
- Page 45 and 46: 44Foto: Zig Koch
- Page 47 and 48: Foto: Rui FaquiniApesar da extensa
- Page 49 and 50: SojaFoto: Rui FaquiniSegundo o Cens
- Page 51 and 52: Dependendo da demanda, há expansã
- Page 53 and 54: PecuáriaDesde os anos 1970, o Bras
- Page 55 and 56: Carvão vegetalO setor siderúrgico
- Page 57 and 58: 3.2 MONITORAMENTO E DINÂMICADAS QU
- Page 59 and 60: Os incêndios florestais podem ser
- Page 61 and 62: Os dados do INPE revelam ainda que
- Page 63 and 64: Foto: Fernando Pinheiro62
- Page 65 and 66: Em consonância com a evolução da
- Page 67 and 68: Para cada município beneficiado no
- Page 69 and 70: 3.3 MUDANÇA DO CLIMA EDESMATAMENTO
- Page 71 and 72: A Tabela 11 mostra que, para o per
- Page 73 and 74: É relevante registrar também que
- Page 75 and 76: 4. Gestão Territorial eAmbiental n
- Page 77 and 78: 4.1.1 OS ZONEAMENTOS ECONÔMICOS EE
- Page 79: Os ZEEs estaduais devem indicar dis
- Page 83 and 84: A concessão dos incentivos ocorre
- Page 85 and 86: 4.3 UNIDADES DE CONSERVAÇÃOAs uni
- Page 87 and 88: Figura 20. Participação das Área
- Page 89 and 90: Figura 21. Categorias das Unidades
- Page 91 and 92: Figura 22. Mapa das Terras Indígen
- Page 93 and 94: Além disso, a manutenção de esp
- Page 95 and 96: 4.5.1 A DESCENTRALIZAÇÃO DA GEST
- Page 97 and 98: 4.5.2 A GESTÃO FLORESTAL NO CERRAD
- Page 99 and 100: 4.5.3 MANEJO FLORESTAL NO CERRADOAT
- Page 101 and 102: 5. O PPCerrado e a PolíticaNaciona
- Page 103 and 104: 6. O PPCerrado e o ProgramaCerrado
- Page 105 and 106: Tabela 16. Relação das ações do
- Page 107 and 108: 7.1 CAUSAS CRÍTICAS DODESMATAMENTO
- Page 109 and 110: 8. O Plano8.1 OBJETIVO GERAL DO PLA
- Page 111 and 112: 8.3 DIRETRIZES ESTRATÉGICASPara a
- Page 113 and 114: 8.5 GOVERNANÇAO PPCerrado é o ins
- Page 115 and 116: 8.7 ARTICULAÇÃO DE PARCERIAS EPAC
- Page 117 and 118: Além das áreas de conservação,
- Page 119 and 120: 9. O PLANO OPERATIVOPLANO DE AÇÃO
- Page 121 and 122: Macro Objetivo 1: Fomentar a planta
- Page 123 and 124: Ação Estratégica Indicador2.1. E
- Page 125 and 126: PLANO DE AÇÃO PARA PREVENÇÃO E
- Page 127 and 128: Macro Objetivo 3: Aumentar a produt
- Page 129 and 130: Macro Objetivo 3: Aumentar a produt
- Page 131 and 132:
Macro Objetivo 4: Ampliar e qualifi
- Page 133 and 134:
Ação Estratégica Indicador5.1. E
- Page 135 and 136:
PLANO DE AÇÃO PARA PREVENÇÃO E
- Page 137 and 138:
PLANO DE AÇÃO PARA PREVENÇÃO E
- Page 139 and 140:
Ação Estratégica Indicador7.7. D
- Page 141 and 142:
Macro Objetivo 8: Fortalecer a fisc
- Page 143 and 144:
Ação Estratégica Indicador9.1. I
- Page 145 and 146:
Macro Objetivo 10: Aprimorar a prev
- Page 147 and 148:
PLANO DE AÇÃO PARA PREVENÇÃO E
- Page 149 and 150:
Macro Objetivo 11: Criar e consolid
- Page 151 and 152:
Macro Objetivo 11: Criar e consolid
- Page 153 and 154:
Macro Objetivo 11: Criar e consolid
- Page 155 and 156:
PLANO DE AÇÃO PARA PREVENÇÃO E
- Page 157 and 158:
Ação Estratégica Indicador12.7.
- Page 159 and 160:
Macro Objetivo 10: Aprimorar a prev
- Page 161 and 162:
Embrapa Empresa Brasileira de Pesqu
- Page 163 and 164:
BibliografiaABRAF. Anuário Estatí
- Page 165 and 166:
MYERS, N.; MITTERMEIER, R. A.; MITT
- Page 167 and 168:
Anexo II - Decreto de 15 de setembr
- Page 169 and 170:
§ 4º - A Comissão Executiva pode
- Page 171 and 172:
Unidades de ConservaçãoFederaisFo
- Page 173 and 174:
Unidades de Conservação Estaduais
- Page 175 and 176:
Unidades de Conservação Estaduais
- Page 177 and 178:
PA Aranha GO 10,31 0,55 0,23%PA Ara
- Page 179 and 180:
PA Caeté MT 97,27 13,83 5,86%PA Ca
- Page 181 and 182:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 183 and 184:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 185 and 186:
PA Mário Pereira MG 29,22 4,18 1,7
- Page 187 and 188:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 189 and 190:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 191 and 192:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 193 and 194:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 195 and 196:
Projeto de assentamento /extrativis
- Page 197 and 198:
Anexo VI- Desmatamento emTerras Ind
- Page 199 and 200:
Anexo VII - Comissão ExecutivaCasa
- Page 201:
Marcelo Cavallini (CCUC)Roberto Zan