INVISTA EM CONHECIMENTO - Revista O Papel

Reportagem de CapaDivulgAção ABTCPCurso Básicosobre Fabricação deCelulose faz parte dalista de cursos abertosoferecidos pela ABTCPga tradição na oferta desse tipo de formação aosjovens, houve um aumento relevante em relaçãoaos 8% apresentados no relatório anterior”,destaca Cordão. Entre as ações do governo paraampliar a oferta de cursos técnicos está a expansãoda rede federal de educação profissional.Além disso, investimentos têm sido direcionados àsredes estaduais de ensino, bem como às redes dochamado Sistema S, que inclui Sesc, Senac, Senaie Sesi. Outras iniciativas vêm sendo colocadas emprática pelo governo, como o recém-criado ProgramaNacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego(Pronatec), que tem como principal objetivo expandir,interiorizar e democratizar a oferta de cursosde Educação Profissional e Tecnológica (EPT) paraa população brasileira. Para cumprir essa meta, prevêuma série de subprogramas, projetos e ações deassistência técnica e financeira, que, juntos, oferecerão8 milhões de vagas a brasileiros de diferentesperfis nos próximos quatro anos. “Parece pouco,considerando-se o volume da defasagem brasileira,mas representa muito em termos de investimento”,pondera Cordão. “Serão R$ 24 bilhões destinados àeducação profissional”, completa.A relevância da educação técnica para a competitividadee o crescimento da indústria nacionalé tanta, que a política industrial, tecnológica e decomércio exterior do governo Dilma Rousseff – oPlano Brasil Maior (PBM) – incluiu entre suas metaselevar, até 2014, para 65% o percentual de trabalhadoresda indústria com nível médio ou superiorde educação – algo compartilhado pela ABTCP,que vem participando das discussões na DimensãoSetorial Celulose e Papel.Trata-se de uma mobilização das forças produtivasdo País – empresas e governo – com as entidadesatuantes nas frentes de educação técnica para inovar,aumentar a competitividade e crescer no médio e nolongo prazos. “Capacitar e treinar profissionais do setorsempre foi um forte foco da ABTCP”, frisa PatriciaFéra de Souza Campos, coordenadora da área de CapacitaçãoTécnica da Associação. A entidade investeem capacitação técnica desde sua fundação, há 45anos. (Veja box “Capacitação Técnica ABTCP”)A interação com players do setor sempre existiuao longo desses anos, pautando conteúdos e formatosdos cursos oferecidos pela ABTCP ao setor.Com vistas a apoiar a capacitação técnica da mãode obra requisitada pelo setor, a Associação tambémparticipou, em 2011, da organização da estruturado programa para o lançamento do Curso Técnicode Celulose e Papel da Escola Técnica Estadual ConselheiroAntonio Prado (Etecap), em Campinas (SP).A instituição, pertencente ao Centro de EducaçãoTecnológica Paula Souza, no ano passado incluiu ocurso em sua grade de ensino noturna, colocando àdisposição dos players do setor espaços em seus muraispara a divulgação de vagas disponíveis para osalunos. Embora os interessados no curso possam seinscrever no vestibulinho a partir da segunda série doEnsino Médio, 80% dos alunos da primeira turma formadatêm mais de 25 anos e já concluíram o EnsinoMédio. Conforme indica Rosângela Pellegrino, diretorada escola, a formação completa é comum entreos participantes dos cursos noturnos do Centro PaulaSouza. “São alunos mais maduros, que vêm para aescola com vontade de estudar, sentem-se bastanteanimados com o conhecimento obtido e têm ótimasexpectativas sobre o mercado de trabalho”, descreve.Luiz Wanderley Pace, professor da Etecap e responsávelpela disciplina Matérias-Primas para a Indústriade Celulose e Papel, reforça que a interaçãoentre a escola e empresas do setor vai além da ofertade vagas. Os alunos também são contempladoscom a experiência proporcionada por visitas técnicasconduzidas com o intuito de propiciar ao aluno avivência prática de sua futura atuação profissional.“Além de facilitar o acesso a informações atualizadas,as parcerias viabilizam palestras e apoio emrelação à capacitação do corpo docente”, enumeraPace entre as vantagens.38 Revista O Papel - junho/June 2012